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Diretamente de Austin, The Dirty Knees investe em blues sujo com influências de punk, rockabilly e country

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Vinda diretamente de Austin, Texas, a Dirty Knees é um trio que toca blues misturado com electro-pop, punk e rockabilly. Capitaneada por Lisa Dahl e contando com Gabe Rhodes e Christopher Durst tocando diversos instrumentos, a banda está preparando as músicas de seu primeiro disco a ser lançado ainda em 2015.

Conversei com Lisa sobre as influências do Dirty Knees e o que vem por aí:

Como a banda começou?

Eu já estava tentando começar uma banda nova a algum tempo, que juntasse tanto blues quanto punk. Mas a ideia não se concretizaria até uma bela noite chuvosa, num quarto de hotel (Não é em lugares assim que começam todas as boas histórias?). Eu vinha acompanhando o Christopher Durst em uma de suas coberturas fotográficas quando o show que ele havia sido contratato para cobrir naquela noite foi cancelado. Por sorte, eu havia trazido minha guitarra comigo, e não muito tempo depois já começamos a rascunhar a base de algumas músicas novas. Depois de alguns meses trabalhando como dupla, percebemos que um terceiro membro com certeza traria uma nova cara ao nosso som. E temos agredecido ao universo todos os dias desde que encontramos essa terceira parte da banda, Gabriel Rhodes.

Você pode nos apresentar os membros da banda?

Gabriel Rhodes é um multi-instrumentista, que já vem se apresentando, gravando e produzindo desde a adolescência. Ele já produziu e gravou para artistas como Willie Nelson, Billy Joe Shaver, Kimmie Rhodes, Waylon Jannings, Ray Price, Emmylou Harris, James Burton, Jimmy LaFave e Calvin Russell, entre outros. Ele já participou também de outros álbuns distribuídos em mais de 17 países nos últimos 10 anos. Também participou da produção de “Beautiful Dreamer:The Songs of Stephen Foster”, que ganhou o Grammy de Melhor Álbum de Folk Tradicional em 2005. Christopher Durst tambem é um multi-instrumentista que comecou sua carreira musical muito cedo. Sua carreira começou como proprietário de uma companhia de empresariado musical, estúdio de gravação e produção musical em Los Angeles, Califórnia. Na época gravou dois álbuns grunge, mas com o tempo acabou mudando o rumo e se tornou um fotógrafo musical mundialmente renomado. Eu, Lisa Dahl, a “front woman”, comecei escrevendo músicas e me apresentando aos cinco anos, cantando, tocando violino, guitarra e piano. Antes de assumir a frente do The Dirty Knees, fiz parte de outras bandas, fui dona de uma companhia musical, co-produtora de clipes e trabalhei na indústria de filmes independentes.

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Quais são suas maiores influências musicais?

Pessoalmente, eu me inspiro bastante em artistas como Joan Jett, Blondie, Allison Mosshart e Marc Bolin. Algumas de nossas maiores influências são The Cramps, The Stooges, Son House, Elmore James, R.L. Burnside, Etta James, Ritchie Valens, Social Distortion, Jack White, Seasick Steve, ZZ Ward, The Sex Pistols, Ramones, David Bowie, Beck, e Willie Nelson. Algumas pessoas podem se surpreender ao descobrir que também sou apaixonada por música clássica, como Beethoven e Tchaikovsky, e a antiga música gospel americana. Gabriel também cita entre suas influências Django Reinhardt,John Lennon, Mozart, Lightning Hopkins, Astor Piazola e Keith Richards.

A cultura do “álbum” está morta? Hoje em dia as pessoas só escutam os singles?

Jack White fez um trabalho brilhante com gravações e manobras de marketing para popularizar novamente o vinil, o que ajudou essa cultura a voltar à vida. Eu acredito que os singles desafiaram as bandas a produzirem discos em que todas as músicas tenham destaque, sem músicas somente para “preencher espaço”. Também acredito que hoje em dia vivemos em um dos melhores momentos como consumidores de música, por conta dos singles. Temos a incrível oportunidade de sermos expostos a todo tipo de música como nunca fomos antes, graças ao alcance da internet e a rapidez de acesso à música online que os singles permitem. É como ir a um buffet e poder experimentar todos os sabores e depois voltar para quantas repetições quisermos.

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Como é o método de trabalho de vocês? Como encontram inspirações para compor?

Gabe, Christopher e eu achamos algo mágico quando trabalhamos juntos quase instantaneamente. Gabe foi criado na indústria musical, o que torna o trabalho colaborativo com outros músicos algo extremamente natural pra ele. Já eu venho de uma família de escritores, e na epoca da faculdade me formei em composição criativa, sendo assim, o ato de escrever é algo muito presente no meu dia a dia. O Christopher é otimos em nos manter focados em nosso objetivo musical, enquanto também nos desafia a ser cada vez mais criativos e nos arriscar fora de nossa zona de conforto musical, vocal e liricamente nas composições.

Vocês estão novos singles. Poderiam nos contar um pouco mais sobre eles?

Cada um de nós possui um backgroud musical distinto, o que pode ser notado em nossas músicas. Em essência, todos são influencias dos blues, rock, eletrônico e punk. “Forgiveness” é uma música mais suave, e possui um quê de chamado de sereia, com slides de guitarra, batidas ritimadas e vocais em coro. “Back of a Magazine” já é um rock mais explosivo. A música começa com um vocal doce que se alonga sobre uma entrada de guitarra que lembra “Like a Bad Girl Should” do The Cramps e se constrói dentre de seu próprio caos de batidas de bateria cardíacas, guitarras sujas e alucinantes e gritos primais.

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O que podemos esperar do projeto The Dirty Knees?

Esperem que iremos sempre surpreendê-los com nossa loucura.

Vocês já planejam um disco?

Sim. Estamos planejando um álbum completo ainda para 2015.

Você trabalhou com diversas bandas antes do Dirty Knees. Como essas bandas ajudaram você a se desenvolver musicalmente?

A banda em que estive antes foi uma experiência maravilhosa. Eu tenho estado no palco como música de tempos em tempos minha vida toda, e minha última banda me proporcionou a experiência de tocar no país todo, o que me levou a crescer ainda mais como artista. Também foi durante esse tempo que aprendi a maior parte do que sei sobre a indústria da música.

Como você se sente em relação à indústria musical de hoje em dia?

A indústria musical mudou muito ao longo do tempo… o que é bom e ruim ao mesmo tempo. Músicos têm oportunidades melhores de se auto-promover hoje em dia. Por outro lado, toda essa capacidade de auto-suficiência no mercado o deixa hipersaturado de bandas, o que torna cada vez mais difícil para as bandas serem vistas no meio dessa multidão.

Vocês já estão pensando em clipes?

Sim, com certeza! Na verdade estamos sempre discutindo ideias para clipes para cada música depois que escrevemos ou gravamos. Mas algumas de nossas ideias poderiam acabar nos banindo da televisão e do YouTube…

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Quais são os próximos passos da Dirty Knees?

Acabamos de assinar contrato com uma grande companhia para compor músicas para TV, filmes e outros artistas, então fiquem de ouvidos atentos ao som de Dirty Knees por aí.

Que bandas e artistas novos chamaram a atenção de vocês recentemente?

Andy Macintyre! Ele é um músico local de Austin, no Texas. Ele é sem sombra de dúvidas um dos artistas solo mais talentosos que ouço em muito tempo.

Ouça “Forgiveness” aqui. “Back Of A Magazine” será lançada no dia 14/04, fique de olho no soundcloud dos caras!

Luiz Thunderbird diz que rock continua bem vivo e promete programa no Youtube

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Quando você olha para Luiz Thunderbird, provavelmente vai lembrar de uma coisa: música. Talvez por ele ter sido uma peça-chave na história da Mtv Brasil quando esta ainda tratava mais de música e menos de reality shows de pessoas se pegando. Ou talvez por ele ter uma infinidade de projetos musicais e você provalmente já ter visto algum pela noite paulistana. Ou, quem sabe, porque o próprio visual e papo de Thunder é mais recheado de música que qualquer mp3 player por aí.

Conversei um pouco com o Thunder, que falou sobre a vida, o universo e tudo mais.

– Quando o rock entrou em sua vida?

Muito cedo. Assisti “Help” no cinema e o impacto foi grande. Tive a sorte de ter um pai músico, que incentivava muito, com rádio-vitrola estereofônica e muitos discos. Meus primos também me mostravam sempre as novidades dos anos 60 e 70. De lá, pude continuar no rock por conta própria.

– Quais artistas e bandas te inspiraram a criar o Devotos DNSA?

Minha primeira banda de Rock foi o Aerozow (em 85), quando fazíamos psychobilly. Depois veio a banda Neocínicos, que fazia um som modernoso, cheio de poesia. Mas Chuck Berry ficava gritando no meu ouvido: “Poesia? O que importa no Rock é métrica e energia!!!” Diria que Chuck Berry, Stray Cats, The Cramps, The Ventures e todos os expoentes rockers me inspiravam.

– Quais as melhores bandas que você conheceu graças ao período em que trabalhou na Mtv Brasil?

Nirvana (92, no VMAs), Johnny Johnson (pianista do Chuck Berry, em 96), Mano Chao (em 91, no Rockblocks – MTV), Arrigo Barnabé (em 92, no CEP MTV).

– Peraí: você chegou a conhecer o Nirvana? Conta mais disso! 

Em 92, vivenciei uma situação inusitada com o Kurt e a Courtney, mas essa estória terá que aguadar o lançamento do livro que estou escrevendo com Mauro Beting e Leandro Iamim.
– A Mtv Brasil dos velhos tempos acabou apenas por questões comerciais ou você acha que um canal como a Mtv clássica não tem mais espaço nos dias de hoje?

Os diretores da MTV declararam na virada do século que o videoclipe havia morrido. Que a música não ajudava na audiência. Demoraram uns 10 anos pra perceberem que o “M” da MTV era a essência da emissora. Em 2011 eu voltei com a missão de recuperar espaço da música na MTV. Mas já era tarde, visto que os planos da Abril de devolver a marca pros donos americanos já haviam sido traçados. Eu nunca vou saber com certeza as razões de tudo aquilo.

– Você sempre tentava incluir mais informação sobre música durante sua fase na Mtv, inclusive no Contos de Thunder, programa que passava filmes da Troma na íntegra. Quais sons mais te lembram a época deste icônico programa?

Bandas de Psychobilly e a formação espetacular dos Devotos com Gigante Brasil na bateria e Marcopolo Pan na guitarra. Era foda! Me refugiava nos ensaios e shows.

– O CEP Mtv foi um grande programa e revelou muitas bandas para o Brasil, já que contava com música ao vivo. Quais você mais tem orgulho de ter apresentado?

Arrigo Barnabé, Jorge Ben (ainda sem o “Jor”), Raimundos (pela primeira vez ao vivo na MTV), Carlos Careqa (o iconoclasta paranaense), Faísca e banda (quase derrubou o estúdio), Angélica (linda e virgem!).

Thunder cercado de ex-VJs no último dia de vida da Mtv Brasil clássica

Thunder cercado de ex-VJs no último dia de vida da Mtv Brasil clássica

– Será que Gene Simmons realmente está certo: o rock morreu?

Acho que ele (inconscientemente) quis dizer que o Rock morreu pra ele. Acho que só assim consigo entender a polêmica declaração dele. O Kiss nunca fez minha cabeça. Sempre achei que se tratava de uma banda para crianças. Nada de errado nisso, mas quando o Kiss surgiu, eu estava muito ocupado com o Rock clássico, o rockabilly, o punk, o pós-punk.

– Estes dias você falou que foi ameaçado de morte graças ao nome de sua banda Devotos de Nossa Senhora de Aparecida. Conta melhor essa história.

Tem fanático religioso em todo o planeta. Isso aconteceu em 1987, no Espaço Mambembe, no bairro do Paraíso, em São Paulo. Nnao foi além da ameaça. Intolerância, ignorância, fanatismo, essas coisas que estão com a humanidade desde sempre.

– O que você pode citar como diferenças entre o primeiro disco do Devotos e o último?

Houve uma reaproximação com o rockabilly, com o blues elétrico americano, mas o primeiro disco foi feito na loucura, em condições muito adversas. O último, com toda dedicação, n’A Voz Do Brasil, um dos mais emblemáticos estúdios do Brasil.

– Você tá cheio de projetos musicais, né. Quantos são, hoje em dia?

Vejamos… Devotos de Nossa Senhora Aparecida (www.tdnsa.com), Tarântulas e Tarantinos (www.facebook.com/TarantulaseTarantinos), ThunderStandards (Com o Gaspa, baixista do Ira!), Pequena Minoria de Vândalos (com o Miro e o Ari da banda 365), WES (que toca as trilhas dos fimes do Wes Anderson), Black Monks (que faz um crossover das bandas ESG e The Monks) e Flaming Birds (minha banda gaúcha de clássicos do rock).

Isso quer dizer que o Fuck Berry não tá mais ativo?
Fuck Berry faz o mesmo repertório da Flaming Birds. Mas o Gaspa (que toca no Fuck Berry e no ThunderStandards) está ocupadão com seu disco solo. Fuck Berry fará eventuais apresentações, mas a banda está em stand-by.

– Porque criar vários projetos em vez de concentrar todos os sons em um só? 

Meu jeitão prolífico de ser… hahahaha…

foto por Carolina Bitencourt

foto por Carolina Bitencourt

– Quais bandas atuais você acredita que valem a pena ser ouvidas?

As clássicas, claro! Novidades dependem da digestão que cada um faz dessas bandas emblemáticas.

– Então você acredita que essas bandas novas que estão por aí não são tão boas quanto o que o rock já criou?

Bandas novas não são referência pra mim, mas, por vezes, me trazem oxigênio. Eu busco novidades todo dia. Foi um bararto quando descobri o som do Tame Impala há alguns anos atrás. Essa é uma banda que escuto frequentemente!

– Existe alguma banda que só você conhece e acha que deveria ser mais conhecida pelo público?

Não acredito nesse negócio de “Só eu conheço essa banda”. Mas algumas bandas conhecidas podiam ter mais alcance. Falo de The Bees, Django Django, Patife Band

– Você acredita num ressurgimento do rock nas paradas de sucesso ou esse estilo está cada vez mais se dirigindo apenas aos fãs?

Eu não me ligo nas paradas de sucesso. O Rock tem seus representantes populares que lotam estádios. No Brasil, tem roqueiros bem sucedidos.

Mas você acha que uma “cena” rocker ainda pode se reerguer, mesmo que fora das paradas de sucesso? Estamos próximos de um ressurgimento de um “movimento” rocker? 
A “cena” depende dos organizadores de festivais, dos donos das casas noturnas, dos clubes de rock. Esses caras, tenho certeza, podem se organizar melhor, valorizar mais as bandas com cachês decentes, talvez. Sempre haverá pessoas que acreditam, apostam, se entregam ao rock’n’roll.
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– Hoje em dia você está na TV Cultura, apresentando o Mythbusters. Existe algum projeto mais direcionado à música preparado pra você no canal? Estamos sentindo falta!

Apresentei alguns projetos pra TV Cultura, mas a coisa não está caminhando como deveria. Não sei de mim por lá.

– Muitos dos seus ex-colegas da Mtv estão investindo em outros meios, principalmente o Youtube. Você tem vontade de fazer algo para este canal?

Sim, tenho meu programa de rádio (Thunder Radio Show www.central3.com.br) e preparo um programa especificamente para o Youtube. Em breve estará disponível.

3éD+ apresenta repertório de “Meteoros no Meu Sangue” em São Paulo

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O duo rocker 3éD+ é mais uma banda que se esforça para deixar bem claro que a cena rocker não morreu e nem está doente: está muito viva e te convidando pra tomar umas. Formada por Dom Orione na guitarra e vocal e Leandro Lima na bateria, a banda lançou no final de 2014 “Meteoros no Meu Sangue”, disco que inspirará o repertório do show que farão na próxima sexta-feira, em São Paulo. A apresentação ocorre no Centro Cultural Zapata a partir das 19h. Falamos um pouco com Dom sobre a dupla e seu segundo disco.

Quando começou o 3éD+?

Começamos em 2005, apesar de nos conhecermos desde 2001. Estudamos juntos e tivemos uma banda chamada Homo Sapiens.

E como a Homo Sapiens virou o 3éD+?

Podemos dizer que foi o embrião. Éramos um power trio, eu era o baixista, o Leandro, baterista, e tínhamos um guitarrista/vocalista chamado Adriano. Depois de alguns ensaios o Leandro foi chamado para tocar em uma outra banda e nem avisou a gente, então a banda acabou. Em 2005, ele me disse que queria montar um duo rock e me perguntou se eu topava, e aí começa a história do 3éD+.

E porque um duo?

Eu não faço ideia… Só sei que aceitei porque ele é um grande baterista, um dos melhores que já vi.

Vocês já tem dois discos lançados, e dá pra perceber uma mudança no som de um para o outro.

A gente começou com uma coisa que era tocar alto e rápido, agora desaceleramos e pensamos em fazer um som mais azul, saca? A gente amadureceu, eu parei de beber antes dos shows, diminuímos as intensidades em certas substâncias para abrirmos melhor nossa mente para a música que tocamos. A maior diferença está na idade no processo de vivenciar as experiências.

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Quais são as bandas que você indicaria como grandes influências no som de vocês?

Originalmente The Doors, Thee Butchers Orchestra, Cordel do Fogo Encantado, Jon Spencer Blues Explosion, Ramones, The Clash… Depois fomos ampliando mais nossos ouvidos e nossos gostos. No nosso último disco foram coisas mais pessoais, experiências… Sonoramente veio mais do experimentalismo, tentamos experimentar algo novo sem perder a essência.

Já que você falou de essência, vamos lá: qual é a essência do 3éD+?

Dois caras que tocam a música que fazem, intensamente,

E quais são os planos pra sexta-feira?

Vamos tocar com a banda Skalpo, que tem em sua formação dois caras que me influenciaram muito, creio que ao Leandro também: o Paulo SS e o Rural, ambos ex-Laranja Mekânica, uma das melhores bandas que já vi na vida. Nós tocaremos o repertório do disco novo, e posso dizer que é bem difícil, porque no primeiro disco gravamos guitarra e bateria e agora usamos até teclado e alguns samplers. Isso não dá pra reproduzir ao vivo, o que torna a coisa mais legal para quem ouve… Então achegue-se ao Espaço Cultural Zapata e venha conhecer duas ótimas bandas, garanto que você não vai se arrepender!

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Skalpo e 3éD+
Centro Cultural Zapata
Rua Riachuelo 328, 01007-000
São Paulo
Sexta – 19h – R$ 10,00

Ouça o disco Meteoros no Meu Sangue do 3éD+:

Leia um manifesto de Dom Orione sobre a cena rocker de SP no Música de Menina aqui.

O rock setentista segue vivão e vivendo depois de 2010

Os infinitos garimpos musicais nos trazem surpresas incríveis, para bem ou mal. Nas minhas peregrinações em bandas novas, encontrei (ou me indicaram) algumas que têm o som calcado lá nos anos 70. Cheios de inspirações de Black Sabbath, Led Zeppelin, Rolling Stones e Deep Purple, estes caras mantêm o rockão setentista vivo e chutando bundas depois de 40 anos. Separei três que me chamaram a atenção e não consigo parar de ouvir.

Kadavar – Até o logo da banda é mais anos 70 que calça boca-de-sino e bigode. Vindo da Alemanha, o Kadavar bebe bastante na fonte do Black Sabbath, sendo que algumas músicas não fariam feio dentro de álbuns como “Sabotage” ou “Vol. 4”. A banda de Berlin é formada por Lupus Lindemann na voz e guitarra, Simon “Dragon” Bouteloup no baixo e  Tiger na bateria. O trio começou em 2010 e tem dois discos: Kadavar, de 2012, e Abra Kadavar, de 2013. Tony Iommi e Geezer Butler ficariam orgulhosos.

Horisont – Se você vir alguma foto da banda sueca Horisont, vai jurar que eles vieram diretamente de 1976. Bigodes, cabelos compridos, coletes e jaquetas surradas fazem parte do visual do quinteto, que conta com Axel Söderberg nos vocais, Charlie Van LooKristofer Möller nas guitarras, Magnus Delborg no baixo e Pontus Jordan na bateria. As influências mais aparentes no som são o proto-metal do começo dos 70s e bandas como Thin Lizzy.

Blackberry Smoke – Essa já bebe bem na fonte do AC/DC lá do começo, Lynyrd Skynyrd e ZZ Top. Americanos de Atlanta/Georgia, o quinteto começou em 2004 e tem três discos lançados: Bad Luck Ain’t No Crime (2004), Little Piece of Dixie (2009) e The Whippoorwill (2012). Formada por Charlie Starr (vocal/guitarra), Richard Turner (baixo/backings), Brit Turner (bateria), Paul Jackson (guitarra/backings) e Brandon Still (teclados), o Blackberry Smoke já participou até de um evento beneficiente com  todo o elenco da série Sons of Anarchy em 2012. Fazem parte do elenco da gravadora de Zac Brown, líder da Zac Brown Band.

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