Crush em Hi-Fi

Música, trilha sonora, CDs, discos, DVDs, mp3, wmas, flac, clipes, ruídos, barulho, sonzera ou como quer que você queira chamar.

Arquivo para a tag “Dave Grohl”

As músicas do episódio “Chicago” de “Sonic Highways”, documentário de Dave Grohl e disco dos Foo Fighters

sonichighwayschicago

“Sonic Highways”, o último disco dos Foo Fighters foi… bem, bacaninha. Não chega a ser ruim, na minha opinião, mas não chega nem aos pés de um “The Colour and The Shape” ou mesmo do “Wasting Light”, trabalho anterior do grupo de Dave Grohl. Mesmo os singles mais bacanas (“Feast and the Famine”, por exemplo) não emplacaram direito nas rádios. Mas o projeto tem um lado (muito) bom que não pode ser esquecido:

A série vale muito a pena. Sério, mesmo que você não goste do disco ou mesmo da banda, a série “Sonic Highways”, exibida na HBO, mostrou um pouco da história musical de 8 cidades dos EUA, de forma bem didática, porém divertida o suficiente pra grudar a atenção até de quem já conhecia todo o papo que estava sendo mostrado.

O primeiro episódio foi sobre a cidade de Chicago e trouxe entrevistas com pessoas do cacife de Rick Nielsen, do Cheap Trick (que participa da música “Something From Nothing” no disco) e falou sobre bandas como Jesus Lizard, Naked Raygun e até LCD Soundsystem. Reuni aqui alguns dos grandes sons que Grohl escolheu pra permearem este episódio. Lógico que não tem tudo, mas uma boa parte do que toca está aí. Se alguma banda se repete muito, é porque foi bem citada no episódio. Ah, se quiser ouvir a música dos Foo Fighters que foi originada nesse episódio, no fim do post eu incluí “Something From Nothing”. Próxima estação: Chicago!

Curtis Mayfield“Superfly”

Cheap Trick“Surrender”

Etta James“At Last”

Chicago“25 or 6 to 4”

Wilco“Outtasite (Out of Mind)”

Gene Krupa“Up an Atom”

Kanye West“Monster”

Robert Nighthawk“Cheating and Lying Blues”

Chuck Berry“You Never Can Tell”

Etta James“Something’s Got a Hold On Me”

Howlin’ Wolf“Smokestack Lightnin'”

Little Walter “Juke”

Willie Dixon“Back Door Man”

Ministry“Jesus Built My Hot Rod”

Muddy Waters“I’m a Man”

Wooden Joe Nicholas“Eh La Bas”

Buddy Guy“Dirty Mother For You”

Muddy Waters“Blow Wind Blow”

Bonnie Raitt“Big Road”

Naked Raygun – “Bombshelter”

Verboten“Slump Shot”

Muddy Waters“I’m A Hoochie Coochie Man”

Muddy Waters“Take a Walk With Me”

Muddy Waters“Got My Mojo Working”

Bobby Blue Band“Farther Up The Road”

Shellac“My Black Ass”

Pixies“Where Is My Mind”

D.O.A.“The Enemy”

Naked Raygun“Home Of The Brave”

Gogol Bordello“Start Wearing Purple”

The Breeders“Hellbound”

PJ Harvey“Man-size”

Jesus Lizard“Nub”

Explosions In The Sky“Postcard From 1952”

Bush“Swallowed”

The Breeders“Divine Hammer”

Cheap Trick“Don’t Be Cruel”

Jesus Lizard“Gladiator”

Kanye West“Homecoming”

The Breeders“Saints”

Chicago“Stay The Night”

Cheap Trick“Dream Police”

Cheap Trick“She’s Tight”

Naked Raygun“Rat Patrol”

LCD Soundsystem“All My Friends”

Big Black“Fists of Love”

Buddy Guy“Fever”

Naked Raygun“Soldier’s Requiem”

Naked Raygun“Gear”

E a criação dos Foo Fighters baseada em tudo que a cidade criou musicalmente, “Something From Nothing”:

Conheça os grandes casos de desinteligência, porradaria e tretas encarniçadas entre músicos e bandas

Não, o post não é um esquema Ratinho pra aumentar a audiência do blog. Não, não é um episódio musical de Casos de Família. Porém, há uma semelhança: brigas sem muito motivo, picuinhas e às vezes até voam uns sopapos. Hoje, uma pequena lista das inúmeras tretas que sempre rolam entre músicos e bandas.

Miley Cyrus vs. Sinéad O’Connor

sinead-miley-feud-650

Quem começou foi a popular rasgadora de fotos do Papa e cantora do hit “Nothing Compares 2 U”. Ela postou uma carta aberta em sua página do Facebook descendo a lenha em Cyrus, dizendo que a ex-Hannah Montana devia tomar cuidado pra não ser explorada pela indústria da música: “A indústria não dá a mínima para você, ou para qualquer uma de nós. Eles vão prostitui-la por tudo que você vale e facilmente vão fazer você pensar que isso era o que VOCÊ queria… e quando você acabar em uma clínica de reabilitação por ter sido prostituída, ‘eles’ vão estar em seus iates em Antígua, que eles compraram com a venda de seu corpo, e você vai se sentir muito sozinha”. Cyrus então ironizou o transtorno bipolar de O’Connor em mensagens do Twitter, e Sinéad respondeu com a frase “Quando você acabar na ala psiquiátrica ou reabilitação, eu vou ficar feliz em visitá-la”. Ouch.

Mariah Carey vs. Nicki Minaj

mariah-carey-nicki-minaj-music-feud-650-430

Em 2012, alguém teve a ideia de colocar Mariah Carey e Nicki Minaj como juradas do programa American Idol. No papel, parece inclusive uma boa ideia, certo? É, mas não deu. As duas se estranharam desde o começo, inclusive chegando a um momento em que Minaj saiu do estúdio puta da vida dizendo que não aguentava mais trabalhar com a “alteza”. Carey então contratou uma equipe de seguranças, pois se sentia “insegura” perto da rapper. Em 2013, a rapper continuou cutucando no Twitter: “Ela está triste porque eu conquistei o recorde dela no Hot 100 em apenas três anos de carreira. Sim, uma rapper feminina negra.  O que você precisa questionar é o motivo de uma mulher tão bem-sucedida na idade ela ainda é tão insegura e amarga”

Kurt Cobain vs. Axl Rose

kurtaxl

Tudo começou graças à encrenqueira grunge preferida pela garotada. No VMA de 1992, Courtney Love viu Rose passando enquanto ela segurava a filha dela e de Kurt, Frances Bean. Ela imediatamente começou a berrar para ele: “Ei, Axl! Axl! Olha aqui! Você é o padrinho!”. O frontman do Guns’n’Roses então parou e falou para Kurt Cobain: “Controle sua mulher, por favor”, o que Kurt respondeu repetindo a frase com ironia para Love. Após a apresentação do Nirvana tocando “Lithium” naquela noite, Dave Grohl foi ao microfone pra aumentar a cutucada. “Cadê o Axl? Axl, cadê você? Ah, ali! Oi Axl! Oi Axl! Oi Axl!”, repetia.

Justin Bieber vs. Patrick Carney

justin-bieber-patrick-carney-the-black-keys-beef-650-430

Tudo começou quando o TMZ foi atrás do baterista do Black Keys durante o Grammy de 2013 perguntando o que ele achava da falta de indicações de Justin Bieber na premiação. Sim, eles cutucaram porque querem ver sangue, todo mundo sabe. Carney deu o que eles queriam: “Bom, ele é rico, certo? Os Grammys são para, tipo, música, não por dinheiro… e ele está ganhando muito dinheiro. Ele deveria estar feliz, acho”. Bieber ficou putinho e no dia seguinte falou que o baterista deveria “levar uns tapas”. E seus fãs caíram matando em cima de Carney, lógico.

Kid Rock vs. Tommy Lee

2014209-tommy-lee-kid-rock-feud-617-409

Chegamos à primeira briga onde rolou porradaria, violência e vias de fato. Ambos já tiveram relacionamento com a ex-Baywatch Pamela Anderson, e pelo jeito a moça foi o motivo de toda a treta. Quando eles se trombaram no VMA de 2007, começaram a se xingar loucamente e Kid Rock desferiu o primeiro soco. Pelo que dizem, parecia briga de colégio e o negócio teve que ser separado pelos seguranças da Mtv. Tsc, tsc…

Gene Simmons vs. Carlos Santana

genesantana

E olha que quem começou dessa vez nem foi o encrenqueiro Simmons. Santana fez o comentário de que Gene “não é um músico, é um cara do entretenimento. Kiss é entretenimento de Las Vegas, então ele não sabe o que é música, de qualquer forma. É por isso que ele veste todas aquelas coisas lá”. No começo, o baixista do Kiss deixou quieto (“Nem todo mundo gosta da mesma refeição”), mas depois caiu de pau: “Estou cansado de bandas como a de Carlos Santana olhando para seus próprios sapatos e achando que aquilo é um show de rock”.

Blur vs. Oasis

2014179-oasis-blur-feud-617-409

Uma briga clássica dessas não poderia ficar de fora. As duas grandes bandas do britpop nunca se bicaram e quando ambos lançaram singles no mesmo dia (“Country House” do Blur e “Roll With It” do Oasis) a coisa foi ficando mais feia. Noel Gallagher sempre cutucava o Blur, que ironicamente dedicava seu prêmio do Brit Awards de 1995 ao Oasis. Noel respondeu com a fineza que lhe é peculiar: “Espero que Damon Albarn e Alex James peguem AIDS e morram”. Hoje em dia, incrivelmente, a briga mais popular da Inglaterra parece ter acabado com Noel Gallagher tendo inclusive feito uma participação junto com Damon Albarn em “Tender”, do Blur, em um evento de caridade.

Dave Grohl vs. Courtney Love

2014099-courtney-love-dave-grohl-feuds-617-409

Desde que Kurt Cobain morreu, Courtney Love não deu uma colher de chá para o ex-baterista da banda de seu marido. O líder do Foo Fighters já teve que ouvir Love clamar para que todo o público do seu show gritasse “os Foo Fighters são gays” (senão ela ia embora do show), disse que Grohl deu em cima de Frances Bean, filha dela e Kurt (o que Frances e Grohl negaram), entre muitas outras coisas que só a líder do Hole é capaz. Recentemente eles “fizeram as pazes” durante a cerimônia de indicação do Nirvana ao Rock and Roll Hall Of Fame.

Michael Jackson vs. Paul McCartney

MJPaul

Outra briguinha clássica. Sim, todo mundo concorda que o Jacko deu motivos pra Paul odiá-lo. Eles eram amigos, faziam parcerias e até clipes super-amiguinhos como “Say Say Say”. Pois aí McCartney deu a dica a Jackson: “compre direitos de músicas, é um puta negócio”, ele disse. Michael Jackson não é bobo nem nada e aproveitou para comprar os direitos de todas as músicas… dos Beatles. Dá pra entender porque Paul ficou chateado e as relações dos dois ficaram estremecidas desde então.

Vivian Campbell vs. Ronnie James Dio

VivianDio

Sim, até com o Dio o povo consegue implicar. O ex-guitarrista da banda Vivian Campbell disse que Dio era uma das pessoas mais vis da indústria musical, e Dio respondeu que Campbell, que foi para o Def Leppard, é um “fucking asshole, a fucking piece of shit”. Campbell diz que as declarações contra Dio são devido ao fato de que ele foi excluído da banda. Após a morte de Dio, Campbell se reuniu com a banda para tocar com outro vocalista. “Esses riffs são meus e eu quero continuar a tocá-los”.

Sammy Hagar vs. Dave Lee Roth

SammyDave

Uma briga digna de Celebrity Deathmatch. Os dois vocalistas do Van Halen (vamos fingir que a fase com Gary Cherone nunca existiu, assim como a banda faz) adoram trocar farpas desde que Sammy entrou em cena. Diamond Dave adorava falar que “Sammy é como o segundo Darrin de ‘A Feiticeira'” e que “Ao contrário dele, nunca preciso cantar músicas que não são minhas nos shows”. Já Hagar chamou Roth para a porrada. Seria interessante, já que Sammy é boxeador e Roth fã de artes marciais. Seria quase um MMA, vejam só.

Stephen Malkmus vs. Billy Corgan

StephenBilly

Stephen Malkmus fez a singela letra de “Range Life”, do clássico disco “Crooked Rain, Crooked Rain” do Pavement. “Out on tour with the Smashing Pumpkins / Nature’s kids, they don’t have no function / I don’t understand what they mean / And I really could really give a fuck”. Como Billy Corgan é irritadinho, não deixou quieto. “Acho que isso é inveja”, disse Corgan. “As pessoas não se apaixonam pelo Pavement. Elas gostam de Smashing Pumpkins, Hole ou Nirvana, porque essas bandas significam algo para eles”. Sim, Corgan ainda fica falando sobre o assunto até hoje.

Chorão vs. Marcelo Camelo

ChorãoCamelo

Chorão sempre foi reconhecido por ser esquentadinho e adorar dar uma de machão pra cima dos outros. Entre suas brigas, estavam Marcelo Falcão d’O Rappa e até Badauí do CPM22, a quem o Marginal Alado dirigiu a frase “Quem esse CPM22 pensa que é? É um bando de playboys. Badauí, se você cruzar no meu caminho, tá ferrado”. Mas o caso que mais repercutiu foi com Marcelo Camelo. O líder do Los Hermanos deu uma entrevista dizendo que “esse negócio de fazer comercial para Coca-Cola é um desdobramento da indústria, a gente rejeita esse negócio de vender atitude”, sendo que o Charlie Brown Jr. havia feito uma propaganda para o refrigerante. As duas bandas participaram do festial Piauí Pop em 2004 e Chorão foi tirar satisfações com Camelo no aeroporto, acertando-lhe um soco no olho. Segundo as matérias da época, o caso ainda teve Rodrigo Amarante correndo atrás de Chorão no aeroporto, uma cena hilária de se imaginar.

LSJack vs. Art Popular

LSArt

Ah, as tretas no aeroporto. Em 2003, o LSJack e o Art Popular já tinham inaugurado essa modalidade em uma briga generalizada no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Nada melhor pra explicar toda a briga do que deixar os depoimentos do empresário Edgar Santos para a Folha de S. Paulo falarem por si. “Eles achavam que o Leandro Lehart [vocalista] tinha feito críticas ao novo CD do LS Jack, mas ele estava comentando o novo CD do Ed Motta, e não o do LS Jack. Eles não quiseram trocar uma idéia. O Márcio [Art] tomou um soco na cara do vocalista do LS Jack [Marcus Menna], que chegou a quebrar seus óculos”. Fica a dúvida: quando o Ed Motta vai cobrar satisfações da banda que criou “Pimpolho”?

O que andei ouvindo – 18 a 25/01/2015

The Cure – Resolvi escutar um pouco mais da discografia da banda de Robert Smith. De cabeça, sei que nessa semana ouvi os discos “Faith”, “Pornography”, “Wish” e “The Head On The Door”, que comprei em vinil da Feira de Discos da Locomotiva Discos no dia 18.

Foo Fighters – Não necessariamente por causa do show da trupe de Dave Grohl no Brasil. Peguei o “Sonic Highways” pra ouvir de cabo a rabo, e depois que ele terminou, fui obrigado a ouvir novamente o primeiro disco da banda de 1995, pra relembrar como era mais legal naquela época. Nada contra o último disco, mas já não é a mesma coisa… e depois de um discaço como “Wasting Light” fica difícil manter o nível.

Graveyard – Nessa semana ouvi “Lights Out”, disco de 2012 da banda sueca. O meu preferido ainda é o “Hisingen Blues”, mas todos os discos da banda valem a pena. Se você ainda não conhece, fica aí a minha dica de banda pra explorar nesta semana. Vai por mim.

Awesome Gig Posters [3] – Foo Fighters & Supergrass, 2008

O pôster de hoje é de uma dobradinha que eu adoraria ver ao vivo. Foo Fighters e Supergrass numa mesma noite? É uma overdose de rock, um grande encontro de rock americano com o rock inglês, Grohl e Coombes numa paulada só… Cara, que sensacional que deve ter sido isso. Mas estou divagando.

100453

Quem? Foo Fighters e Supergrass
Onde? Izod Center At The Meadowlands, East Rutherford, NJ, USA
Quando? 29/07/20o8
Artista do cartaz: Jared Connor

O show provavelmente teve momentos mais ou menos assim:

Setlist:

Foo Fighters:

Let It Die
The Pretender
Times Like These
Learn to Fly
Cheer Up, Boys (Your Make Up Is Running)
Young Man Blues (Mose Allison cover)
Long Road to Ruin
Breakout
Stacked Actors

Set Acústico:

Skin and Bones
Marigold (Nirvana cover)
My Hero
Shock Me (KISS cover)
Cold Day in the Sun
But, Honestly
Everlong

Volta da banda:

Monkey Wrench
All My Life

Bis:

Big Me (With Jessy Greene on backing vocals)
Bargain (The Who cover) (Gaz Coombes do Supergrass no vocal)
Best of You

Supergrass:

Diamond Hoo Ha Man
Bad Blood
She’s So Loose
Mary
345
Late in the Day
Rebel in You
Ghost of a Friend
Moving
Outside
St. Petersburg
Butterfly
Strange Ones
Richard III
Sun Hits the Sky
Pumping on Your Stereo
Lenny

Bis:

 

Os dois mil e um projetos musicais do hiperativo Dave Grohl

110906_PJL_Nirvana 0104_v3_FLT_MEDRES

O Foo Fighters está no Brasil pela terceira vez e só se fala na banda de Dave Grohl. A turnê “Sonic Highways” acompanha o disco não tão bem sucedido do grupo e promete show longos e cheios de hits, covers, alguns lados B e todo o carisma que garantiu ao rapaz toda a fama de cara legal que ele tem.

Porém, além de “cara legal” (algo que chega a irritar alguns), Grohl também é um ótimo músico e adora tocar, então se enfia em quase todos os projetos musicais e colaborações que aparecem pela frente. Isso o colocou mais de uma vez em bandas lendárias como o Scream, o Nirvana e o próprio Foo Fighters (que conta com o mestre Pat Smear, que acompanhou Grohl no fim do Nirvana e foi dos incríveis Germs).

Neste post, apresentaremos alguns projetos e participações de Grohl que você precisa ouvir. Não, não vamos citar coisas que você com certeza já ouviu (e se não ouviu, vá atrás agora!) como o Songs For The Deaf do Queens Of The Stone Age e o Them Crooked Vultures, okay?


Hooker on The Street

Gravada quando Grohl era apenas o baterista cheio de energia e palhaçadas no Nirvana. No episódio de Seattle da série “Sonic Highways” o produtor Barrett Jones revelou que tinha as demos de cerca de 40 músicas que Grohl gravou na época do Nirvana em seu estúdio. “Hooker On The Street” parece uma piada de Grohl baseada em James Brown e Red Hot Chili Peppers.


Melvins – King Buzzo

Em 1992, Grohl tocou bateria sob o pseudônimo Dale Nixon no EP “King Buzzo” dos Melvins, cuja capa parodia os álbuns solo que o Kiss lançou em 1978. O disco contém “Skeeter”, que nada mais é que um remix de “Just Another Story about Skeeter Thompson” que aparece em seu disco Pocketwatch, o primeiro lançamento pré-Foo Fighters.


Backbeat

A banda formada para regravar as covers dos Beatles para o filme Backbeat (que no Brasil recebeu o subtítulo “O Quinto Beatle”) era, em si, um supergrupo do rock alternativo dos anos 90. Além de Dave Grohl na bateria, contava com Dave Pirner (Soul Asylum) e Greg Dulli (The Afghan Whigs) nos vocais, Thurston Moore (Sonic Youth) e Don Fleming (Gumball) nas guitarras e Mike Mills (R.E.M.) no baixo.


Probot

O projeto metal de Grohl saiu em 2003. Com convidados como Max Cavalera (Sepultura/Soulfly/Cavalera Conspiracy), Cronos (Venom), Lemmy Kilmister (Motorhead) e King Diamond e Grohl na bateria, guitarra e baixo, o disco continha 12 faixas com vocalistas diferentes e estilos variados de metal. Rendeu o clipe “Shake Your Blood”, com Lemmy no vocal.


Puff Daddy – It’s All About The Benjamins

Grohl entrou no mundo do rap injetando rock na faixa “It’s All About The Benjamins”, de Puff Daddy.


Killing Joke – Self-Titled

O disco de 2003 contou com Dave Grohl como baterista. O engraçado é que muita gente falava que “Come As You Are”, do Nirvana, era plágio de “Eighties” do Killing Joke. Originalmente John Dolmayan do System of a Down e Danny Carey do Tool também tocariam bateria no disco, mas quando Grohl ouviu as músicas do disco, disse “quero tocar todas”. E assim foi.


Tony Iommi – Goodbye Lament

O disco “Iommi”, de 2001, juntou Dave Grohl e Brian May na música “Goodbye Lament” ao guitarrista do Black Sabbath. Ou seja: uma música criada por um supergrupo não-declarado.


Tenacious D

Você pode não saber, mas o Tenacious D tem um terceiro elemento além de Jack Black e Kyle Gass: Dave Grohl. Ele tocou bateria nos três discos do duo, além de fazer o papel de capeta no clipe de “Tribute” e no filme “Pick Of Destiny”, além de cantar a música “Belzeboss”.


Garbage – Bad Boyfiend

Adivinha quem tocou bateria na música do disco “Bleed Like Me”, de 2005? Adivinha quem fez esse barulho ao fundo da banda de Shirley Manson e Butch Vig? Adivinha?


Juliette and The Licks – Four On The Floor

Sim, a bateria do disco inteirinho da banda de Juliette Lewis foi gravada pelo ex-baterista do Nirvana. Tudo porque, um pouco antes das gravações, o baterista Jason Morris abandonou a banda. Na hora pode ter sido algo ruim, mas… no fim, ter Dave Grohl na bateria é bem mais negócio, certo?


Prodigy – Run With The Wolves

Sim, Grohl colaborou até com os punks da eletrônica inglesa. Ele acrescenta sua bateria pesada à “Run With The Wolves” e “Stand Up”, do disco Invaders Must Die.

Wesley Willis, o ex-mendigo popstar esquizofrênico

maxresdefault

Wesley Willis é um caso de artista experimental de estilo peculiar e obras que não são compreendidas tão facilmente. Um ex-mendigo que virou popstar, compositor de letras extraordinárias e bases maravilhosas. Tá, não é bem assim.

Wesley era um mendigo que vendia seus desenhos bizarros e tocava suas músicas com uma base pré-programada em seu tecladinho tosco, cantando qualquer letra que viesse à sua cabeça por cima. Até que o pessoal do Smashing Pumpkins “descobriu” o cara e deu um toque para Jello Biafra, ex-Dead Kennedys. Resultado: os discos do gordinho bizarro foram produzidos e lançados pela Alternative Tentacles.

8510029049_f020920654_o

Wesley tinha o estranho costume de cumprimentar os outros com uma cabeçada, por isso possuía uma constante mancha preta na testa, consequência do bate-cabeça de “olá”.

As músicas? Bom, todas se pareciam muito umas com as outras, tendo nomes singelos como “Fuck You”, “Eat That Mule Shit” e “Suck A Cheeta’s Dick”, entre outras. Willis dizia que a música “calava a boca dos demônios em sua cabeça”. A estrutura das canções era simples: quatro versos formavam uma estrofe, e em seguida o refrão, que geralmente era o nome da música repetido quatro vezes (sempre quatro vezes). E no final, um comercial de alguma loja, com seu slogan.

Willis tinha a peculiar mania de homenagear quem ele admirava com músicas. Foi daí que saíram canções como “Nirvana”, “Alanis Morissette”, “Alice In Chains”, “Superchunk”, “Arnold Schwarzenegger”, “Dave Grohl”, “Steve Albini” e“Jar Jar Binks”, entre outras. Quase todas praticamente eram iguais, mudando apenas o nome da banda/artista (ou seja, o refrão) e as declarações sobre o homenageado em questão nos versos.

O artista tinha alguns temas recorrentes, como a obesidade (“I’m Slimming Down”, “I’m Sorry That I Got Fat (I Will Slim Down)”), subir no ônibus (“Get On The Bus”, “Get On The City Bus”), bater em super-heróis (“I Whipped Superman’s Ass”, “I Wupped Batman’s Ass”), matar seu pai (“I Killed Your Daddy After Midnight”, ”I Killed Your Daddy Yesterday”), sexo oral (“Suck a Cheetah’s Dick”, “Suck My Dog’s Dick”) e até a auto-referência (“Walter Willis Shabazz”, “Wesley Willis” e “The Wesley Willis Fiasco”).

Em 2002, ele descobriu ter esquizofrenia crônica (e fez uma música sobre isso, “Chronic Schizophrenia”), doença que o matou em 2003, tirando do planeta o talento musical incompreendido e experimental.

Willis teve seu impacto na cultura pop. Por exemplo: o som que vinha junto do Winamp (“It really whips the llama’s ass!”) foi tirado diretamente de sua música “I Wupped a Llama’s Ass”. No filme Super Size Me de Morgan Spurlock, “Rock and Roll McDonald’s” é uma das canções principais, e até Katy Perry o cita nominalmente na canção simple, no trecho “You’re such a poet. I wish I could be Wesley Willis.” Ah, e ele inspirou um personagem, Milan, que apareceu em algumas edições da revista da Mulher Maravilha, da DC Comics, com cabeçada de cumprimento e tudo.

Wesley-headbutt-1024x651

Vida longa a Wesley Willis!

Rock on in London
Rock on in Chicago
Johnny Rockets
It’s the original hamburger

(texto originalmente publicado no blog Contraversão)

In Utero, do Nirvana, com mixagem de Nevermind (e vice-versa)

tumblr_ni18y29AcM1u7g3n9o1_500

O canal TheEndOfMusic do Youtube é atualizado por um produtor musical que resolveu fazer uma interessante experiência: mixar músicas do disco “Nevermind”, do Nirvana, como se fossem do disco “In Utero”, e vice-versa. Ou seja: deixar as músicas do “Nevermind” mais sujas e cruas e as do “In Utero” mais lapidadas.

‘In Utero’ é o meu álbum favorito do Nirvana, conceitualmente e por seu som”, diz o autor do TheEndOfMusic. “Eu sempre fui apreciador da natureza rude e honesta desse álbum, opinião que não é compartilhada por ouvintes de música tradicionais e até mesmo pela própria gravadora.”

“Havia sempre este pensamento na minha cabeça: o que aconteceria se as faixas de “Nevermind” fossem gravadas e mixadas da mesma forma que no “In Utero”, e, claro, vice-versa”, diz. O engenheiro de áudio em pós-produção tentou, então, recriar o som de cada faixa individual, tirando as peças que sentia não serem necessárias para recriar a sensação “espaçosa” pela qual “In Utero” é conhecido. Para fazer o contrário, ele deixou as faixas de “In Utero” mais limpas, cortou as arestas e deu aquele ar de “superprodução” do segundo disco do Nirvana.

Confira o resultado de “In a Nevermind Kind of Way” e “In an In Utero Kind Of Way”:

 

Navegação de Posts