Crush em Hi-Fi

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O musical que o Coldplay fez baseado em Game of Thrones com participação dos atores da saga

Você pode até odiar o Coldplay, mas se é fã de Game of Thrones, vai aplaudir de pé a incursão do grupo inglês pelos sete reinos criados por George R.R. Martin. Não dá pra negar que o grupo é fã de GoT: o baterista Will Champion inclusive fez figuração no fatídico Red Wedding. Aqui está ele:

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O “musical” baseado na obra conta com os atores da série da HBO cantando músicas hilárias baseadas em seus personagens, com Emilia Clarke mandando “Rastafarian Targaryen”, um reggae baseado na KhaleesiNikolaj Coster-Waldau (Jamie Lannister) cantando “Closer To Home”, uma ode à sua família incestuosa, e Kit Harington, o Jon Snow, cantando uma versão de “Wild Thing” do The Troggs, transformada em “Wildling” e dedicada à Igritte (R.I.P.)

A coisa toda é uma sketch de comédia elaborada para o Red Nose Day, uma ação da rede de TV NBC para acabar com a pobreza infantil. O vídeo abaixo de 12 minutos é um espetáculo para os fãs da série, com várias canções hilariantes inspirados no mundo de Westeros. Além disso, Liam Neeson é o narrador!

Veja aqui algumas das músicas em versões mais completas. Como a que Peter Dinklage comemora a sobrevivência de Tyrion Lannister e relembra as várias mortes que já rolaram na série:

Uma enorme lista de clipes com participações de atores, atrizes e celebridades (e algumas subcelebridades também)

Eis que chegou um momento na história da música em que os videoclipes não seriam mais apenas a ilustração da banda tocando (ou fazendo o velho e bom playback). Não: agora os clipes eram pequenas obras de arte, verdadeiros curtas-metragens que serviriam para complementar a música, interpretá-la ou mesmo transformá-la em uma história.

A explosão dos videoclipes nos anos 80 e 90 levou muitos atores e atrizes a participarem das obras visuais de muitas bandas e artistas e também revelaram novas celebridades, como Alicia Silverstone, que apareceu para o mundo nos clipes do Aerosmith, e mais recentemente Emily Ratajkowski, uma das moças do polêmico “Blurred Lines” de Robin Thicke.

Como tenho mania de fazer listinhas, criei uma imensa playlist juntando todos atores, atrizes e celebridades que já apareceram em video clipes nacionais e internacionais:

(Se você acha que ficou faltando algum, me avise nos comentários!)

Raimundos – “Andar na Pedra”
Ator: Matheus Nachtergaele (Hilda Furacão, O Auto da Compadecida, Cidade de Deus, Amarelo Manga)

Skank – “Garota Nacional”
Atrizes – Carla Marins (Bebê A Bordo, O Mapa da Mina, Tropicaliente, A Indomada, Kubanacan)
Ingra Liberato (A História de Ana Raio e Zé Trovão, O Clone, Quatro por Quatro)
Paula Burlamarqui (O Dono do Mundo, Pedra Sobre Pedra, Explode Coração, América)
Paloma Duarte (Renascer, Tropicaliente, Terra Nostra, Porto do Milagres, Deus É Brasileiro, 2 Filhos de Francisco)

Korn – “Thoughless”
Ator – Aaron Paul (Breaking Bad, Need For Speed, Uma Longa Queda)

The Offspring – “She’s Got Issues”
Atriz – Zooey Deschanel (Quase Famosos, O Guia do Mochileiro das Galáxias, 500 Dias Com Ela, Sim Senhor)

Fiona Apple – “Not About Love”
Ator – Zack Galifianakis (Se Beber Não Case, Um Parto de Viagem, Os Candidatos, Birdman)

Charlie Brown Jr. – “Rubão”
Atores – Fausto Fanti, Felipe Torres, Adriano Silva, Marco Antonio Alves e Bruno Sutter (Hermes e Renato)

Elton John – “I Want Love”
Ator – Robert Downey Jr. (Mulher Nota 1000, Trovão Tropical, Chaplin, Homem de Ferro, Sherlock Holmes, Os Vingadores, Assassinos por Natureza, Zodíaco)

Aerosmith – “Jaded”
Atriz – Mila Kunis (That 70’s Show, Family Guy, Ressaca de Amor, Cisne Negro, Ted, Amizade Colorida)

Aerosmith – “Crazy”
Atrizes – Alicia Silverstone (As Patricinhas de Beverly Hills, Batman & Robin, Excesso de Bagagem)
Liv Tyler (Empire Records, The Wonders – O Sonho Não Acabou, Armageddon, Beleza Roubada, O Senhor dos Anéis, Reine Sobre Mim, O Incrível Hulk)

Fatboy Slim – “Weapon Of Choice”
Ator – Christopher Walken (The Deer Hunter, Batman – O Retorno, Quanto Mais Idiota Melhor 2, Pulp Fiction, Basquiat, Joe Sujo, Prenda-me Se For Capaz, Click)

Stone Temple Pilots – “Sour Girl”
Atriz – Sarah Michelle Gellar (Buffy, A Caça-Vampiros, Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado, Ela é Demais, Segundas Intenções, Scooby-Doo, O Grito, Veronika Decide Morrer)

One Night Only – “Say You Don’t Want It”
Atriz – Emma Watson (Harry Potter, As Vantagens de Ser Invisível, Bling Ring: A Gangue de Hollywood, É o Fim, Noé)

The Rolling Stones – “Anybody Seen My Baby”
Atriz – Angelina Jolie (Malévola, O Procurado, A Lenda de Beowulf, Sr. e Sra. Smith, Alexandre, Lara Croft: Tomb Raider, 60 Segundos, Garota, Interrompida, Gia)

Bruce Springsteen – “Dancing In The Dark”
Atriz – Courteney Cox (Friends, Cougar Town, Cocoon – O Regresso, Pânico, Ace Ventura – Um Detetive Diferente)

Michael Jackson – “Liberian Girl”
Atores/Atrizes: Brigitte Nielsen (Red Sonja, Rocky IV, Cobra, Um Tira da Pesada II)
Whoopi Goldberg (A Cor Púrpura, Ghost – do Outro Lado da Vida, Mudança de Hábito, Corina, uma Babá Perfeita, Será Que Ele É?, Garota, Interrompida)
Billy Dee Williams (Star Wars, Batman)
Olivia Newton-John (Grease, Xanadu)
John Travolta (Os Embalos de Sábado à Noite, Grease, Olha Quem Está Falando, Pulp Fiction, A Outra Face, O Nome do Jogo, Be Cool, Hairspray)
Corey Feldman (Sexta-Feira 13 – Capítulo Final, Gremlins, Goonies, Conta Comigo)
Steven Spielberg (Tubarão, Contatos Imediatos do 3º Grau, E.T., Poltergeist, Gremlins, De Volta Para o Futuro, Goonies, Querida, Encolhi as Crianças, Homens de Preto, Jurassic Park)
Lou Ferrigno (Hulk, Hércules)
Mayim Bialik (Blossom, The Big Bang Theory)
Danny Glover (Rebobine, Por Favor, Ensaio sobre a Cegueira, Jogos Mortais, Máquina Mortífera, A Cor Púrpura)
Dan Aykroyd (Os Irmãos Cara-de-Pau, Os Caça-Fantasmas, Conduzindo Miss Daisy, Meu Primeiro Amor, Coneheads)
Steve Guttenberg (Loucademia de Polícia, Três Solteirões e Um Bebê, Cocoon 2- O Regresso)

Smash Mouth – “Can’t Get Enough Of You Baby”
Atriz – Jennifer Love Hewitt (Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado, Mal Posso Esperar, O Terno de Dois Bilhões de Dólares, Party of Five, Ghost Whisperer, The Client List)

Marilyn Manson – “Tainted Love”
Atrizes – Jaime Pressly (Mal Posso Esperar, Não é Mais um Besteirol Americano, Eu Te Amo, Cara, My Name is Earl)
Chyler Leigh (Não é Mais um Besteirol Americano, The Practice, Grey’s Anatomy)

Madonna – “Music”
Ator – Sacha Baron Cohen (Ali G Indahouse, Borat, Bruno, Hugo, O Ditator, Os Miseráveis)

Mumford & Sons – “Hopeless Wanderer”
Atores: Jason Bateman (Arrested Development, Tudo pra Ficar com Ele, Ressaca de Amor, Amor sem Escalas, Quero Matar meu Chefe)
Jason Sudeikis (Quero Matar Meu Chefe, Passe Livre, Família do Bagulho)
Will Forte (Saturday Night Live, MacGruber – Licença para Estragar, Este é meu Garoto, Gente Grande 2, Nebraska)
Ed Helms (Se Beber Não Case, Uma Noite no Museu 2, Família do Bagulho)

The Shoes – “Time to Dance”
Ator – Jake Gyllenhall (Donnie Darko, Jimmy Bolha, O Dia Depois de Amanhã, O Segredo de Brokeback Mountain, Zodíaco, Príncipe da Pérsia, Amor & Outras Drogas)

Jon Spencer Blues Explosion – “Talk About The Blues”
Atriz – Winona Rider (Os Fantasmas Se Divertem, Minha Mãe É Uma Sereia, Edward Mãos de Tesoura, Drácula de Bram Stoker, Alien – A Ressurreição, Garota, Interrompida, A Herança de Mr. Deeds)

Gorillaz – “Stylo”
Ator – Bruce Willis (A Gata e o Rato, Duro de Matar, Olha Quem Está Falando, O Falcão Está à Solta, A Morte Lhe Cai Bem, Pulp Fiction, Os Doze Macacos, O Quinto Elemento, Armageddon, Meu Vizinho Mafioso, Corpo Fechado, Sin City)

Beastie Boys – “Make Some Noise”
Atores/Atrizes – Seth Rogen (Freaks and Geeks, O Virgem de 40 Anos, Superbad, Ligeiramente Grávidos, Tá Rindo do Quê?, Segurando as Pontas, Pagando Bem, Que Mal Tem?, 50%, É o Fim, Vizinhos, A Entrevista)
Elijah Wood (O Anjo Malvado, Prova Final, O Senhor dos Anéis, Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, Sin City, Hooligans, Wilfred)
Danny McBride (Antes Só do que Mal Casado, Trovão Tropical, Segurando as Pontas)
Susan Sarandon (The Rocky Horror Picture Show, As Bruxas de Eastwick, Thelma & Louise, O Óleo de Lorenzo, Os Últimos Passos de Um Homem, A Excêntrica Família de Igby)
Stanley Tucci (O Dossiê Pelicano, Desconstruindo Harry, Os Queridinhos da América, O Diabo Veste Prada, E.R.)
Will Arnett (Arrested Development, Escorregando para a Glória, Quando em Roma, The Millers)
Rainn Wilson (The Office, A Casa dos 1000 Corpos, Juno, Super)
Ted Danson (Cheers, Três Solteirões e um Bebê, Acertando as Contas com Papai, O Resgate do Soldado Ryan, CSI)
Steve Buscemi (Barton Fink, Cães de Aluguel, Pulp Fiction, Os Cabeças-de-Vento, Billy Madison, Fargo, O Grande Lebowski)
Amy Poehler (Parks and Recreation, Meninas Malvadas, Uma Mãe Para o Meu Bebê)
Chloë Sevigny (Kids, Meninos Não Choram, Party Monster, Psicopata Americano, Brown Bunny, Zodíaco, Lovelace)
Kirsten Dunst (Entrevista Com o Vampiro, Jumanji, As Virgens Suicidas, Homem-Aranha, Maria Antonieta)
Maya Rudolph (Idiocracy, Gente Grande, Missão Madrinha de Casamento)
David Cross (Homens de Preto, Arrested Development, Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças, Alvin e os Esquilos)
Orlando Bloom (O Senhor dos Anéis, Piratas do Caribe, Tudo Acontece em Elizabethtown, Tróia, Os Três Mosqueteiros, O Hobbit)
Will Ferrell (Os Estragos de Sábado a Noite, O Âncora – A Lenda de Ron Burgundy, Ricky Bobby – A Toda Velocidade, Mais Estranho que a Ficção, Quase Irmãos, Casa de mi Padre)
John C. Reilly (Magnolia, Boogie Nights, Nunca Fui Beijada, Gangues de Nova York, Chicago, Precisamos Falar Sobre o Kevin)
Jack Black (Alta Fidelidade, O Amor É Cego, Escola de Rock, King Kong, Tenacious D – Uma Dupla Infernal, Nacho Libre, Rebobine, Por Favor, Trovão Tropical)

Sonic Youth – “Sunday”
Ator – Macaulay Culkin (Esqueceram de Mim, Meu Primeiro Amor, O Anjo Malvado, Riquinho, Party Monster)

Melissa Etheridge – “I Want To Come Over”
Atriz – Gwyneth Paltrow (Seven – Os Sete Crimes Capitais, Shakespeare Apaixonado, O Talentoso Ripley, Duets – Vem Cantar Comigo, Os Excêntricos Tenenbaums, O Amor É Cego, Homem de Ferro)

Aimee Mann – “Wise Up”
Atores/Atrizes – Tom Cruise (Magnolia, Top Gun, Rain Man, Cocktail, Dias de Trovão, Missão Impossível, Minority Report)
Julianne Moore (Magnolia, A Mão Que Balança o Berço, Corpo em Evidência, Boogie Nights, O Grande Lebowski, Hannibal, Para Sempre Alice)
Philip Seymour Hoffman (Magnolia, Perfume de Mulher, Boogie Nights, O Grande Lebowski, O Talentoso Ripley, Embriagado de Amor, Quase Famosos, Dragão Vermelho, Capote)
William H. Macy (Magnolia, Em Algum Lugar do Passado, Fargo, Mera Coincidência, Boogie Nights, Obrigado por Fumar)
Melora Walters (Magnolia, Ed Wood, Boogie Nights, Cold Mountain, Efeito Borboleta)

Tom Petty And The Heartbreakers – “Into The Great Wide Open”
Ator – Johnny Depp (A Hora do Pesadelo, Anjos da Lei, Edward Mãos de Tesoura, Cry Baby, Ed Wood, Don Juan DeMarco, A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, Piratas do Caribe, A Fantástica Fábrica de Chocolate)

Paula Abdul – “Rush, Rush”
Ator – Keanu Reeves (Bill & Ted – Uma Aventura Fantástica, Drácula de Bram Stoker, Velocidade Máxima, Advogado do Diabo, Matrix, Doce Novembro, Constantine)

Jack Johnson – “Taylor”
Ator – Ben Stiller (Quem Vai Ficar Com Mary?, Entrando Numa Fria, Zoolander, Os Excêntricos Tenenbaums, Quero Ficar com Polly, Uma Noite no Museu, Trovão Tropical, A Vida Secreta de Walter Mitty)

Islands – “No You Don’t”
Ator – Michael Cera (Arrested Development, Superbad, Juno, Nick & Norah’s Infinite Playlist, Ano Um, Scott Pilgrim Contra o Mundo)

Guns N’ Roses – “Since I Don’t Have You”
Ator – Gary Oldman (Sid e Nancy – O Amor Mata, Drácula de Bram Stoker, O Profissional, O Quinto Elemento, Hannibal, Harry Potter, Batman, Robocop)

Bobby McFerrin – “Don’t Worry Be Happy”
Ator – Robin Williams (Bom Dia, Vietnã, Sociedade dos Poetas Mortos, Tempo de Despertar, Uma Babá Quase Perfeita, Jumanji, Gênio Indomável, O Homem Bicentenário, Insônia)

Jon Bon Jovi – “Miracle”
Ator – Matt LeBlanc (Friends, Episodes, Perdidos No Espaço)

Ke$ha – “Blow”
Ator – James Van Der Beek (Dawson’s Creek, Jay and Silent Bob Strikes Back, How I Met Your Mother)

Ed Sheeran – “Lego House”
Ator – Rupert Grint (Harry Potter, CBGB’s)

Hanson – “Get The Girl Back”
Atriz – Kat Dennings (2 Broke Girls, Thor, A Casa das Coelhinhas, Nick & Norah’s Infinite Playlist)

Los Hermanos – “Anna Júlia”
Atriz – Mariana Ximenes (A Casa das Sete Mulheres, Chocolate com Pimenta, A Favorita, O Invasor, O Homem do Ano, Os Penetras)

Os Paralamas do Sucesso – “Ela Disse Adeus”
Atriz – Fernanda Torres (Os Normais, Tapas & Beijos, O Que É Isso, Companheiro?, Redentor, Saneamento Básico)

Bid e Elza Soares – “Mandingueira”
Ator/Atriz – Seu Jorge (Cidade de Deus, Tarantino’s Mind, The Life Aquatic with Steve Zissou, Tropa de Elite 2, Reis e Ratos)
Fernanda Lima (Bang Bang, Pé na Jaca, Colado em Você, Didi Quer Ser Criança)

CPM 22 – “Abominável”
Ator – Paulo Tiefenthaler (Larica Total, O Lobo Atrás da Porta)

Capital Inicial – “Olhos Vermelhos”
Atriz – Maria Fernanda Cândido (Terra Nostra, Capitu, Sessão de Terapia, Dom)

Charlie Brown Jr. – “Hoje Eu Acordei Feliz”
Ator – Antônio Abujamra (Provocações, Que Rei Sou Eu?, Carlota Joaquina, Quem matou Pixote?, Quanto vale ou é por quilo?)

Red Hot Chili Peppers – “Hump De Bump”
Ator – Chris Rock (Dogma, O Céu Pode Esperar, Golpe Baixo, Morte no Funeral, Gente Grande)

Forgotten Boys – “5 Mentiras”
Atriz – Debora Falabella (Avenida Brasil, Dois Perdidos Numa Noite Suja, Chiquititas, O Clone, Lisbela e o Prisioneiro)

Jenny Lewis – “Just One Of The Guys”
Atrizes – Anne Hathaway (O Diário da Princesa, O Diabo Veste Prada, Alice no País das Maravilhas, Idas e Vindas do Amor, Amor e Outras Drogas, Batman)
Kristen Stewart (O Quarto do Pânico, Na Natureza Selvagem, Crepúsculo, Pé na Estrada, Runaways)
Brie Larson (De Repente 30, Anjos da Lei)

Garotas Suecas – “Banho De Bucha”
Ator – Jacaré (Turma do Didi)

Ruca Souza deixa a MPB do Café Brasilis de lado e enfia o pé no rock em “Marte”

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Líder de banda punk, frontwoman de trio focado na MPB e agora artista solo com influências de Nirvana, Ramones e Tequila Baby. Esta é Ruca Souza, que depois de anos à frente da banda Café Brasilis resolveu investir na carreira solo, buscando liberdade artística e deixar um pouco de lado a música popular brasileira pra enfiar o pé no rock. O disco “Marte”, primeira investida solo da artista, concorreu como Artista Revelação ao Prêmio da Música Catarinense, além de aparecer em algumas listas de Melhores de 2014 de Santa Catarina. O álbum será lançado em vinil e será acompanhado de uma turnê internacional.

Ruca entrou no mundo da música cedo: aos 17 anos já tocava na noite com a banda de punk Himen, um power trio só de garotas, onde tocava guitarra, cantava e compunha. Aos 20 anos, fundou a Café Brasilis, juntando com o Marcelo Maia na bateria e Camilo Garcia no baixo, que conheceu na faculdade e jornalismo. A banda gravou dois EPs e um disco (“Gibberish”) com esta formação e um EP na formação seguinte, com Lenon Cesar no baixo e Kika Deeke na bateria. Depois de 5 anos de banda, incluindo turnês e gravação de clipes, a catarinense resolveu investir na carreira solo.

Conversei com Ruca sobre sua carreira, a mudança de direção de seu som, cantar em português e os desafios de ser uma artista independente no Brasil:

– Como a banda começou?

A banda que está comigo na carreira solo começou mesmo no estúdio, nas gravações do disco “Marte”. O Lenon Cesar, que é baixista e faz os sinths, já tocava comigo na Café Brasilis. E o Jeff Otto foi apresentado para mim pelo produtor do disco, Alexandre Siquera.

– Quais são suas principais influências musicais?

Em relação às influencias de vida, que me levaram a fazer música, são Nirvana, Legião Urbana, Ramones, Tequila Baby, basicamente. Mas hoje em dia uma das bandas que mais me influencia é Band of Skulls. Principalmente os dois primeiros discos. George Harrison também me influencia bastante, gosto da forma como ele usa as últimas cordas da guitarra. Ouço várias outras coisas, mas poucas coisas realmente chegam ao ponto de influenciar, por eu já ter meio que um estilo próprio que quero seguir. Algo entre (ou uma mistura de) grunge e psicodelia.

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– Como é o seu processo de composição?

O processo de composição é aleatório. Às vezes vejo algo, ou sinto, ou vivo algo e dá vontade de escrever uma letra, já pego a guitarra e faço a melodia e assim vai; a música “Sempre” foi assim. Às vezes faço só um riff que fico por muito tempo “chocando”, até que uma melodia casa com ele, e no fim a letra; foi o caso de ”Marte” Ou a letra vem, como poesia, e depois eu transformo alguns versos da poesia em música, e escrevo o resto; como na música “Guarda-chuva”, da Café Brasilis, que era uma poesia completamente diferente. Roubei os primeiros versos. Algumas músicas, como “A Pessoa Apaixonada”, vem inteira de uma vez só, como se baixasse um santo. Ou posso estar dirigindo e vir uma melodia na cabeça. Daí é o malabarismo de conseguir um sinal vermelho pra ligar o gravador do celular e cantar a melodia. Nessas horas são as horas que mais amo sinais vermelhos.

– Se você pudesse fazer QUALQUER cover, qual seria?

Tenho escutado bastante George Harrison, com o disco “All Things Must Pass”, e um dia desses bolei na cabeça uma cover de “My Sweet Lord”. Não ficaria tão “sweet” assim, seria um pouquinho mais pesada.

– O que te levou a transgredir a MPB que fazia com o Café Brasilis e cair no rock?

Eu tento sempre fazer um “rock nacional”, sabe. Mas acho que exagerei, colocando muitos ritmos regionais e começou a sair do rock que gosto de fazer: um pouco mais pesado, cru. Quando eu tinha 5 anos de idade, minha irmã era uma adolescente de 15 anos viciada em Legião Urbana. Ela tinha todos os discos em vinil e eu ouvia com ela. Acredito muito nesse tipo de rock nacional: com melodias interessantes e com poesia nas letras: tanto faz reflexiva, de amor, de protesto. O que vier. Mas que seja em português, e poético. Agora eu estou tentando voltar pra essa origem, um som mais power trio de rock.

– Parece que hoje em dia poucas bandas de rock novas estão cantando em português. Porque isso ocorre?

Eu, particularmente, acho que é muito mais fácil compor e cantar em inglês. Talvez porque o rock, apesar de ser um ritmo universal, teve sua origem na língua inglesa. Eu também tenho músicas em inglês (há uma no disco). Mas não acredito que o rock nacional vai conseguir mesmo se manter no mainstream com esse excesso de bandas cantando em inglês. Não sou contra, mas sei que pro publico massivo isso não rola. O fã brasileiro quer cantar com a música, quer que aquilo signifique profundamente pra ele, e por mais que muita gente saiba em inglês, esse significado profundo só acontece com a língua mãe. Isso em qualquer país.

– O rock pode voltar ao topo das paradas no Brasil?

Pode sim, e eu espero ser uma das pessoas responsáveis por isso. Pode parecer um pouco de presunção agora, porque sou minimamente conhecida. Em âmbito nacional, mesmo, muito pouco conhecida, quase nada. Mas não é isso que importa. Não é arrogância, nem desejo de fama. Pra mim isso é um tipo de missão. Desejo que muito mais pessoas por aí possam viver o que eu vivi por causa do rock 90: a partir do rock, conhecer a arte, a poesia, literatura, se interessar por coisas que vão além do entretenimento. Ou que são entretenimento e arte ao mesmo tempo. E sim, o rock consegue fazer isso, é um dos poucos ritmos musicais que consegue.

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– Quais são as maiores dificuldades de ser uma artista independente?

Grana, com certeza. Leva muito tempo pra ti conseguir ter um trabalho de qualidade (CD gravado bom, clipe legal) e tu só consegue chegar em qualquer lugar se persistir, tendo outros trampos pra conseguir a grana necessária pra viver e sustentar a música. Hoje em dia os artistas independentes que circulam no Brasil não são 100% independentes. Ou tem ou tiveram pelo menos um selo, uma produtora que deu uma força pra conseguirem emplacar uma carreira. Acho que só os realmente viciados em música, que amam mesmo o que fazem, conseguem se manter por muitos anos de forma independente.

– “Marte” saiu no fim do ano passado. Você já está trabalhando em novas composições, estou certo?

Sim, sempre. Na verdade, o conceito do próximo disco já está pronto, o título, a ideia da capa, tudo mais. Mas me dei um prazo de 2 anos para gravar, porque não tive esse tempo na Café Brasilis, nem pro disco solo. Fizemos muitas coisas em seguida. Então quero, nesse tempo, trabalhar bem o disco Marte, até gastar! Hehehe. Fazer muitos shows, tvs, viajens, clipes. E daí, quando já não tiver mais o que fazer, gravamos o próximo disco. Até lá, as composições já estarão maduras o suficiente, bem arranjadas e pensadas.

– Vi um post seu que dava uma dica de que você está gravando algo em inglês. É isso?

Sim. Vou contar então: é a música “Marte” em versão inglês. Ano que vem vamos lançar o disco “Marte” em vinil numa turnê na Europa. Vamos tocar em um lugar especialmente famoso/histórico lá. Mas é segredo. Então resolvi fazer uma versão em inglês, que vai entrar como bônus track do disco, pra agradar o público de lá. A música “Marte” já está tocando por lá em português, eles já gostaram. Então em inglês, quem sabe, ela vá mais além.

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– O que podemos esperar em 2015? :)

Muitos shows, produções audiovisuais, novos clipes. Nossa ideia é fazer uma pequena turnê de lançamento oficial do vinil “Marte” no Sudeste, mais do fim do ano. Já estamos negociando com um selo paulista, mas por enquanto é segredinho também. E pra turnê na Europa, a ideia é lançar um crowdfunding pra galera participar e nos ajudar com os custos, porque com o dólar na estratosfera mesmo, vai sair caro.

– Indique algumas bandas e artistas novos que você adora. Se possível, independentes! :)

Tem uma banda nova de Joinville/SC que traz bastante disso que falo sobre o rock nacional: letras interessantes em português e melodias ótimas. O nome da banda é Mosaico Adulto. Outra banda nacional que curto muito é a Fukai, de Natal/RN, que acabou de lançar o disco deles “Abaeté”. A Fukai antes compunha em inglês, e fizeram o EP deles em inglês. Agora, no primeiro disco, mudaram um pouco e fizeram a maioria das músicas em português. Achei isso sensacional e o disco está ótimo.

O que andei ouvindo – 17 a 23/03

De La Soul – Ouvi bastante o “3 Feet High and Rising”. O que eu mais me perguntei enquanto ouvia foi “porque diabos não ouvi isso antes?” Na verdade, o moleque de 13 anos fã dos Beastie Boys que eu fui deveria ter colocado as mãos neste grande disco de 1989, pra fazer par com o “Licensed to Ill” que não saía do toca-discos. Bom, antes tarde do que nunca.

Dinosaur Jr. – O disco que eu ouvi foi o “Bug”, de 1988. É, essa semana eu fiquei bem ouvindo as coisas lançadas lá no finzinho dos anos 80. Pra juntar com um fato atual que tá em alta, esse disco contém “Freak Scene”, música o Blink-182 coverizou em uma de suas primeiras demos (e hoje a banda tá desmantelando, ou pelo menos o Tom Delonge está). Ah, “Bug” tá na lista dos “1001 Discos Pra Ouvir Antes de Morrer“, como muitos outros que ouvi ultimamente.

Jane’s Addiction – YEAH! Poxa, fazia tempo que eu não ouvia o “Ritual de Lo Habitual”, que é um dos melhores discos da banda (junto com o “Nothing’s Shocking”). Mas acho que o “Ritual” vence, especialmente por causa de duas músicas: a abertura pé na porta “Stop” e o mega hit “Been Caught Stealing”.

Canal do Youtube coloca personagens da turma do Charlie Brown para interpretar clássicos do rock

tumblr_nhkxjhUexD1rvn6njo1_500Garren Lazar possui um canal no Youtube que ele diz ser de “variedades” na descrição, mas uma série de vídeos em especial chama a atenção: o cara criou várias montagens com os personagens das tirinhas Peanuts, de Charles Schultz, para interpretar classic rock.

Ou seja: dá pra ver Charlie Brown, Snoopy, Linus, Patty Pimentinha e cia. cantando músicas de Led Zeppelin, Pink Floyd, Foreigner, Styx, Iron Maiden, Lynyrd Skynyrd e Foghat, entre muitos outros. Dá o play aí e dance como a turminha do Charlie Brown. Que puxa!

Para ver todos os vídeos, acesse o canal de Garren Lazar: https://www.youtube.com/channel/UC1FPa0jOZZj9Uwi6zUyUo6w/featured

Titãs lançam clipe com animação de Angeli para “República dos Bananas”

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Os Titãs acabam de lançar em seu canal do YouTube o clipe de “República dos Bananas”, segundo single do disco “Nheengatu” (2014).

A música, cantada por Branco Mello, ganhou um clipe de animação de Angeli, também co-autora da música junto com Mello e Hugo Possolo, da Cia. Parlapatões. Aliás, a letra tem muito da série de tiras de mesmo nome publicadas há alguns anos por Angeli na Folha de S. Paulo, mostrando diversas pessoas e suas particularidades.

Assista o clipe aqui:

A geração Mtv continua viva e respirando no Youtube: Raimundos, Matanza e Offspring lançam novos clipes

Três bandas que fizeram história nos áureos tempos da Mtv Brasil quando esta ainda falava mais de música do que de realities de paquera estão com clipes novos.

O Raimundos lança “Gordelícia”, música de seu disco “Cantigas de Roda”, de 2014. O disco traz um retorno ao espírito do grupo em suas origens, como no disco de estreia de 1994. A música é um ska, então o clipe tem todo aquele clima skazeiro, com os metais em destaque e tudo mais.

Já o Matanza apresenta “A Sua Assinatura”, primeiro single de seu próximo disco, “Pior Cenário Possível”. O clipe é ao vivo no estúdio e o som é o que se espera do Matanza, o velho countrycore com letras pessimistas, amargas e cheias de capetas.

E por fim, o Offspring volta à cena com “Coming For You”, single do décimo disco, a ser lançado ainda este ano. Se você tem medo de palhaços, não dê o play: o clipe mostra tretas encarniçadas da galera palhaça. A música não é a melhor coisa que o Offspring já fez, mas pelo menos foge da péssima ideia de colocar influências do que está na moda no primeiro single, como na horrenda “Cruising California” do último disco, “Days Go By”.

Banda Ghost of Matsubara enche as ruas do Japão de zumbis nipônicos em seu novo clipe “Dead Skin”

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Tom Fallon era arqueólogo nos Estados Unidos. O mercado andava muito ruim e ele percebeu que estava tendo que cortar grama e fazer serviços de jardinagem para juntar alguma grana. Eis que um amigo dele chegou e disse “Ei, porque você não vai para o Japão dar aulas de inglês?” Foi o que Tom fez e assim deu origem ao Ghost of Mastubara.

Em 2005, Tom se mudou para o Japão, e em 2011 começou a banda, que conta com Tom Fallon na voz e guitarra, Tak Kudo no baixo e backing vocals e Kota Toyoshima na bateria. Em 2012, lançaram “From The Ashes Not Yet Cold” e o EP “Live From a Coma”.

A banda tem um som influenciado por TooL, Fallout Boy, Panic! At The Disco, Twenty One Pilots, My Chemical Romance, Muse, Bright Eyes, Coheed & Cambria, Flogging Molly, NOFX, Green Day e Johnny Cash e está lançando o clipe “Dead Skin”, recheado de zumbis japoneses.

Conversei com Tom (e já era quase meia noite no Japão!) sobre a banda, a vida no Japão, a cena de rock por lá e como a internet ajuda a fazer bandas alcançarem público internacionalmente:

– Como surgiu o nome da banda?

Em 2010, eu morava no bairro de Mastubara. Sendo um estrangeiro, você se sente às vezes como se estivesse lá, mas não estivesse, sabe? Como um fantasma. Daí surgiu o nome Ghost of Matsubara, que é como eu me sentia. Aqui no Japão o pessoal achava que se tratava de alguma lenda ou mito. Na época, o baixista Tak era o único japonês da formação, então depois dos shows as pessoas vinham até ele e perguntavam “você é o filho de Matsubara? Você é o Matsubara?” (risos)

– Vocês estão fazendo turnê?

Adoraríamos tocar pelo mundo, mas no momento estamos tocando por aqui mesmo. Em Tóquio, Nagoya…

– Como você define o som do Ghost of Matsubara?

Progressive punk indie core. Temos influências de tudo isso, então… Por exemplo, “Dead Skin” é bem punk 90s, mas no próximo disco teremos algumas músicas com um clima bem diferente, com um jeito mais progressivo… mais na direção do que o Coheed and Cambria faz. No próximo disco, teremos também uma música country e uma faixa escondida chamada “Homesick”, só comigo tocando um violão, algo como uma valsa country.

– Você falou que a formação mudou, o que rolou?

Começamos a banda com apenas um japonês na formação, o Tak. O baterista também era americano, como eu. Mas aí rolou aquela briga de egos, ele saiu e a situação foi uma merda. Tentei fazer ele ficar, mas ele insistiu que queria sair. Quando conseguimos um novo baterista, ele ficou puto. Dá pra entender? Agora eu sou o único não-japonês da banda. (risos)

10349011_10152705922013961_4003044600992664299_n– E banda é mais bem aceita pelo público japonês agora, com dois membros nipônicos?

Podemos dizer que sim. É mais fácil de sermos aceitos por causa dos membros japoneses. Eu sou fluente em japonês, o baterista anterior não era, então hoje a banda se conecta melhor com o público.

– Como é o processo criativo de vocês?

As letras são todas minhas. Às vezes eu já penso em um riff de guitarra ou numa progressão de acordes. Aí levo para os ensaios, o Tak ouve e normalmente diz “hmmm… legal” (risos). Aí eles modificam ou ajudam a progredir tudo até que se transforme em uma canção. O Tak é um ótimo músico, então criamos tudo como um time.

– As letras são todas em inglês ou tem algumas em japonês?

Tem uma música chamada “Eclipsed” que tem um trecho em japonês. Eu escrevi ela sobre uma menina que me deu um pé na bunda e não entendia inglês. Como eu fiquei bem puto com o rompimento, fiz esse trecho em japonês pra que ela entendesse o que eu estava dizendo. (risos)

– O que você acha das músicas que estão sendo lançadas atualmente?

Eu vi algo engraçado sobre isso: um meme com o Geddy Lee, o baixista e vocalista do Rush, que dizia “Eu toco baixo, enquanto canto, toco teclado e piso nos pedais de distorção com os pés. Como esse povo que usa playback porque dança pode ser chamado de artista?” Mas existem coisas boas no pop, não dá pra negar. Eu adoro quando bateristas de rock colocam, por exemplo, uma levada de disco music no meio da música. Acho que tudo tem seu lado bom, musicalmente.

– Quais os maiores desafios de ser uma banda independente?

Como músico de rock, pelo menos você faz o que quer fazer. Eu adoraria ter mais auxílio, mas é bom não ter que responder para ninguém. Existe o exemplo da Avril Lavigne, que começou como rock e foi indo na direção do que os empresários pediram, virando uma marionete pop.

– E como anda a cena independente no Japão?

No Japão as pessoas querem que você pague para tocar, o que eu acho muito errado. Mesmo que seja uma proposta ruim, que pelo menos haja um retorno para a banda. Nos faça uma proposta e estaremos felizes por tocar, sabe?

10698576_10152705921988961_3040249923906755392_n– Aqui no Brasil também tem locais que exigem que as bandas vendam ingressos para tocar.

Sim, isso é horrível. Mesmo que a banda seja talentosa, ela está sendo roubada. Além disso, só seus amigos irão “assistir” você. Aqui no Japão, querem que vendamos ingressos por US$ 25!

– Falta um pouco de alma na música de hoje em dia?

Tem um lugar aqui em Nagoya onde jovens músicos independentes vão para tocar, normalmente com voz e violão, cantando com sua almas. Esses dias estava lá um cara com um computador e um microfone cantando. Era um tipo de karaokê, e as pessoas pensam que isso é música. Bom, eu realmente não respeito isso aí.

– Que bandas recentes fazem sua cabeça?

As duas principais são o Coheed and Cambria, que tem um trabalho de guitarra e letras incríveis, e Passenger, um músico folk com ótimas letras e que toca muito bem seu violão, um dedilhado incrível. Ah, e tem o 21 Pilots! Conheci essa nos vídeos relacionados do Youtube. Fui clicar sem muita expectativa e HOLY SHIT!

– Você disse que conheceu o 21 Pilots pelos vídeos relacionados do Youtube. O Youtube ajuda na divulgação de bandas para mais pessoas por todo o mundo?

Na verdade o Youtube é apenas uma plataforma, cabe às bandas fazerem com que os clipes ou vídeos fiquem conhecidos pelo grande público. O Youtube não faz nada pra nos ajudar. Existem canais que ajudam a divulgar bandas novas e a cena underground, como o BlankTV, que inclusive já passou clipe nosso.

– No Japão agora tem um movimento musical chamado Visual Kei, cheio de maquiagens, cabelos e etc. O que você acha disso?

O Japão pode ser cheio de artifícios, você precisa ter algo que chame a atenção no visual. Eu não gosto de usar esses artifícios visuais, eu cresci com Nirvana, Pearl Jam, Soundgarden… cru, sem figurino. O Tak viveu 10 anos nos Estados Unidos e pensa como eu, então a banda segue nesse estilo.

– Quais são os próximos passos do Ghost of Matsubara?

Estamos arrecadando dinheiro para nosso próximo disco (no http://www.gofundme.com/gomnextcd) e depois de “Dead Skin”, queremos fazer clipes para mais músicas. “Dead Skin” foi sobre zumbis, queremos fazer mais alguns com temas de monstros, o próximo deve ser de alguma criativa saindo do oceano, algo como uma mistura de Godzilla e King Kong

– Vocês pretendem vir tocar no Brasil?

Adoraríamos ir para o Brasil, mas não temos contatos por aí. Se alguém quiser levar uma banda de rock diretamente do Japão para tocar aí, nós somos a banda que procuram! (risos)

– Onde podemos ouvir as música do Ghost of Matsubara?

No nosso site (http://ghostofmatsubara.com) tem tudo lá. Se você quiser comprar nossas músicas, peço que compre direto no próprio site (http://ghostofmatsubara.com/gomdirectbuymusicstore), apesar de elas estarem disponíveis no iTunes e CDBaby. Sabe como é, assim o dinheiro vem direto pra nós. Cortem os intermediários! (risos)

As músicas do episódio “Chicago” de “Sonic Highways”, documentário de Dave Grohl e disco dos Foo Fighters

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“Sonic Highways”, o último disco dos Foo Fighters foi… bem, bacaninha. Não chega a ser ruim, na minha opinião, mas não chega nem aos pés de um “The Colour and The Shape” ou mesmo do “Wasting Light”, trabalho anterior do grupo de Dave Grohl. Mesmo os singles mais bacanas (“Feast and the Famine”, por exemplo) não emplacaram direito nas rádios. Mas o projeto tem um lado (muito) bom que não pode ser esquecido:

A série vale muito a pena. Sério, mesmo que você não goste do disco ou mesmo da banda, a série “Sonic Highways”, exibida na HBO, mostrou um pouco da história musical de 8 cidades dos EUA, de forma bem didática, porém divertida o suficiente pra grudar a atenção até de quem já conhecia todo o papo que estava sendo mostrado.

O primeiro episódio foi sobre a cidade de Chicago e trouxe entrevistas com pessoas do cacife de Rick Nielsen, do Cheap Trick (que participa da música “Something From Nothing” no disco) e falou sobre bandas como Jesus Lizard, Naked Raygun e até LCD Soundsystem. Reuni aqui alguns dos grandes sons que Grohl escolheu pra permearem este episódio. Lógico que não tem tudo, mas uma boa parte do que toca está aí. Se alguma banda se repete muito, é porque foi bem citada no episódio. Ah, se quiser ouvir a música dos Foo Fighters que foi originada nesse episódio, no fim do post eu incluí “Something From Nothing”. Próxima estação: Chicago!

Curtis Mayfield“Superfly”

Cheap Trick“Surrender”

Etta James“At Last”

Chicago“25 or 6 to 4”

Wilco“Outtasite (Out of Mind)”

Gene Krupa“Up an Atom”

Kanye West“Monster”

Robert Nighthawk“Cheating and Lying Blues”

Chuck Berry“You Never Can Tell”

Etta James“Something’s Got a Hold On Me”

Howlin’ Wolf“Smokestack Lightnin'”

Little Walter “Juke”

Willie Dixon“Back Door Man”

Ministry“Jesus Built My Hot Rod”

Muddy Waters“I’m a Man”

Wooden Joe Nicholas“Eh La Bas”

Buddy Guy“Dirty Mother For You”

Muddy Waters“Blow Wind Blow”

Bonnie Raitt“Big Road”

Naked Raygun – “Bombshelter”

Verboten“Slump Shot”

Muddy Waters“I’m A Hoochie Coochie Man”

Muddy Waters“Take a Walk With Me”

Muddy Waters“Got My Mojo Working”

Bobby Blue Band“Farther Up The Road”

Shellac“My Black Ass”

Pixies“Where Is My Mind”

D.O.A.“The Enemy”

Naked Raygun“Home Of The Brave”

Gogol Bordello“Start Wearing Purple”

The Breeders“Hellbound”

PJ Harvey“Man-size”

Jesus Lizard“Nub”

Explosions In The Sky“Postcard From 1952”

Bush“Swallowed”

The Breeders“Divine Hammer”

Cheap Trick“Don’t Be Cruel”

Jesus Lizard“Gladiator”

Kanye West“Homecoming”

The Breeders“Saints”

Chicago“Stay The Night”

Cheap Trick“Dream Police”

Cheap Trick“She’s Tight”

Naked Raygun“Rat Patrol”

LCD Soundsystem“All My Friends”

Big Black“Fists of Love”

Buddy Guy“Fever”

Naked Raygun“Soldier’s Requiem”

Naked Raygun“Gear”

E a criação dos Foo Fighters baseada em tudo que a cidade criou musicalmente, “Something From Nothing”:

Thrills and The Chase lança seu novo clipe, “Jesus Is a Woman”, com apresentação em pub de SP

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O Thrills & The Chase é um respiro de ar puro (ou sujo, se você preferir) no rock independente nacional. O quinteto apresenta um som cru e dançante, com riffs que grudam na memória e uma bateria especialmente hipnótica. Com dois EPs lançados (“Introducing Thrills (And The Chase)”“Women, Fire and Dangerous Things”), a banda é figurinha carimbada nas boas casas que ainda recebem bandas autorais de rock na noite paulistana.

Formada por Calvin Kilivitz, Louis Daher, Guilherme Di Lascio, Zé Menezes e Cláudio Guidugli, a banda existe desde 2010 e lança amanhã seu segundo clipe, “Jesus Is A Woman”, em apresentação no pub Gillian’s Inn, em São Paulo. Conversei um pouco com o vocalista Calvin Kilivitz e o batera Zé Menezes sobre a banda, sua trajetória, a apresentação de amanhã e a importância do videoclipe hoje em dia:

Quando a banda se formou?
Calvin: Eu e o Louis (guitarra) tocamos juntos desde 2001. Tivemos 3 ou 4 bandas diferentes e tocamos com vários músicos diferentes, inclusive o Zé, que está no Thrills desde o final de 2010, quando fundamos a banda. Nessa época nosso baixista era um cara que hoje atende por Lance Lynx. O Guilherme substituiu ele em 2011 e no ano passado, viramos um quinteto com a entrada do Claudio.

De onde veio o nome Thrills and The Chase?
Calvin: O nome é uma corruptela de uma expressão em inglês, “it’s the thrill of the chase”, cuja tradução literal seria “é a emoção da perseguição”. Soa meio besta, eu sei, mas tem a ver com a sabedoria popular de que às vezes perseguir um objetivo é mais excitante do que atingi-lo.

Dito isso, o nome não tem nenhum significado em especial. Escolhemos esse porque soa legal e invoca aquele cliché de bandas que nomeiam um integrante principal e sua gangue (Paul McCartney & The Wings, Bruce Springsteen & The E Street Band, Josie & The Pussycats, Ronaldo & Os Impedidos, etc.), sem precisar eleger um de nós como membro principal.

Como vocês definem o som da banda?
Calvin: Essa é sempre uma pergunta difícil, mas a julgar pelo que andamos compondo, eu diria que somos “21st Century Motown Rock”. Não tenho certeza que essa definição pode ser levada a sério.

Quais são as maiores influências musicais de vocês?
Calvin: Além de várias bandas de rock (que é nosso estilo por definição), buscamos inspiração em blues, jazz, motown, pop, folk, eletrônico… soa meio vago, mas acreditamos que ser eclético é essencial para qualquer músico. Em qualquer faculdade, um especialista precisa de uma base de conhecimentos gerais daquela área, não teria porque ser diferente com música. Uma banda que só ouve ou só bebe de um gênero ou subgênero está condenada a ser pastiche de seja lá qual for sua influência, não acha? Então eu poderia fazer uma lista exaustiva que vai ter de Adele até The Zutons, passando por Helloween.

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Quais os maiores desafios de ser uma banda nova de rock no Brasil?
Calvin: Lidar com o fato de que já faz tempo que o rock não está no topo da cadeia alimentar da música popular. Das 100 músicas mais tocadas nas rádios brasileiras em 2014, de rock só tinha o Skank. E o som deles (que eu acho sensacional, diga-se de passagem) é muito mais maleável, muito menos caricato que o da maioria das bandas. O público daqui não tem uma cultura de descobrir bandas novas, acho que ainda faz-se necessária uma certa curadoria, mas mesmo esses canais já não tem a força de antigamente. O rock aqui não é música popular, a não ser que você considere as bandas que estão no mainstream, que vem de outra época, outro paradigma de indústria.

Existe espaço para uma cena rock no Brasil? O estilo pode voltar a dominar as paradas?
Calvin: A cena rock existe, ela só não tem o alcance (ou a presença) que nós gostaríamos. Os motivos disso são uma discussão longa que daria um outro artigo, até. Quanto à segunda pergunta, duvido muito. Não sei nem se isso é necessário.

O que vocês acham da ascenção do chamado “indie rock”?
Calvin: Quanto ao indie, bem… entendo por indie rock as bandas que surgiram na virada do século e que não se encaixavam automaticamente em um dos subgêneros que já existiam. Nunca entendi muito bem a necessidade de separar essas bandas do resto do gênero, a não ser um certo conservadorismo por parte dos fãs mais antigos. A real é que bandas como The Strokes, The Killers, Kings of Leon, Franz Ferdinand e etc. não só trouxeram um pouco de ar fresco mantiveram um estilo musical meio caducante presente na vida de muita gente que era nova demais pra ouvir Guns N’ Roses e Nirvana na época em que eles eram novidade. Ou no mínimo, impediram que as pistas de dança das festas rock atuais não soassem como uma coletânea da Som Livre. Algumas dessas bandas são sensacionais (Franz Ferdinand é a minha predileta), e outras são chatas que dói, mesmo. Mas isso é verdade em qualquer gênero, né?

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O pop domina as paradas internacionais, o sertanejo as nacionais. Onde está o rock?
Calvin: O rock está por aí, onde sempre esteve. Mas como eu disse antes, já não é o estilo que domina o mainstream. E isso é natural, tem a ver com a passagem do tempo, com a evolução tecnológica… há 40 anos atrás não era possível fazer música eletrônica, por exemplo.

Também pesa o fato de que todo movimento cultural que é de certa maneira rebelde (ou anti estabilishment) cedo ou tarde se dilui, ou perde relevância, ou é cooptado mesmo. Há 60 anos atrás o Elvis dançando era considerado obsceno. Hoje você tem a Nicki Minaj.

Isso não é necessariamente ruim. O mundo muda, a cultura muda, e o rock ainda tem espaço. O quão limitado (ou segmentado) é o alcance de uma banda nova depende de vários fatores – com quem a sua música ressoa, ou então o quão criativo você é. Hoje vejo muita gente, bem nova até, inconformada com o fato de que o rock já não tem mais a relevância de 20, 30, 40 anos atrás e repudiando o que se faz de novo por aí – como falei agora a pouco, ironia das ironias, o rock virou um estilo conservador.

Quais bandas dividiram palco com vocês e merecem ser ouvidas?
Calvin: Não posso responder pela banda toda, mas que eu ouço direto e recomendaria sem pensar duas vezes são o Martiataka, o Psicotropicais e o Pousatigres. Nunca toquei junto do Star 61, mas também adoro o trabalho deles.

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Se vocês pudessem fazer QUALQUER cover, qual seria?
Calvin: De novo, não posso responder pela banda toda, mas eu adoraria fechar um show com “That’s Life”, do Frank Sinatra.

Quais são os próximos passos do Thrills and The Chase?
Calvin: Estamos compondo um álbum que será lançado (a princípio, de forma independente) até o final de 2015. Nesse meio tempo, além do videoclipe novo, temos mais algumas faixas do projeto The Naked Sessions pra lançar. Talvez lancemos um EP com todas essas faixas.

Vocês estão prestes a lançar o clipe para “Jesus Is A Woman”.
Calvin: Esse é o primeiro clipe da banda em 3 anos. Foi dirigido pela Roberta Fabruzzi e assim como o primeiro (“Damsel In Distress”), o vídeo é menos focado na banda e mais numa estrela convidada. No caso de “Jesus”, temos uma pole dancer (Deborah Rizzo). O resultado final ficou muito bonito e estamos orgulhosos de participarmos de um clipe diferente do básico (colocar a banda tocando e fazendo pose), considerando os recursos um tanto limitados. Pole dancing ainda é uma arte/esporte um tanto estigmatizado em meios mais conservadores. Eu diria até que hoje em dia uma pole dancer é mais rock & roll do que muita banda de rock, se é que você me entende.

Vai rolar um evento de lançamento, certo?
Calvin: Dia 13 de fevereiro nós faremos um show aqui em São Paulo/SP, no Gillan’s Inn. O projeto se chama Ponto Pro Rock e é capitaneado pelo nosso amigo Ricardo Lopes. Dividiremos o palco com as bandas Chains e Slot e no meio do nosso show, o clipe será exibido, antes até de ir pro YouTube. Prometemos um show divertido pra quem quiser aparecer por lá.

Qual a importância da gravação de um clipe agora que a Mtv Brasil perdeu as forças?
Calvin: Maior do que nunca, graças ao YouTube. A MTV, brasileira ou internacional, nunca foi um lugar pra revelar novos talentos que já não tivessem sido descobertos por selos que possuam capital pra tentar forçar a entrada de alguém no mainstream. Sim, pelo menos a MTV Brasil na era Abril passava algumas bandas independentes (e o Midnight Sisters, banda minha e do Louis antes do Thrills, conseguiu até colocar um clipe por lá), mas isso não serviu de trampolim para nós e duvido muito que tenha servido para outras bandas.

A real é que não existe aparição em canal de TV, reality show ou programa de auditório que cause uma ascenção meteórica na carreira de um artista se isso não for parte de um esforço coordenado de marketing que envolve diversos canais de mídia que só são acessíveis com muita grana. Isso é outra realidade, uma que bandas como a nossa não vivem e na maioria absoluta dos casos, nunca vão viver. Não que eu esteja repudiando o mainstream – adoraria fazer parte do mesmo.

Hoje felizmente existe vida fora do mainstream. É possível ter uma carreira sem depender dos meios de comunicação de massa. A internet (e o YouTube em especial) estão aí pra isso. A competição ainda é acirrada (maior, até) porque com essa democratização (qualquer um pode gravar um vídeo e mostrar pro mundo, não há curadoria ou barreira entre você e o público) a oferta aumentou exponencialmente enquanto a demanda, nem tanto. Há um excesso de opções, excesso de bandas, pra não dizer uma cacofonia.

Mas isso não deve impedir ninguém de tentar. O negócio é manter uma perspectiva realista das coisas – do jeito que a indústria vai provavelmente não haverá outra banda que lote estádios durante décadas a fio. Mas o público está lá – jogar o jogo e merecer a atenção desse pessoal é parte disso.

Quais bandas novas que só vocês conhecem acham que todo mundo deveria estar ouvindo?
Zé: As últimas “safras” de bandas independentes têm me chamado atenção, coisa que não acontecia há alguns anos. Três em especial me chamam mais a atenção: Grindhouse Hotel, Faca Preta e Mundo Alto.

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Thrills & The Chase, Slot e Chains
Gillans ‘ Inn English Rock Bar – 23h
Rua Marquês de Itu, 284 Vila Buarque, São Paulo

Ouça os EPs do Thrills and The Chase completos aqui:

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