Crush em Hi-Fi

Música, trilha sonora, CDs, discos, DVDs, mp3, wmas, flac, clipes, ruídos, barulho, sonzera ou como quer que você queira chamar.

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O musical que o Coldplay fez baseado em Game of Thrones com participação dos atores da saga

Você pode até odiar o Coldplay, mas se é fã de Game of Thrones, vai aplaudir de pé a incursão do grupo inglês pelos sete reinos criados por George R.R. Martin. Não dá pra negar que o grupo é fã de GoT: o baterista Will Champion inclusive fez figuração no fatídico Red Wedding. Aqui está ele:

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O “musical” baseado na obra conta com os atores da série da HBO cantando músicas hilárias baseadas em seus personagens, com Emilia Clarke mandando “Rastafarian Targaryen”, um reggae baseado na KhaleesiNikolaj Coster-Waldau (Jamie Lannister) cantando “Closer To Home”, uma ode à sua família incestuosa, e Kit Harington, o Jon Snow, cantando uma versão de “Wild Thing” do The Troggs, transformada em “Wildling” e dedicada à Igritte (R.I.P.)

A coisa toda é uma sketch de comédia elaborada para o Red Nose Day, uma ação da rede de TV NBC para acabar com a pobreza infantil. O vídeo abaixo de 12 minutos é um espetáculo para os fãs da série, com várias canções hilariantes inspirados no mundo de Westeros. Além disso, Liam Neeson é o narrador!

Veja aqui algumas das músicas em versões mais completas. Como a que Peter Dinklage comemora a sobrevivência de Tyrion Lannister e relembra as várias mortes que já rolaram na série:

Solomon Death assina a trilha sonora do quadrinho “Apagão – Cidade Sem Lei/Luz”, de Raphael Fernandes e Camaleão

Imagem2Imagine que um dia a energia elétrica de todo o país acabe, sem previsão de voltar. Nada de tomadas, luz elétrica e muito menos telefones, rádio, TV e internet. As pessoas, assustadas, passam a formar gangues de acordo com suas ideologias, criando algo como um “Warriors” com nazistas, PMs sedentos por sangue, fanáticos religiosos que pregam o ódio, feministas extremas… Parece desesperador? Esse é o ponto de partida de “Apagão – Cidade Sem Lei/Luz”, com roteiro de Raphael Fernandes e desenhos de Camaleão (Revista Mad). O quadrinho, lançado pela editora Draco, ganhou uma trilha sonora que acompanhada o clima de desespero e violência.

Assinada por Solomon Death, projeto de Ron Selistre (ex-Damn Laser Vampires), a trilha acompanha a ascenção da gangue de capoeiristas Macacos Urbanos, uma das poucas que parece ter bom senso e quer reestabelecer a ordem em meio ao caos insano que o mundo se torna após o fim da eletricidade.

O lançamento de “Apagão” acontece em São Paulo no dia 25 de abril, na loja Geek da Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, e no dia 2 de maio, na loja Comix Book Shop, na Alameda Jaú.

Conversei com Raphael e Ron sobre a trilha sonora e o projeto “Apagão – Cidade Sem Luz/Lei”:

– Vamos começar do começo: como rolou o convite pra fazer a trilha sonora do projeto Apagão?

Raphael: Quando tive a ideia de que “Apagão” poderia ter uma trilha sonora, eu não tive dúvidas. Procurei o Ron Selistre e falei que queria uma trilha do Damn Laser Vampires. A parte triste é que soube em primeira mão que o DLV havia encerrado suas atividades. Foi quando o Ron me falou que tinha um projeto paralelo chamado Solomon Death e me mandou um link do Soundcloud. O negócio não era o punk de garagem dos DLV, mas era um pós-punk extremamente competente e sinistro. Não tive dúvidas, queria aquele clima pra “Apagão: Cidade Sem Lei/Luz”.

Raphael Fernandes (Foto por Rafael Roncato)

Raphael Fernandes, autor de “Apagão”

Ron, qual foi a inspiração para criar as músicas da trilha de Apagão? Quais influências musicais você diria que as composições tem?

Ron: Acho que foi um processo automático, no sentido de uma coisa naturalmente puxar a outra; eu não tinha lido a HQ ainda, mas a descrição que o Rapha me passou era bastante tridimensional. Uma guerra de gangues durante um black-out em São Paulo, envolvendo capoeira, skate e algum misticismo, isso foi o suficiente pra me instigar. As próprias influências que ele e o Camaleão tinham pesquisado pra fazer a história já traziam muita música embutida: “Warriors”, por exemplo, tem uma trilha clássica. Mas não era minha intenção seguir aquela linha, acho que ela foi bastante reeditada por muita gente. E uma das coisas que me atraía era a ideia de compor uma trilha pra uma história sombria e violenta sem precisar necessariamente apelar pra algo hardcore. A violência, o perigo, a tensão precisavam estar na música, mas num nível mais “frio na espinha” e menos soco na cara. Durante as conversas com o Rapha ele mencionou a trilha do game Streets of Rage, e foi quando fez sentido qual era a direção a seguir – a trilha de Apagão seria algo nostálgico, alguma coisa que combinasse com a estética dos games dos 90. O que tem relação nítida com o que o Vangelis fez pro Blade Runner, ele foi inegavelmente uma influência forte.

– A história já começa citando “Bichos Escrotos”, dos Titãs, em suas primeiras páginas. Esta música influenciou em algum sentido a trilha?

Raphael – Não sei se o Ron teve acesso a essa informação quando começou a gravar, pois eu estava falando com o Nando Reis para conseguir a autorização. O que posso afirmar é que eu e o Camaleão fomos influenciados pela música desde o começo. Praticamente escrevemos a abertura de Apagão como uma abertura de filme com uma trilha sonora forte. O Camaleão é doente por música dos anos 80 e fiz questão de colocar algo desse período para ele desenhar!

Ron – Sobre a inclusão de “Bichos Escrotos” na HQ, eu só soube muito depois que a trilha já estava adiantada. Achei que tem tudo a ver. Apesar da história ser ambientada num tom futurista, sempre a imagino como algo totalmente inserido no pós-punk brasileiro dos 80, aquele cenário Carecas do ABC. Numa realidade paralela, “Apagão” pode ter sido lançada em capítulos num zine em xerox ali por 86.

Imagem1Falem 5 músicas que vocês escolheriam para colocar em uma playlist se vivessem no universo de Apagão. (Lógico, se tivessem a sorte de ter um celular, walkman ou mp3 player com bateria!)

Raphael – Eu sempre monto trilhas sonoras para ouvir enquanto escrevo e edito meus projetos. Posso dizer que as 5 mais importantes para este projeto foram:
“Pânico em SP”Inocentes
“Oi, tudo bem?”Garotos Podres
“São Paulo”365
“Isto é Olho Seco”Olho Seco
“São Paulo By Day (Trombadinhas da Cidade)”Joelho de Porco

Ron – Minha playlist no universo de Apagão seria:
“Sobre as Pernas”, Akira S e as Garotas que Erraram
“Tão Perto”, do Cabine C
“Proteção”, da Plebe Rude
“Gotham City”, do Camisa de Vênus
“Me Perco Nesse Tempo” das Mercenárias

Raphael – Cara, praticamente a outra metade da minha trilha. (Risos)

– O que rolou com o Damn Laser Vampires e qual é a proposta do Solomon Death?

O DLV terminou porque chegamos numa conclusão pra história. Era o fim daquele trabalho, só isso. Ninguém brigou, ninguém se separou, pelo contrário. Tivemos um meio e um início incomuns. Decidimos que teríamos um fim incomum. O Solomon Death é essencialmente uma coleção de baladas e canções synth pop gravadas com tecnologia muitíssimo baixa. Sou eu, um computador e às vezes um violão ou uma guitarra. Me dá muito prazer fazer isso.

– Qual a importância da trilha sonora para uma história em quadrinhos?

Ron: Eu costumava ler ouvindo música, especialmente quadrinhos. Hoje gosto de ler em total silêncio, mas é diferente pra cada pessoa. O Rapha, na condição de autor, pode falar melhor sobre a ideia dele de pensar em uma trilha pra “Apagão”; na minha visão, quadrinhos são uma mídia tão espetacularmente rica que em muitos casos você pode ouvir música ali sem existir realmente uma trilha sonora. A trilha de Apagão é um “nível extra” na coisa, uma materialização dessa ideia.

Raphael: Concordo com o Ron, a trilha sonora é a oportunidade de uma nova experiência de leitura. Afinal, as HQs acabam gerando sons e efeitos no leitor apenas através de sua riquíssima linguagem.

11130050_789232991173204_1657630918_n– Ron, você já havia feito alguma trilha sonora antes?

Ron: Fiz as trilhas das campanhas de lançamento do Fantaspoa (o Festival Internacional de Cinema Fantástico de Porto Alegre), do qual fui diretor de arte, nas últimas três edições.

– Quais são suas trilhas sonoras preferidas?

Ron: São muitas. Ficaria dando nomes de trilhas até amanhã. Vou citar três. “Bram Stoker’s Dracula” do Wojciech Kilar, a trilogia Star Wars do John Williams, e “Blade Runner” do Vangelis. E das mais recentes, a trilha do “Drive” é absolutamente perfeita. Fora do “formatão Hollywood” eu amo o que o Neil Young fez em “Dead Man”.

Raphael: Minhas trilhas favoritas são nada a ver com “Apagão”. Meu primeiro CD foi a trilha de “Batman Forever”, que eu gosto até hoje. Outra que ouvi bastante foi a trilha de “Alta Fidelidade”. Recentemente, eu me vi apaixonado pelas trilhas de “Scott Pilgrim Contra o Mundo” e “Guardiões da Galáxia”.

– É a primeira trilha sonora de quadrinhos que eu conheço. Esse tipo de trilha já rola normalmente?

Ron: Não tenho notícia de outras trilhas de HQ, mas imagino que existam. Presumo que vamos começar a ver mais. Seria legal.

Raphael: Existem outras trilhas sonoras, como a trilha de “Achados e Perdidos”, que foi a grande inspiração para fazer um para “Apagão”. “Achados” foi o primeiro projeto de quadrinhos financiado através do Catarse. No entanto, eu já vi o contrário. Um disco que gerou uma história em quadrinhos: “Greendale”, de Neil Young.

– O quanto a trilha sonora de Apagão influencia na experiência do leitor?

Ron: Espero que seja uma soma na experiência. Mesmo antes de a HQ sair, a gente já tem relatos de pessoas que dizem usar a trilha pra trabalhar, o que sugere que ela ajuda em algum processo criativo. Ler é um processo de co-criação, então acho que conseguimos alguma coisa.

Raphael: Nossa ideia é que a trilha sonora levasse o leitor para dentro daquele universo tenso e sinistro de uma cidade grande dominada pelo caos e a violência. O trabalho do Ron superou em muito qualquer das minhas expectativas e acrescenta bastante à obra.

envelopeju.cdrOuça a trilha de Solomon Death para “Apagão – Cidade Sem Lei/Luz” aqui:

Lloyd Kaufman, cabeça da produtora trash Troma Entertainment, fala sobre música, musicais de terror e rasga seda para o Paramore

Lloyd Kaufman portrait Asbury Park New Jersey 4-22-2011

40 anos fugindo do padrão da mídia. Isso é Troma Entertainment, considerada a mais antiga produtora independente em operação do mundo. Tudo saiu da cabeça abilolada de Lloyd Kaufman, que junto com Michael Herz fundou a Troma em 1974, e desde então já distribuiu mais de mil filmes para todo o mundo. A Troma começou fazendo “comédias eróticas” (algo próximo de nossas populares pornochanchadas) e depois enveredou por algo que os fez crescer e dominar o mundo: os filmes de terror trash.

A fórmula de sucesso da Troma que os levou para o topo das referências em cinema independente não poderia ser mais Do It Yourself: Kaufman reunia atores baratos, efeitos “especiais” de segunda categoria, maquiadores inexperientes e criava seus filmes, todos divertidíssimos em seus defeitos, algo que a trupe do Hermes e Renato soube emular muito bem aqui no Brasil. O primeiro grande sucesso da produtora foi “Toxic Avenger” (aqui no Brasil, lançado como “O Vingador Tòxico”), de 1985, personagem que acabou virando símbolo da empresa.

A Troma virou ícone do cinema underground, já tendo em seus filmes nomes como Kevin Costner, Marisa Tomei, Samuel L. Jackson e o consagrado animador Hayao Miyazaki (“Princesa Mononoke”, “A Viagem de Chihiro”) e Matt Stone e Trey Parker (as mentes perturbadas que criaram South Park), que produziram o inacreditável “Cannibal, The Musical”.

A Troma sempre teve muita música em seu mundo. Desde os inacreditáveis temas dos filmes (a canção “Toxic Avenger é antológica) até participações de músicos como Lemmy Kilmister, do Motörhead, em diversos filmes (sendo inclusive o narrador da versão Troma de Romeu e Julieta, “Tromeo & Juliet”), a Troma sempre teve em sua trajetória uma trilha sonora à altura. Quem mais teria coragem de criar musicais como o já citado “Cannibal, The Musical”, “Rockabilly Vampire: Burnin’ Love”, “Frostbiter: Legend of the Wendigo” (estrelando Ron Asheton, dos Stooges!) e “Poultrygeist: Night of the Chicken Dead”?

(Com alguns toques do Raphael Fernandes, editor da Revista Mad) conversei com Lloyd Kaufman sobre suas músicas preferidas, as trilhas sonoras da Troma, bandas independentes e a ideologia punk que a produtora tem desde seu nascimento (e ele até tirou uma com a minha cara):

– Quais são suas bandas preferidas?

The Tiger Lillies, Rape Door, Bella Morte, Entombed, Municipal Waste, The Killers, Motörhead, Benny Goodman, Muse, Green Day… Apenas para citar algumas. Sia, apesar de não ser uma banda, também é uma grande artista. Recentemente apareci em um clipe do New Found Glory com a Hayley Williams do Paramore. Essas são minhas favoritas hoje em dia. Amanhã, nunca se sabe. Eu posso de repente revolver virar um amante de um tocador de xilofone qualquer do metrô de Nova York. Meus gostos são muito ecléticos!

– A Troma começou antes do movimento do punk e já era uma produtora de filmes “punk” desde seu nascimento. Qual a relação entre a ideologia punk e a Troma?

“Quebra de regras” e “Inovação” são o nome do meio da Troma. É por isso que a Troma Entertainment tem sido descrita como “punk” por muitos anos. Mantemos uma ética de trabalho DIY enquanto resistimos às mentalidades dominantes. Também celebramos o lixo e a sujeira!

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– Que bandas possuem o “estilo Troma”, em sua opinião?

Motörhead, Paramore, New Found Glory, Covered In Bees… e todas que eu listei acima. Todos eles fazem o que está em seus corações e respeitam e adoram seus fãs. O estilo Troma realmente se aplica a qualquer banda que apareceu nas nossas trilhas sonoras. Todos eles possuem este especial aroma de Troma.

– Como vocês escolhem quais bandas farão parte de uma trilha sonora de um filme da Troma?

Aqui na sede da Troma, recebemos todos os tipos de músicas de todo o mundo. Às vezes as usamos! Outras vezes, pedimos a artistas que escrevam músicas específicas para os nossos filmes. Nossos fãs sempre foram muito úteis ao recomendar bandas via Twitter, (@lloydkaufman) e minha página oficial do Facebook (https://www.facebook.com/lloyd.kaufman). Rape Door, Mystery e The Tiger Lillies foram todas bandas recomendadas por fãs!

– As Lunachicks fizeram uma “versão Troma” do clipe de “Say What You Mean”. Você já dirigiu algum clipe?

Eu dirigi vários clipes para bandas que eu amo, normalmente de graça. Você pode encontrá-los no Youtube! https://www.youtube.com/Tromamovies

– “Class Of Nuke’Em High” me lembrou em alguns aspectos de “Rock and Roll High School”, o filme dos Ramones. Tô viajando?

Sim, Putin deve ter invadido seu cérebro. Aliás, o Dee Dee Ramone está em um de nossos programas para a TV, o Tromamercial feito para o Comedy Central.

– Você pode me falar um pouco mais sobre o filme cheio de Motörhead “Mr. Bricks: A Heavy Metal Murder Musical”?

“Mr, Bricks: A Heavy Metal Murder Musical” foi escrito e dirigido por Travis Campbell. Ele também escreveu todas as músicas não-Motörhead do filme! Na minha opinião, Mr. Bricks é o melhor musical desde “Poultrygeist: Night of the Chicken Dead” e “Cannibal, The Musical”.

– Você acompanhou a produção de “Tromeo & Juliet”? Lemmy Kilmister se comportou enquanto gravava a narração da história?

Lemmy é o melhor. Ele trabalhou em muitos filmes da Troma de graça. Eu amo tanto o Lemmy que criei um tributo especial pra ele:

Em 1996, ano em que “Tromeo & Juliet” foi lançado, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas deveria ter inventado uma nova categoria chamada “Melhor Narração em Filme Longa Metragem”. Lemmy merecia esse Oscar. E teria feito um puta agradecimento!

– Qual a melhor trilha sonora original da história do cinema?

Eu amo a trilha de Vincente Minnelli para “The Band Wagon”. Outra que eu amo é a trilha de Sergio Leone para “The Good, the Bad and the Ugly”, por Ennio Morricone. Críticos às vezes chamam os filmes da Troma de Marricone and cheese.

– Qual é a melhor trilha sonora de filme da Troma, em sua opinião?

“Poultrygeist”, “The Toxic Avenger”, “Class of Nuke ‘Em High”, “Tromeo & Juliet”… Existem tantas.

– Se você pudesse fazer a cinebiografia de algum artista no estilo Troma, qual seria?

Miles Davis: On Ice!” O gelo é branco, saca, por isso serviria como uma puta metáfora fria para a luta do Sr. Davis contra seus opressores brancos. Além disso, eu acho que o público ia simplesmente adorar assistir um ator andando de patins no gelo enquanto toca jazz no trompete.

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– Como diabos alguém pensou em fazer um musical do Toxic Avenger? É a melhor coisa que aconteceu desde que Wagner colocou uma moça loira gorda para cantar ópera.

Eu concord! O musical do Toxic Avenger tem música e letras de David Bryan (tecladista e membro fundador do Bon Jovi), roteiro e letras de Joe DiPietro (“I Love You, You’re Perfect, Now Change”) e foi dirigido pelo ganhador do Tony Award John Rando (“Urinetown”). Abriu off-Broadway, em Nova York, com críticas positivas, e então foi apresentado por todos os Estados Unidos, Coreia do Sul, Canadá, etc.

– Escolha um disco que você levaria para uma ilha deserta após um ataque nuclear que transformou a todo o mundo em zumbis nudistas comedores de Nutella.

Um disco chamado “I Wanna Live in Tromaville”, do Killer Barbies. E “Pal Joey” de Richard Rodgers e Lorenz Hart (mas precise ser a versão original da Broadway, não a versão de merda do filme).

– Quais são os próximos passos musicais da Troma Entertainment?

Ship to Shore Phonograph Company acabou de lançar uma linda versão em vinil da trilha sonora do primeiro “Class of Nuke ‘Em High”. Teremos bastante música em “Return to Nuke ‘Em High Vol. 2”, filme que será lançado ainda este ano! Além disso, estamos desenvolvendo um talk show para nosso canal Troma Movies no YouTube. Se chama “Kabukiman’s Cocktail Corner” e terá performances ao vivo de artistas underground como twelve am flowers, Unicorn Smack, Dave Hill, Doug Gillard e muitos outros!

P.S. – Você pode assistir muitos filmes da Troma online no canal TromaMovies do Youtube. Vai lá e assiste! O primeiro que eu vi na vida foi “Space Zombie Bingo”, que passou no incrível programa da Mtv “Contos de Thunder”. Recomendo! (Aliás, a música-tema é incrível)

Músicas que podiam ser temas de Bond, James Bond… mas não são

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Você nem precisa ser fã das aventuras do agente 007 pra gostar muito das músicas que são lançadas a cada novo filme de James Bond. Aliás, o lançamento da nova música-tema da série é tão aguardada quanto o filme em si. Afinal, normalmente fazer o tema para Bond é quase que garantia de sucesso, além de ganhar uma enorme exposição imediata.

O que faz de uma música um típico tema digno de James Bond? Bom, se formos seguir o que a maioria dos filmes possui, três coisas são muito importantes: orquestra, uma guitarra quase surf music e um certo clima de mistério/ação. O som não necessariamente precisa compilar os três elementos, mas pelo menos dois deles precisam estar presentes para que exista um “clima” Bond. Neste caso, um nítido escorregão foi o de Madonna, com a música eletrônica “Die Another Day”, que não tinha nada a ver com o que se espera de um tema para o bem vestido espião. Escorregada esta que fez a música ficar bem longe da lista dos grandes sucessos musicais da cinessérie.

Pois bem: as “músicas Bond” já fazem parte da cultura pop tanto quando o número 007 e as Bond Girls. Graças a isso, muitas bandas e artistas criam canções explicitamente inspiradas no clima e no formato típico do personagem de Ian Fleming. Listei aqui algumas que não fariam feio abrindo um filme do inglês (principalmente no lugar de “Die Another Day”, que desperdício de música…)


Muse – Supremacy

“Supremacy” foi muito comparada aos temas de Bond, sendo que muitos fãs inclusive queriam que a música fosse a abertura de “Skyfall”. Rumores dizem que a canção foi escrita pensando em fazer parte do filme de 2013, mas nada foi confirmado. O baterista Dominic Howard comentou sobre as comparações, dizendo que “’Supremacy’ tem aquela vibe Bond – um pouco na linha de ‘Live and Let Die’”.


The Rubens – My Gun

Esta tem todo um clima que se encaixaria perfeitamente na abertura de Bond. A guitarra calcada em surf music, o crescendo no meio da música, e até a letra. Inclusive o clipe de “My Gun” alude à obra de Ian Fleming, o que leva a crer que a canção foi criada com 007 em mente. Uma bela homenagem, aliás.


Green Day – Espionage

O Green Day compôs “Espionage” para a trilha do primeiro filme do espião inglês com os dentes peculiares Austin Powers, de Mike Myers. Como a película é uma bela tiração de sarro em cima do personagem inglês, a música não poderia ser diferente. A guitarrinha surf music de Billie Joe Armstrong com a orquestra comendo solta revelam a influência dos temas clássicos de Bond.


Janelle Monáe – BaBopByeYa

Sintam a orquestra. O ritmo cadenciado. O clima de mistério e sensualidade. Sim, parece muito com as clássicas músicas-tema de Bond de Shirley Bassey, “Goldfinger”, “Diamonds Are Forever” e “Moonraker”. Se realmente fosse um tema de 007, provavelmente seria o mais longo, com quase 9 minutos de duração. Se Monáe disser que não se inspirou em “Bond music” pra criar essa, ela está mentindo.


Johnny Cash – Thunderball

Essa aqui não foi tema de Bond por um triz. Cash criou esta pérola para o tema de “Thunderball”, que acabou ficando com Tom Jones. O homem de preto teve sua música substituída aos 45 minutos do segundo tempo. “Mr. Kiss Kiss Bang Bang”, cantada por Dionne Warwick, também foi considerada para tema do filme, o que indica que escolher a versão de Tom Jones não foi uma escolha unânime. Imagina só um filme de Bond com trilha do Cash. Só imagina.


Blondie – For Your Eyes Only

O mesmo caso que rolou com Cash: a canção do Blondie foi limada do filme lá no meio da produção. Os produtores preferiram a canção interpretada por Sheena Easton (sim, eu também me perguntei ‘quem?’) no lugar da música da banda new wave. É isso mesmo: preferiram Sheena Easton (quem?) à Debbie Harry. Ah, esses produtores…


Madonna – Frozen

Esta aqui é mais uma bronca do que uma candidata. Porra, Madonna. “Frozen” se encaixaria perfeitamente como tema de Bond. A orquestra, o mistério, a batida… Seria lindo. Aí te dão a oportunidade de criar uma música pro 007 e você aparece com “Die Another Day”? Sério? Você pode mais que isso, Madge. De verdade. “Frozen” abrindo um filme da série seria muito mais bonito de se ver.


Florence and the Machine – Seven Devils

Feche os olhos. Imagine aquele comecinho de um filme novo de James Bond. Imaginou? Agora dá play na música. Combinou? Sim, eu te falei que combinava. A voz de Florence Welch e a batida desta música do disco “Ceremonials” casam direitinho com a série. Até o nome fica bom como nome do filme. “007 and the Seven Devils”, imagina só.


 Michael Bublé – Cry Me a River

A versão de Michael Bublé para “Cry Me A River” tem tanta cara de Bond que você pode encontrar diversas montagens colocando a canção na abertura de “Quantum of Solace”. E não fica nada mal, viu. A orquestra dominando e a guitarra cheia de slides, além da grande voz do rapaz, casam direitinho do que se espera do espião.


 

Duffy – Rain On Your Parade

Uma grande canção “retro-soul-pop” de Duffy que originalmente seria tema de “Quantum of Solace”. No fim, acabaram escolhendo “Another Way to Die”, com Jack White e Alicia Keys. Não importa: a música de Duffy continua incrível e merece ser ouvida. As cordas dão todo o clima misterioso que um filme do personagem exige.


 

Você, fã do personagem de Ian Fleming, lembra de alguma outra música que a cairia como uma luva na trilha sonora de um filme de James Bond? Deixe sua sugestão aí nos comentários!

Os sons mais fuderengos das trilhas de Hermes e Renato

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Se você é fã do grupo Hermes e Renato, sabe que eles sempre manjaram muito bem como fazer uma sketch ficar ainda melhor utilizando trilhas sonoras incríveis e pepitas de ouro garimpadas com muito afinco. Desde o começo do grupo, Fausto Fanti já gravava seus vídeos caseiros com os amigos usando músicas variadas tocadas em um radinho para serem a trilha sonora.

Do brega ao funk melody, do samba rock ao eletropop oitentista, as trilhas de Hermes e Renato sempre tiveram grandes momentos. Vamos relembrar agora alguns dos sons que marcaram as sketches da dupla de arrombados. Ah, e se você tá esperando algo do Massacration ou Coração Melão na lista, você paga comédia, seu proxeneta!


Erlon Chaves e sua Banda Veneno – Eu Também Quero Mocotó

Nas cenas da dupla Hermes e Renato, a trilha invariavelmente era brasileira, puxada para o samba rock, funk ou o fino do brega. Neste caso, “Eu Também Quero Mocotó”, música de Jorge Ben que foi apresentada pela banda no V FIC, onde ficou em sexto lugar e foi apresentada por quarenta pessoas (vinte homens e vinte mulheres), além da Banda Veneno.


Jean Beauvoir – Feel The Heat

A trilha de “Stallone Cobra” (1986) serviu como música-tema para Ralph Romero, personagem de Fausto Fanti na primeira novela do grupo, “O Proxeneta”. Inesquecível ver Ralph mostrando toda sua malemolência em casa, no escritório e na academia ao som de “Feel the Heat”.


Undercover – Baker Street

Esta ficou clássica na sketch “O Padre Gato”, com Fausto Fanti interpretando o Justin Timberlake de batinas fazendo o clássico solo de saxofone da cover de Gerry Rafferty feita pelo Undercover nos anos 90. A música também serviu como tema para o mágico picareta Rojangel, personagem de Fanti em vídeos exclusivos para o Youtube.


Linear – Sending All My Love

Esta foi a base para “Janie’s On My Mind”, música que estoura no mundo inteiro na voz de Joselito na sketch em que o personagem fica famoso depois de cantar durante uma balada. Também aparece em outra sketch em que Joselito é vendedor de cachorro-quente. “Maionese, ketchup, mostarda, chumbinho, pedra…”


Kishore Kumar – Samne Yeh Kaun Aaya

Nada mais do que a trilha para as indescritíveis danças do bailarino Juan Soarez, personagem clássico dos primeiros anos de Hermes e Renato. Inesquecível a cena de Juan Soarez dançando em volta de um prato de macarronada.


Eumir Deodato – Super Strut

A trilha das sketches de Hermes e Renato sempre remetia aos anos 70 e à pornochanchada brasileira, daí a enxurrada de palavrões, atuações canastronas e diálogos com gírias idosas. Esta música demonstra bem o clima das sketches da dupla de sevandijas.


Parliament – Give Up The Funk (Tear The Roof Off The Sucker)

“Se você sempre teve vontade de fazer isso, mas nunca teve coragem… vote em mim, ó… aqui!
Para presidente, vote Joselito! 12345678910 – PSN – Partido dos Sem Noção


Clube do Balanço – Muito Incrementado

Esta é um clássico do Hermes e Renato. Quem curtia os enredos simples e curtos da dupla junto com Jandira e a “bicha” Ney nos primeiros quadros do grupo deve lembrar do “muuuuuuito incrementado”.


Tony Damito – Gut Gut

“Gut Gut” aparece na sketch de pouco mais de um minuto de Hermes e Renato onde eles roubam em um jogo de baralho. A única fala do quadro é “filha da puta”. Assim, legal.


 

Ceasefire vs. Deadly Avenger – Evel Knievel

A música de abertura dos quadros e do programa Hermes e Renato continha sample de “Money Runner” de Quincy Jones e grudava na cabeça em instantes. A música foi (e ainda é) o tema clássico do quinteto.

*agradecimentos infinitos a Mel Toledo e o pessoal do grupo Hermes e Renato do Facebook, sem os quais este post não seria possível. :)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

E você achou que pessoal do metal não ia criar músicas sobre Game of Thrones?

Game of Thrones é um dos maiores sucessos da TV dos últimos tempos. Além de captar a atenção dos fãs de fantasia medieval, RPG e afins, conseguiu chamar a atenção até de quem não é dessa turma, com muitos plot twists, personagens interessantes e além de tudo, aquilo que todo mundo gosta: cenas de sexo e nudez (principalmente feminina, mas também rolam uns perus balançando de vez em quando).

Se o Senhor dos Anéis de Tolkien inspirou tantas músicas de bandas como Led Zeppelin, Blind Guardian, Rush e Genesis, era inevitável que a sangrenta saga de George R. R. Martin iria ser homenageada em forma de música, principalmente pelo pessoal do metal e seus subgêneros. Então prepare seus fones de ouvido, o inverno está chegando!

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Seven Kingdoms – The King In The North

Sim, vamos começar direto com o infame casamento vermelho, já que este episódio foi tão traumatizante para todos nós.

Trecho:

“Mercy! Mercy! Mercy for my son!”
Vengeance takes us all
Across the world the ravens take to wing (dark wings bring dark words)
Spreading the word, the bloody death of a king”

The Sword – To Take the Black

Agora, que tal uma canção em homenagem aos solitários guerreiros que protegem a Muralha? “To Take the Black” fala sobre o pessoal do BOPE de Westeros e seu legado.

Trecho:

“If you choose to take the black
Bid farewell to comforts great and small
Those who do, don’t come back
Prepare yourself for life on the wall”

HammerFall – Fury Of The Wild

Esta música fala da revolução dos selvagens além da Muralha e sua jornada aos Sete Reinos. O nome da música é tirado diretamente dos livros. Além disso, este disco do HammerFall se chama “Chapter V: Unbent, Unbowed, Unbroken”, o lema da Casa Martell.

Trecho:

“Now as you stand on your own
With the future, face to face
Take a look at me now
Feel the fury, taste my rage
Come taste my revenge”

Irish Moutarde – The Bear And The Maiden Fair

Na verdade, esta é uma versão punk irlandesa de uma música cantada diversas vezes nos livros e que apareceu na série da HBO.

Trecho:

“The bear smelled the scent
on the summer air
the bear, the bear
all black and brown
and covered with hair “

Blind Guardian – War Of The Thrones

Sim, a banda mais conhecida por seu amor e devoção por Senhor dos Anéis. Isso não os impediu de também cair de amores pela história de George R. R. Martin. Não conseguiram ficar viúvos de Tolkien pra sempre, vejam só.

Trecho:

“All I ever feel is
All I ever see is
Rise and fall
When the War of the Thrones will begin”

Morningstarlett – Mother of Dragons

Daenerys Targaryen, Filha da Tormenta, a Não Queimada, Mãe de Dragões, Rainha de Mereen, Rainha dos Ândalos e dos Primeiros Homens, Senhora dos Sete Reinos, Khaleesi dos Dothraki, a Primeira de Seu Nome.

Trecho:

“Mother of Dragons
Riding on her wings into the night
Mother of Dragons
No can escape her deadly flight”

Arkngthand – A Game of Thrones

Bom, o nome do disco é “A Song Of Ice and Fire”, acho que já era esperado que a banda falasse sobre Game Of Thrones, certo? O disco foi lançado em 2009 e é inteirinho sobre o desejo de tomar o poder e o Trono de Ferro.

Trecho:

“Arryn’s death, the fall, the dagger
It al somehow seems to relate
Shades of crimson, covering secrets
I’ll find out before it’s too late”

Nocternity – Valyrian Steel (Blood Of The Dragon)

O guitarrista da banda se chama Khal Drogo. A música é em Dothraki (SIM!). O nome da música é “aço valyriano”. THAT’S A BINGO!

Trecho:

“Khalakka Dothrae mr’anha
Rakh! Rakh haz!
Khalakka Dothrae mr’anha
Rakh! Rakh haz!
Fire and blood
Blood for the Dragon”

The Last Alliance – To the Far North of Winterfell/White Walkers

Não consegui encontrar uma versão de estúdio desta aqui, mas o título já entrega tudo.

Trecho:

“To the far north of Winterfell, There’s a land
I once called home
Long ago, yet still remains so
Tales of my deeds, still echo through there
Hearken my saga, to all who will hear
Land of my fathers no longer my home
My joy and my innocence forgotten
I shall return!”

Winterfell – Winter is Coming

Ned Stark ia adorar ouvir essa música, mas ele tá meio sem cabeça pra isso agora.

Trecho:

“When the snows fall,
and the white winds blow…
The lone wolf, shall die,
but the pack survives! “

Pra fechar com chave de ouro, que tal uma versão metal do tema da série?

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