Crush em Hi-Fi

Música, trilha sonora, CDs, discos, DVDs, mp3, wmas, flac, clipes, ruídos, barulho, sonzera ou como quer que você queira chamar.

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E se aquele disco clássico virasse um livro? O designer gráfico Christopher Gowans mostra em “The Record Books”

E se você pudesse ler os quadrinhos “Master of Puppets“, ou o livro “Brothers In Arms”, ou até a grande obra literária “The Dark Side of the Moon”? Foi isso que o designer gráfico Christopher Gowans imaginou, criando diversas capas para livros, revistas e publicações inspiradas em grandes clássicos da música em seu projeto “The Record Books”. Mesmo as capas mais icônicas, como “Abbey Road” foram “transformadas” para parecerem com capas de best sellers pelo artista.

O mais legal é que ele evita seguir o que você espera se já é conhecedor das obras. “Are You Experienced?”, do Jimi Hendrix Experience, vira um livro empresarial dos mais coxinhas, por exemplo. Já “How To Dismantle An Atomic Bomb”, do U2, vira uma apostila e “Horses”, da Patti Smith, um almanaque infantil sobre cavalos. Ah, em cada “livro” existe a sinopse ou uma pequena descrição de onde ele teria sido encontrado. Dá uma olhada no projeto:

"Arquivo encontrado em um tribunal recentemente em desuso na fronteira francesa/italiana perto de Ventimiglia. Ele estava sendo usado, aparentemente, para parar uma mesa de cozinha de balanço"

“Arquivo encontrado em um tribunal recentemente em desuso na fronteira francesa/italiana perto de Ventimiglia. Ele estava sendo usado, aparentemente, para aparar uma mesa de cozinha que estava balançando”

O trajeto de glória na autobiografia de Bruce Springsteen Reginald Grayson. A história de sua ascensão da miséria até o bronze nos Jogos Olímpicos de 1932 em Los Angeles e... bem, é um livro bastante chato."

O trajeto de glória na autobiografia de Bruce Springsteen Reginald Grayson. A história de sua ascensão da miséria até o bronze nos Jogos Olímpicos de 1932 em Los Angeles e… bem, é um livro bastante chato.”

"O polêmico pensador radical dos 60s Kenton 'Sonic' Youth fala sobre a recusa de abraçar a maré de filosofias da Costa Oeste em seu país natal, Papua Nova Guiné."

“O polêmico pensador radical dos 60s Kenton ‘Sonic’ Youth fala sobre a recusa de abraçar a maré de filosofias da Costa Oeste em seu país natal, Papua Nova Guiné.”

"Livro de referência completas e claras para crianças a respeito de todas as coisas sobre eqüinos. Infelizmente, muitas das ilustrações foram desfiguradas por rabiscos e desenhos infantis."

“Livro de referência completas e claras para crianças a respeito de todas as coisas sobre eqüinos. Infelizmente, muitas das ilustrações foram desfiguradas por rabiscos e desenhos infantis.”

"A história de duas irmãs católicas crescendo em uma Grã-Bretanha em transição do pós-guerra. Adivinhem? Ela não termina bem."

“A história de duas irmãs católicas crescendo em uma Grã-Bretanha em transição do pós-guerra. Adivinhem? Ela não termina bem.”

"O carismático whizkid de Harvard, Hendrix tem aqui uma bíblia de auto-ajuda. Um spin-off de seu reality show de sucesso fenomenal  'The Experience'."

“O carismático whizkid de Harvard, Hendrix tem aqui uma bíblia de auto-ajuda. Um spin-off de seu reality show de sucesso fenomenal ‘The Experience’.”

"Thriller rápido de 1958: um condutor sequestra um trem de metrô de Nova York para se vingar de seu rival e ameaçar a vida de sua ex-amante. As últimas 30 páginas estão faltando. Não sei se ela sobrevive."

“Thriller rápido de 1958: um condutor sequestra um trem de metrô de Nova York para se vingar de seu rival e ameaçar a vida de sua ex-amante. As últimas 30 páginas estão faltando. Não sei se ela sobrevive.”

Mais um thriller sangrendo do prolífico Jackson. Neste stalkerfest implacável, detetive particular Dwight Blackman persegue o assassino "Shamone" pela 3ª vez. Irá o psicopata escapar pelos dedos do detetive mais uma vez?"

Mais um thriller sangrendo do prolífico Jackson. Neste stalkerfest implacável, detetive particular Dwight Blackman persegue o assassino “Shamone” pela 3ª vez. Irá o psicopata escapar pelos dedos do detetive mais uma vez?”

"Um pequeno volume de encantamentos ocultistas. Nenhum deles funciona, no entanto."

“Um pequeno volume de encantamentos ocultistas. Nenhum deles funciona, no entanto.”

"Quando uma forma de chuva ácida, causada por um cometa em Urano, parece impedir o crescimento de todos os seres vivos na Terra, a própria existência da humanidade está no fio da navalha. Quando um grupo de pigmeus perceber que o pêssego é a única planta não afetada, eles encontraram uma nova sociedade, com o caroço de pêssego como a sua moeda."

“Quando uma forma de chuva ácida, causada por um cometa em Urano, parece impedir o crescimento de todos os seres vivos na Terra, a própria existência da humanidade está no fio da navalha. Quando um grupo de pigmeus perceber que o pêssego é a única planta não afetada, eles encontraram uma nova sociedade, com o caroço de pêssego como a sua moeda.”

"Mistério de assassinato. O detetive agorafóbico dinamarquês, Jörnn Angstmar, investiga uma série de mortes por veneno em um clube de  palavras cruzadas de Copenhagen."

“Mistério de assassinato. O detetive agorafóbico dinamarquês, Jörnn Angstmar, investiga uma série de mortes por veneno em um clube de palavras cruzadas de Copenhagen.”

"Destinado a crianças com idades entre 8-12, esta encantadora série americana seguiu Rosa em suas aventuras idiossincráticas de coelho. Em Surfer Rosa, ela consegue criar um novo truque que envolve o uso de sua cauda como leme. Outros livros da série mostram a coelhinha em dança de salão e mesmo sendo uma veterinária!"

“Destinado a crianças com idades entre 8-12, esta encantadora série americana seguiu Rosa em suas aventuras idiossincráticas de coelho. Em Surfer Rosa, ela consegue criar um novo truque que envolve o uso de sua cauda como leme. Outros livros da série mostram a coelhinha em dança de salão e mesmo sendo uma veterinária!”

"Manual de instruções para uma marca obscura de computador pessoal. Ligeiramente amarelada, mas completamente sem uso, como a máquina em si, que nunca funcionou. Na verdade, ao abrir-lo para consertá-lo, verificou-se que não têm partes de trabalho de qualquer tipo. Na verdade, continha um tijolo."

“Manual de instruções para uma marca obscura de computador pessoal. Ligeiramente amarelada, mas completamente sem uso, como a máquina em si, que nunca funcionou. Na verdade, ao abrir-lo para consertá-lo, verificou-se que não têm partes de trabalho de qualquer tipo. Na verdade, continha um tijolo.”

"Thriller policial no submundo de Birmingham. O enredo gira em torno de uma quantidade de Quaaludes escondidos em caramelos roubado. E strippers."

“Thriller policial no submundo de Birmingham. O enredo gira em torno de uma quantidade de Quaaludes escondidos em caramelos roubado. E strippers.”

"Dois livros do escritor de crime popular e prolífico May Mercury. Originalmente escritas na década de 1930, essas reedições foram impressas no final dos anos 60. O mordomo não é o culpado em nenhuma das histórias, aliás."

“Dois livros do escritor de crime popular e prolífico May Mercury. Originalmente escritas na década de 1930, essas reedições foram impressas no final dos anos 60. O mordomo não é o culpado em nenhuma das histórias, aliás.”

"Whodunnit sangrento feito por um autor prolífico francês do pano cuja predileção por gore obrigou-o a escrever sob um pseudônimo para que seus leitores - e, na verdade, seus superiores - perdessem a fé nele."

“Whodunnit sangrento feito por um autor prolífico francês do pano cuja predileção por gore obrigou-o a escrever sob um pseudônimo para que seus leitores – e, na verdade, seus superiores – perdessem a fé nele.”

"Manual científico alternativo dos anos 60. Professor californiano Floyd alcançou enorme sucesso com este estudo da influência da Lua sobre o ciclo menstrual. Na verdade, ele foi capaz de fundar sua própria faculdade, especializado no estudo de fertilidade das mulheres. A faculdade não existe mais. Ela foi fechada em 1972, tendo sido arrasada por uma multidão de maridos irritados."

“Manual científico alternativo dos anos 60. Professor californiano Floyd alcançou enorme sucesso com este estudo da influência da Lua sobre o ciclo menstrual. Na verdade, ele foi capaz de fundar sua própria faculdade, especializado no estudo de fertilidade das mulheres. A faculdade não existe mais. Ela foi fechada em 1972, tendo sido arrasada por uma multidão de maridos irritados.”

"Novela sedutora sobre a amizade entre um magnata da imprensa e um rapaz órfão que ele conhece enquanto engraxa seus sapatos. Não o magnata, o rapaz. O rapaz estava engraxando seus sapatos. Os sapatos do magnata. Não seus próprios sapatos, isso não faria sentido. O rapaz estava engraxando os sapatos do magnata. E ele fez amizade com ele. O magnata. Fez amizade com o menino, o rapaz."

“Novela sedutora sobre a amizade entre um magnata da imprensa e um rapaz órfão que ele conhece enquanto engraxa seus sapatos. Não o magnata, o rapaz. O rapaz estava engraxando seus sapatos. Os sapatos do magnata. Não seus próprios sapatos, isso não faria sentido. O rapaz estava engraxando os sapatos do magnata. E ele fez amizade com ele. O magnata. Fez amizade com o menino, o rapaz.”

"Terceira edição de título de curta duração da Elektra Comics. Mesmo para um gênero de fantasia, as histórias eram vistos como exageradas pelo público."

“Terceira edição de título de curta duração da Elektra Comics. Mesmo para um gênero de fantasia, as histórias eram vistos como exageradas pelo público.”

"Spin-off baseado no programa de TV de mesmo nome, onde concorrentes que têm de decidir se mentem sobre suas recentes atividades diárias, sem saber se eles tinham realmente estado sob observação secreta. Hilariante. O livro conta com a participação do mascote do programa, "Ozzy CC ', a câmera de segurança de circuito fechado."

“Spin-off baseado no programa de TV de mesmo nome, onde concorrentes que têm de decidir se mentem sobre suas recentes atividades diárias, sem saber se eles tinham realmente estado sob observação secreta. Hilariante. O livro conta com a participação do mascote do programa, “Ozzy CC ‘, a câmera de segurança de circuito fechado.”

Veja mais livros (ou discos) do artista aqui: http://ceegworld.com/the-record-books/

“Good Times”, a linha de baixo do Chic que praticamente TODO MUNDO já sampleou

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“Good Times” é uma das músicas mais perfeitas para o sample. O groove do baixo da canção do Chic era usada desde os tempos mais primórdios nas turntables, servindo como uma base incrível para rappers despejarem sua verborragia. A música foi lançada em 1979, na efervescência das “block parties” de Nova York que ajudaram a pavimentar o caminho do rap como estilo musical.

Quantas músicas samplearam a linha de baixo incrível de Bernard Edwards? Por volta de 150, mas não dá pra saber exatamente. O mais famoso som que usou o sample foi, sem dúvida, “Rappers Delight”, da Sugarhill Gang, lançado no mesmo ano. No começo, Nile Rodgers foi contra o sample, e a Sugarhill Gang, em vez de brigar, preferiu se acertar: deram total crédito aos caras, e Rodgers e Edwards aparecem nos créditos como autores da música. Foi um dos primeiros raps a estourarem nas paradas e até hoje rola muito bem em festas.

Aqui no Brasil, uma das mais populares músicas que usam o baixo do grupo de Nile Rodgers é “2345meia78”, sucesso de Gabriel, o Pensador no disco “Quebra-Cabeça”, de 1997. Gabriel escreveu a música “meio na brincadeira” em 1996 e ela se tornou um hit, ficando em 17º lugar entre as músicas mais tocadas de 1997. Telefones com o número do título (234-5678) acabaram sendo vítimas de inúmeros trotes depois de seu lançamento:

Ah, e lógico que rolou o dito “primeiro rap do Brasil”, o clássico “Melô do Tagarela”, cantado por ninguém menos que Miéle. O som saiu em um compacto simples em 1980, e na verdade é uma versão de “Rappers Delight”.

Alguns dizem que o Queen “se inspirou” (ou chupinhou mesmo) o Chic com “Another One Bites The Dust”. Não dá pra negar que sim, é parecido… Bernard Edwards falou para a NME: “Bom, aquela música do Queen aconteceu porque o baixista (John Deacon) passou algum tempo com a gente em nosso estúdio. Mas tudo bem. O que não está tudo bem é que a imprensa começou a falar que a gente plagiou eles! Dá pra acreditar? ‘Good Times’ saiu mais de um ano antes, mas era inconcebível para esse pessoal que músicos negros podiam inovar desse jeito”.

Bom, não parou por aí. Vamos a alguns dos sons que também usaram “Good Times” como base:

15 artistas e bandas que mudaram seu som da água para o vinho (ou vice-versa)

Hair Pantera e Thrash Pantera / Katy Hudson e Katy Perry

Hair Pantera e Thrash Pantera / Katy Hudson e Katy Perry

Nem sempre o som de um artista se mantém o mesmo por muito tempo. Afinal, nem todo mundo consegue ser o AC/DC ou o Motörhead, que mantém o mesmo som desde o começo e continuam enlouquecendo seus fãs sem grandes surpresas. Se isso é bom ou ruim, cabe a você julgar, mas muitos artistas mudam completamente seu som em uma transformação radical que pode ou não incluir seu visual.

Listei 15 exemplos de bandas e artistas que mudaram da água para o vinho. Evitei artistas e bandas que sempre estão em mutação (e esse é o estilo deles) como Madonna ou David Bowie, já que a cada disco eles assumem um som, persona e estilo diferente (e conseguem ser geniais, na maioria das vezes).

Bee Gees
Antes: Rock psicodélico doido
Depois: A maior banda de disco music com voz fina

Antes de tocarem em todo lugar com a trilha sonora do filme de Tony Manero “Os Embalos de Sábado à Noite” e virarem os reis da disco music, o trio Bee Gees usava as vozes dos irmãos Gibb a favor da psicodelia sessentista. Ouça por exemplo “Turn Of The Century”, do primeiro disco do trio, e compare com “Night Fever”.

Roberto Carlos
Antes: O roqueiro mais famoso do Brasil
Depois: O cantor romântico que não usa marrom e come carne Friboi, se pagarem bem

No começo, Roberto Carlos bebia da fonte da british invasion do rock de terninho, e junto com Erasmo Carlos e Wanderléa foi um dos responsáveis pela criação do termo “Jovem Guarda”. Lá pelos anos 70, enveredou (muito bem, diga-se de passagem) pelo funk e soul, com o auxílio de Tim Maia, e a partir daí foi apostando cada vez mais nas baladas e menos no som rocker ou no swing do funk. Uma pena.

Katy Perry
Antes: A loirinha cristã que tocava violão
Depois: A cantor pop multicolorida das multidões

Em 2001, Katy Perry ainda se apresentava como Katy Hudson. Na época, o som se aproximava mais do rock cristão e do gospel, com músicas como “Faith Won’t Fail” e afins. Depois se tornou um dos maiores sucessos do pop atual com o disco “One Of The Boys” e a mudança completa de direção musical com “I Kissed A Girl”, que a levou ao estrelato. Fez o caminho contrário de Rodolfo Abrantes, se pensarmos bem.

Beastie Boys
Antes: O grupo de punk anárquico desafinado
Depois: O trio de rap branquelo cheio de criatividade

Antes de serem um dos grupos mais mais respeitados do rap (e do rock), Mike D, MCA e AdRock faziam um som bem punk sujo e desordenado. Contavam com Kate Schellenbach na bateria, que depois foi para o Luscious Jackson. Em 1994, os Beastie lançaram o disco “Some Old Bullshit”, uma compilação que mostrava como eram seus anos de punk gritado e cheio de barulho.

Nelly Furtado
Antes: Cantora que misturava pop, rock e folk
Depois: Cantora rebolativa com batidas Timbaland

Nelly Furtado estourou com “Like A Bird”, uma boa música pop que dominou as rádios e levou o disco “Whoa, Nelly” ao topo das paradas com sua mistura de hip hop, rock, folk e até fado português. Quando o segundo disco, “Folklore”, não foi tão bem, veio a hora de render-se ao que vende: o pop com produtores de sucesso. Deu certo: a virada pop de Mtv de Nelly gerou “Promiscuous Girl” parceria com Timbaland, seu maior sucesso.

Pantera
Antes: Hair metal pufante
Depois: Thrash metal porrada

Sim, é verdade: antes de serem os “Cowboys From Hell”, o Pantera adotava um visual meio Poison, com músicas mais direcionadas ao hair metal do que ao thrash machão que os levou ao estrelato. Sim, até Dimebag Darrell (R.I.P.) lotava o cabelo de laquê no comecinho do Pantera.

Genesis
Antes: Rock progressivo artsy-fartsy
Depois: Pop rock chumbrega para as rádios

O Genesis começou como uma banda de rock progressivo que inseria arte e teatro em seus shows, com Peter Gabriel nos vocais. Fez muito sucesso, até que Gabriel resolveu pedir as contas e o baterista Phil Collins assumiu os vocais. A partir daí a banda foi caminhando para o “jeito Collins”, ficando bem mais pop e pronta para as FMs de Adult Oriented Rock.

Kraftwerk
Antes: Experimental, avantgarde e kraut rock
Depois: Os robôs pais da música eletrônica

Sim, os robots alemães do Kraftwerk já fizeram um rock bem do hippongo! Sim, o negócio dos caras já era bem experimental e inovador desde o começo, mas antes puxava mais para a psicodelia do que para a música eletrônica (que eles ajudaram a criar).

NXZero
Antes: Hardcore melódico (ou emo, vai)
Depois: Um sub-Charlie Brown Jr.

O NXZero começou como qualquer banda de hardcore melódico: músicas rapidinhas, letras convencionais, nada de diferente. O público comprou a ideia e a gravadora os convenceu que o caminho era apostar nas baladas. Depois de algum tempo fora da mídia, a banda voltou este ano com um som que… bom, parece MUITO com Charlie Brown Jr.

Os Mutantes
Antes: Uma das bandas mais importantes do tropicalismo
Depois: Tentativa de ser o Pink Floyd brasileiro

O trio Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias foi um dos mais geniais do rock brasileiro. Ajudaram a revolucionar a música feita no Brasil e foram reconhecidos internacionalmente por sua música experimental e divertidíssima. Com a saída de Rita Lee, a banda enveredou por um caminho mais progressivo. Arnaldo Baptista também acabou saindo, e o negócio ficou mais prog ainda, com longos solos de teclado e virtuosidade máxima. Não é ruim, mas não chega aos pés do ápice criativo da banda.

Alanis Morissette
Antes: A Hannah Montana do Canadá
Depois: A garota raivosa com violão em punho

Você acha que “Jagged Little Pill” é o disco de estreia de Alanis Morissette? Nananinanão. Antes de surgir como uma garota que botava a boca no mundo com letras confessionais cheias de raiva e paixão, Alanis era apenas uma cantora de dance pop. Dois discos foram gravados com essa persona dançante: “Alanis” e “Now Is The Time”.

Shakira
Antes: A Alanis colombiana
Depois: A cantora rebolativa cujos quadris não mentem

Shakira começou com o violão sempre em mãos e letras confessionais como “Pies Descalzos”. Para as rádios, o interessante eram os remixes das músicas da morena colombiana. De repente, tudo mudou: Shakira ficou loira, aderiu ao pop dançante (com um ~quê~ colombiano, é verdade) e deixou o violão de lado, mostrando mais sua habilidade na dança do ventre do que nas cordas. Resultado: sucesso, sucesso e Waka Waka.

Vanilla Ice
Antes: Uma enganação do hip hop
Depois: Uma enganação do nu metal

Robbie Van Winkle foi uma enganação desde o começo. “Ice Ice Baby” é um rap com um sample de Queen que não empolga, mas fez grande sucesso em 1991. O ~rapper~ então fez um sofrível filme autobiográfico (“Cool As Ice”, horrendo) e apareceu no filme “As Tartarugas Ninja 2 – O Segredo do Ooze”, cantando “Ninja Rap”. Desapareceu por alguns anos, voltando no auge do nu metal tentando enganar novamente o público como um rocker angustiado que imitava Fred Durst no disco “Hard To Swallow” (o título define bem o disco). Não colou, novamente, e Ice tá sumido desde então (e todo dia a gente agradece ao Senhor por isso).

Avril Lavigne
Antes: A nova aposta do punk rock para as rádios
Depois: Pop desesperado para vender (sem sucesso)

Avril Lavigne apareceu como uma “roqueirinha” para as massas, com músicas como “Sk8er Boi”, um roquinho safado que encantou todos adolescentes da época, que saíram dançando e usando gravatinhas e etc, além das baladas ao violão, que nem eram tão ruins quanto os críticos chatos falavam. Mas aí veio “Girlfriend”, uma chupada violenta de “Hey Mickey” da Toni Basil, e a partir daí Avril passou a ser a cantora pop que não consegue emplacar um sucesso pop. Taí a última tentativa, a vergonhosa “Hello Kitty”, que não me deixa mentir.

Goo Goo Dolls
Antes: Punk rock divertido e porradeiro
Depois: Rock baladeiro pronto para as rádios

Se você conheceu o Goo Goo Dolls na trilha de “Cidade dos Anjos” com “Iris” vai se surpreender, assim como os fãs de Goo Goo Dolls antes dessa música se surpreenderam quando ela saiu. No começo, a banda mandava um punk rock bem descompromissado e muito divertido, sem baladas ou violões. Fazia a cabeça do povo do skate e dos punks dos anos 90. Aí veio “Iris”… e o som mudou completamente. Os fãs punks choraram, desconsolados, enquanto o Goo Goo Dolls passou a embalar casais apaixonados e a embolsar milhões.

Músicas para embalar os seus domingos e esquecer das segundas

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Domingo. Um dos dias mais odiados da semana. Não pelo domingo em si, mas por preceder o primeiro dia útil, ele é até mais triste que a inevitável segunda. E por este motivo, é um dos dias com grandes músicas dedicadas a ele. E já que os sentimentos destinados ao primeiro dia da semana não são dos melhores, o mesmo não se pode dizer das canções.

E se seu domingo está sem graça e precisando de uma trilha sonora, deixa comigo.


Faith No More – Easy

Sim, a versão original dos Commodores é incrível, mas a trupe de Mike Patton fez uma versão que me diz muito mais e passa melhor aquele sensação “dominical” que é a intenção aqui. Segundo Lionel Richie, que escreveu a música, ela “se aplica a qualquer pessoa que vive em uma pequena cidade do Sul dos EUA. Pequenas cidades do sul ficam mortas à partir das 23:30 de sábado. Então eu meio que tive que pensar em minhas próprias experiências – de Lionel Richie de Tuskegee, Alabama, onde não há coisas como festas que vão até às 4 da manhã.


 Titãs – Domingo

Acho que, pra mim, esta é a música que mais simboliza este dia tão preguicento. Paulo Miklos fala sobre tradições do domingo brasileiro, como a presença inevitável de Sílvio Santos com sua risada característica na TV (o que acabou atrapalhando sua veiculação via Rede Globo, que não queria citações ao rival) e quase tudo fechado. A música deu nome ao oitavo disco dos Titãs, lançado em 1995.


Queen – Lazy On A Sunday Afternoon

Esta ode à preguiça saiu no disco “A Night At The Opera”, de 1975, e fala basicamente de como o interlocutor ama a preguiça de um domingo à tarde. Curtinha.


David Bowie – Sunday

A faixa que abre o disco “Heathen”, de 2002, marca o retorno de Tony Visconti, que produziu muitos dos discos clássicos dos anos 70. Como o Bowie nunca tentou explicar esta letra, fica difícil querer definí-la. Dê uma ouvida e tente descobrir o que o camaleão quis dizer.


Sonic Youth – Sunday

O primeiro e único single do disco “A Thousand Leaves” trazia Macaulay Culkin em seu clipe. O ator andava meio sumido depois do sucesso de “Esqueceram de Mim”. Segundo o próprio Thurston Moore, o riff principal foi “emprestado” da música “Skeleton” da banda Helium, uma de suas preferidas.


Stone Temple Pilots – Naked Sunday

Sim, domingo é um bom dia pra ficar peladão em casa, porém a música não fala sobre isso. A faixa do disco “Core” fala sobre fé e espiritualidade, perguntando a Deus porque deveríamos confiar nele quando o fim chegar depois de tudo que passamos aqui na Terra. É, uma bad trip pesada do Scott Weiland.


Velvet Underground – Sunday Morning

Esta foi escrita por Lou Reed num domingão por volta das 6 horas da matina. Andy Warhol sugeriu que ele escrevesse sobre a sensação que rola quando o efeito do coquetel de drogas que o rapaz tomava estava passando. Reed não deixou que Nico cantasse essa: ele mesmo cantou, imitando ela.


Oasis – Sunday Morning Call

A primeira música com Noel Gallagher nos vocais desde “Don’t Look Back In Anger” saiu no disco “Standing In The Shoulder Of Giants” e é, novamente, uma balada. A música é sobre pessoas (que Noel não quis citar, mas se desconfia que ele fala de Kate Moss) que apareciam em sua porta de manhã, bem loucas. O clipe é inspirado no filme “Um Estranho No Ninho”.


Jefferson Airplane – Young Girl Sunday Blues

Do terceiro disco do Jefferson Airplane, “After Bathing at Baxter’s”, saiu esta pérola psicodélica dançante. Uma música um pouco mais alegrinha para o seu domingo.


Video Hits – Silvia 20 Horas Domingo

A versão da banda gaúcha Video Hits para a música da fase psicodélica de Ronnie Von é incrível. Diego Medina e sua trupe imprimem uma felicidade próxima à do B-52’s à canção, deixando-a com cara de domingão feliz. Tio Ronnie deve ter ficado orgulhoso dos pupilos. Pena que a banda durou tão pouco…


Tim Maia – Um Dia de Domingo

O vozeirão do rei do soul brasileiro vai bem com qualquer domingo. Faz de conta que ainda é cedo.


Ângelo Máximo – Domingo Feliz

Uma pérola do brega que eu adoro. Essa é pra deixar qualquer domingo feliz. Deixe o preconceito de lado e cante com o Ângelo Máximo que hoje é, sim, o seu dia.

Bota a mão no joelho, dá uma abaixadinha

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Aqui no Brasil, músicas sobre o traseiro feminino foram uma explosão nos anos 90 e continuam em alta até hoje, principalmente com o funk carioca. E nos EUA, a bunda também está em alta hoje em dia, com Nicki Minaj e Jennifer Lopez fazendo canções mostrando todo seu amor pelos glúteos.

O canal do Youtube WatchMojo.com fez uma lista com as 10 melhores músicas sobre a bunda criadas lá nos States, o que mostra que a bundinha não é um fenômeno tão atual lá fora, já que desde a disco music já estavam sacudindo a mesma na pista de dança. Ah, e só rolam músicas internacionais na lista, ou seja: deixa de fora clássicos made in Brazil como “Dança da Bundinha”. Se bem que essa é hours concours, certo?

Michael Jackson: o rei do pop e seus amigos

Não me incomoda o título que Michael Jackson criou para si mesmo. Não dá pra discutir muito que o cara foi, realmente, o “rei do pop”. Aliás, um dos criadores do pop como o conhecemos hoje (para bem e para mal). Mas além de sua discografia quase impecável (pelo menos até “Dangerous”), Michael também realizou ótimas parcerias com seus muitos amigos artistas. Conheça algumas das melhores (e algumas inexplicáveis). Sham’on:

State of Shock (com Mick Jagger)

Esta aqui na verdade não é solo do Jacko, sendo uma parceria dos Jacksons (ex-Jackson 5) com Mick Jagger, dos Rolling Stones. Originalmente, essa música foi uma das que Jackson gravou com Freddie Mercury (junto com “Victory” e “There Must Be More To Life Than This”, que veremos em breve). O motivo de terem regravado com Jagger no lugar de Mercury nunca foi revelado.

Say Say Say (com Paul McCartney)

A duplinha já havia gravado “The Girl Is Mine” em “Thriller” de Jackson, e fizeram esse dueto para “Pipes Of Peace”, de McCartney. A música ficou em primeiro lugar por seis semanas nas paradas americanas e o clipe é um clássico oitentista (e seu enredo foi zoado devidamente no Piores Clipes do Mundo, quando o Marcos Mion ainda tinha graça) com a participação da eterna companheira de Paul, Linda McCartney, segurando vela para o dueto.

All In Your Name (com Barry Gibb)

A parceria de Michael Jackson com um terço dos Bee Gees é uma baladinha meio mixuruca, se formos considerar os dois talentos unidos aqui. Apesar de ter sido gravada em 2002 e lançada em 2011, a música poderia muito bem fazer parte de qualquer coletânea de baladinhas oitentistas das mais babadas. Vale ouvir pela curiosidade, apenas, o que é uma pena.

Get It (com Stevie Wonder)

Apesar de ter dois gênios em ação, “Get It” não é uma das melhores parcerias desta lista. Dançante (e bem oitentona), a música saiu em 1987 no disco “Characters” de Wonder. Como eram os anos 80, tudo é muito cheio de sintetizadores 80s e o piano matador de Stevie mal é ouvido.

There Must Be More To Life Than This (com Queen)

O dueto de Michael e Freddie pode não parecer bacana nas primeiras audições, mas ele meio que cresce em você. Aí o refrão fica na cabeça. Lógico que não é nada inesquecível como “Thriller” ou “Bohemian Rhapsody”, mas é uma baladinha até que simpática.

Watzapwitu (com Eddie Murphy)

É estranho o que eu vou dizer, mas é verdade: a improvável parceria com Eddie Murphy é um dos melhores duetos desta lista. “Watzapwitu” foi lançada em 1993 no terceiro disco do Tira da Pesada, “Love’s Alright”. Sim, é um R&B genérico dos anos 90, mas emula bem o que estava sendo produzido naquela época e tem um refrão fácil e chicletudo.

Somebody’s Watching Me (com Rockwell)

Acho que esta é a minha preferida de todas as parcerias que Michael Jackson já fez (rivalizando, talvez, com as ótimas participações de Eddie Van Halen e Slash em algumas de suas músicas). Lançado pela Motown em 1984, “Somebody’s Watching Me” é o single de estreia de Rockwell. É um one hit wonder sensacional com o refrão cantado por ninguém menos que Jacko, falando sobre o sentimento de paranoia. Nota 10.

This Time Around (com Notorious B.I.G.)

Esta aqui faz parte do disco HIStory, a auto-homenagem de Jackson a si mesmo. A curiosidade é a participação de Notorious B.I.G., que faz um pequeno verso no meio da música. No mais, é um daqueles R&B típicos de Jacko nos anos 90 e poderia muito bem estar no meio de Dangerous, de 1991.

What More Can I Give (com Beyonce, Celine Dion, Hanson, Ricky Martin, Usher, Nick Carter, *NSync, Mariah Carey, Santana, Gloria Estefan, Shakira, Maya, Tom Petty e mais)

A tentativa pós-11 de setembro de reproduzir “We Are The World” de Michael não foi das mais bem sucedidas, mas vale a curiosidade de ver MJ junto com artistas pop mais atuais, como Beyoncé, Backstreet Boys, Mariah Carey e Usher em uma daquelas músicas cheias de participações buscando ajudar a uma causa qualquer. Foi lançada em 2001 e ganhou uma versão diferentes, com artistas latinos, chamada “Todo Para Ti”.

We Are The World (com Cindy Lauper, Billy Joel, Bob Dylan, Bruce Springsteen, Willy Nelson, Tina Turner, Ray Charles, Stevie Wonder, Steve Perry, Lionel Richie e mais)

Preciso realmente falar dessa aqui? Lançada em 1985 com o intuito de angariar doações para a África, “We Are The World” juntava muitos dos grandes artistas dos 80s (só não sei onde foi parar a Madonna, que Cindy Lauper substituiu com louvor) em 7:14 minutos de melodia que gruda na cabeça que ganhou três Grammys e muitos outros prêmios.

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