Crush em Hi-Fi

Música, trilha sonora, CDs, discos, DVDs, mp3, wmas, flac, clipes, ruídos, barulho, sonzera ou como quer que você queira chamar.

Arquivo para a tag “Red Hot Chili Peppers”

E se aquele disco clássico virasse um livro? O designer gráfico Christopher Gowans mostra em “The Record Books”

E se você pudesse ler os quadrinhos “Master of Puppets“, ou o livro “Brothers In Arms”, ou até a grande obra literária “The Dark Side of the Moon”? Foi isso que o designer gráfico Christopher Gowans imaginou, criando diversas capas para livros, revistas e publicações inspiradas em grandes clássicos da música em seu projeto “The Record Books”. Mesmo as capas mais icônicas, como “Abbey Road” foram “transformadas” para parecerem com capas de best sellers pelo artista.

O mais legal é que ele evita seguir o que você espera se já é conhecedor das obras. “Are You Experienced?”, do Jimi Hendrix Experience, vira um livro empresarial dos mais coxinhas, por exemplo. Já “How To Dismantle An Atomic Bomb”, do U2, vira uma apostila e “Horses”, da Patti Smith, um almanaque infantil sobre cavalos. Ah, em cada “livro” existe a sinopse ou uma pequena descrição de onde ele teria sido encontrado. Dá uma olhada no projeto:

"Arquivo encontrado em um tribunal recentemente em desuso na fronteira francesa/italiana perto de Ventimiglia. Ele estava sendo usado, aparentemente, para parar uma mesa de cozinha de balanço"

“Arquivo encontrado em um tribunal recentemente em desuso na fronteira francesa/italiana perto de Ventimiglia. Ele estava sendo usado, aparentemente, para aparar uma mesa de cozinha que estava balançando”

O trajeto de glória na autobiografia de Bruce Springsteen Reginald Grayson. A história de sua ascensão da miséria até o bronze nos Jogos Olímpicos de 1932 em Los Angeles e... bem, é um livro bastante chato."

O trajeto de glória na autobiografia de Bruce Springsteen Reginald Grayson. A história de sua ascensão da miséria até o bronze nos Jogos Olímpicos de 1932 em Los Angeles e… bem, é um livro bastante chato.”

"O polêmico pensador radical dos 60s Kenton 'Sonic' Youth fala sobre a recusa de abraçar a maré de filosofias da Costa Oeste em seu país natal, Papua Nova Guiné."

“O polêmico pensador radical dos 60s Kenton ‘Sonic’ Youth fala sobre a recusa de abraçar a maré de filosofias da Costa Oeste em seu país natal, Papua Nova Guiné.”

"Livro de referência completas e claras para crianças a respeito de todas as coisas sobre eqüinos. Infelizmente, muitas das ilustrações foram desfiguradas por rabiscos e desenhos infantis."

“Livro de referência completas e claras para crianças a respeito de todas as coisas sobre eqüinos. Infelizmente, muitas das ilustrações foram desfiguradas por rabiscos e desenhos infantis.”

"A história de duas irmãs católicas crescendo em uma Grã-Bretanha em transição do pós-guerra. Adivinhem? Ela não termina bem."

“A história de duas irmãs católicas crescendo em uma Grã-Bretanha em transição do pós-guerra. Adivinhem? Ela não termina bem.”

"O carismático whizkid de Harvard, Hendrix tem aqui uma bíblia de auto-ajuda. Um spin-off de seu reality show de sucesso fenomenal  'The Experience'."

“O carismático whizkid de Harvard, Hendrix tem aqui uma bíblia de auto-ajuda. Um spin-off de seu reality show de sucesso fenomenal ‘The Experience’.”

"Thriller rápido de 1958: um condutor sequestra um trem de metrô de Nova York para se vingar de seu rival e ameaçar a vida de sua ex-amante. As últimas 30 páginas estão faltando. Não sei se ela sobrevive."

“Thriller rápido de 1958: um condutor sequestra um trem de metrô de Nova York para se vingar de seu rival e ameaçar a vida de sua ex-amante. As últimas 30 páginas estão faltando. Não sei se ela sobrevive.”

Mais um thriller sangrendo do prolífico Jackson. Neste stalkerfest implacável, detetive particular Dwight Blackman persegue o assassino "Shamone" pela 3ª vez. Irá o psicopata escapar pelos dedos do detetive mais uma vez?"

Mais um thriller sangrendo do prolífico Jackson. Neste stalkerfest implacável, detetive particular Dwight Blackman persegue o assassino “Shamone” pela 3ª vez. Irá o psicopata escapar pelos dedos do detetive mais uma vez?”

"Um pequeno volume de encantamentos ocultistas. Nenhum deles funciona, no entanto."

“Um pequeno volume de encantamentos ocultistas. Nenhum deles funciona, no entanto.”

"Quando uma forma de chuva ácida, causada por um cometa em Urano, parece impedir o crescimento de todos os seres vivos na Terra, a própria existência da humanidade está no fio da navalha. Quando um grupo de pigmeus perceber que o pêssego é a única planta não afetada, eles encontraram uma nova sociedade, com o caroço de pêssego como a sua moeda."

“Quando uma forma de chuva ácida, causada por um cometa em Urano, parece impedir o crescimento de todos os seres vivos na Terra, a própria existência da humanidade está no fio da navalha. Quando um grupo de pigmeus perceber que o pêssego é a única planta não afetada, eles encontraram uma nova sociedade, com o caroço de pêssego como a sua moeda.”

"Mistério de assassinato. O detetive agorafóbico dinamarquês, Jörnn Angstmar, investiga uma série de mortes por veneno em um clube de  palavras cruzadas de Copenhagen."

“Mistério de assassinato. O detetive agorafóbico dinamarquês, Jörnn Angstmar, investiga uma série de mortes por veneno em um clube de palavras cruzadas de Copenhagen.”

"Destinado a crianças com idades entre 8-12, esta encantadora série americana seguiu Rosa em suas aventuras idiossincráticas de coelho. Em Surfer Rosa, ela consegue criar um novo truque que envolve o uso de sua cauda como leme. Outros livros da série mostram a coelhinha em dança de salão e mesmo sendo uma veterinária!"

“Destinado a crianças com idades entre 8-12, esta encantadora série americana seguiu Rosa em suas aventuras idiossincráticas de coelho. Em Surfer Rosa, ela consegue criar um novo truque que envolve o uso de sua cauda como leme. Outros livros da série mostram a coelhinha em dança de salão e mesmo sendo uma veterinária!”

"Manual de instruções para uma marca obscura de computador pessoal. Ligeiramente amarelada, mas completamente sem uso, como a máquina em si, que nunca funcionou. Na verdade, ao abrir-lo para consertá-lo, verificou-se que não têm partes de trabalho de qualquer tipo. Na verdade, continha um tijolo."

“Manual de instruções para uma marca obscura de computador pessoal. Ligeiramente amarelada, mas completamente sem uso, como a máquina em si, que nunca funcionou. Na verdade, ao abrir-lo para consertá-lo, verificou-se que não têm partes de trabalho de qualquer tipo. Na verdade, continha um tijolo.”

"Thriller policial no submundo de Birmingham. O enredo gira em torno de uma quantidade de Quaaludes escondidos em caramelos roubado. E strippers."

“Thriller policial no submundo de Birmingham. O enredo gira em torno de uma quantidade de Quaaludes escondidos em caramelos roubado. E strippers.”

"Dois livros do escritor de crime popular e prolífico May Mercury. Originalmente escritas na década de 1930, essas reedições foram impressas no final dos anos 60. O mordomo não é o culpado em nenhuma das histórias, aliás."

“Dois livros do escritor de crime popular e prolífico May Mercury. Originalmente escritas na década de 1930, essas reedições foram impressas no final dos anos 60. O mordomo não é o culpado em nenhuma das histórias, aliás.”

"Whodunnit sangrento feito por um autor prolífico francês do pano cuja predileção por gore obrigou-o a escrever sob um pseudônimo para que seus leitores - e, na verdade, seus superiores - perdessem a fé nele."

“Whodunnit sangrento feito por um autor prolífico francês do pano cuja predileção por gore obrigou-o a escrever sob um pseudônimo para que seus leitores – e, na verdade, seus superiores – perdessem a fé nele.”

"Manual científico alternativo dos anos 60. Professor californiano Floyd alcançou enorme sucesso com este estudo da influência da Lua sobre o ciclo menstrual. Na verdade, ele foi capaz de fundar sua própria faculdade, especializado no estudo de fertilidade das mulheres. A faculdade não existe mais. Ela foi fechada em 1972, tendo sido arrasada por uma multidão de maridos irritados."

“Manual científico alternativo dos anos 60. Professor californiano Floyd alcançou enorme sucesso com este estudo da influência da Lua sobre o ciclo menstrual. Na verdade, ele foi capaz de fundar sua própria faculdade, especializado no estudo de fertilidade das mulheres. A faculdade não existe mais. Ela foi fechada em 1972, tendo sido arrasada por uma multidão de maridos irritados.”

"Novela sedutora sobre a amizade entre um magnata da imprensa e um rapaz órfão que ele conhece enquanto engraxa seus sapatos. Não o magnata, o rapaz. O rapaz estava engraxando seus sapatos. Os sapatos do magnata. Não seus próprios sapatos, isso não faria sentido. O rapaz estava engraxando os sapatos do magnata. E ele fez amizade com ele. O magnata. Fez amizade com o menino, o rapaz."

“Novela sedutora sobre a amizade entre um magnata da imprensa e um rapaz órfão que ele conhece enquanto engraxa seus sapatos. Não o magnata, o rapaz. O rapaz estava engraxando seus sapatos. Os sapatos do magnata. Não seus próprios sapatos, isso não faria sentido. O rapaz estava engraxando os sapatos do magnata. E ele fez amizade com ele. O magnata. Fez amizade com o menino, o rapaz.”

"Terceira edição de título de curta duração da Elektra Comics. Mesmo para um gênero de fantasia, as histórias eram vistos como exageradas pelo público."

“Terceira edição de título de curta duração da Elektra Comics. Mesmo para um gênero de fantasia, as histórias eram vistos como exageradas pelo público.”

"Spin-off baseado no programa de TV de mesmo nome, onde concorrentes que têm de decidir se mentem sobre suas recentes atividades diárias, sem saber se eles tinham realmente estado sob observação secreta. Hilariante. O livro conta com a participação do mascote do programa, "Ozzy CC ', a câmera de segurança de circuito fechado."

“Spin-off baseado no programa de TV de mesmo nome, onde concorrentes que têm de decidir se mentem sobre suas recentes atividades diárias, sem saber se eles tinham realmente estado sob observação secreta. Hilariante. O livro conta com a participação do mascote do programa, “Ozzy CC ‘, a câmera de segurança de circuito fechado.”

Veja mais livros (ou discos) do artista aqui: http://ceegworld.com/the-record-books/

O duo FingerFingerrr abre com o pé na porta a estreia da festa Rock Lobster, no Neu Club

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Foto: Daniela Ometto

No dia 02 de maio, sábado, estreia no Neu Club a festa Rock Lobster, onde este que vos fala e Raul Ramone (do Degenerando Neurônios) colocarão nas pickups o melhor do rock alternativo, tentando fugir um pouco dos hits repetidos à exaustão na noite paulista. Para inaugurar esta empreitada com o pé na porta, a banda FingerFingerrr fará o show do esquenta, prometendo deixar os tímpanos mais sensíveis zumbindo.

Formado por Flavio Juliano (voz/guitarra/baixo) e Ricardo Cifas (bateria/voz/teclados), o duo FingerFingerrr possui um som que mistura influências de punk rock e hip hop. Em 2013, a banda lançou seu EP de estreia, “The Lick It EP”, partindo na sequência para os EUA, onde fizeram uma série de show, inclusive na lendária casa de discos Cactus, em Houston, além de participar do circuito alternativo do SXSW. No Brasil, os shows continuaram nas principais casas indie de São Paulo, dentre elas a Casa do Mancha, Puxadinho e Beco 203, onde dividiram o palco com a banda francesa The Plasticines. Em 2014, uma nova tour pelos EUA, dessa vez com diversas datas por Nova York e Los Angeles.

Em 2015 a banda lançou seu novo single, “Buck You”, e está preparando seu disco de estreia até o final do ano.

Conversei com Flavio e Cifas sobre a carreira da banda, o single “Buck You” e o circuito independente de São Paulo:

– Como a banda começou?

CIFAS: Eu e o Flavio tocamos juntos desde 2008, tivemos algumas bandas e projetos com outros parceiros. Dentre esses trabalhos a gente montou o FingerFingerrr que, no começo, era um quarteto. Com essa formação gravamos “The Lick It EP” e fizemos diversos shows. Há cerca de um ano nos tornamos um duo e começamos a trabalhar de forma integral na banda.

– Como surgiu o nome FingerFingerrr?

FLAVIO: Eu queria um nome que tivesse uma palavra muito fácil mas que ao mesmo tempo tivesse uma particularidade na sua escrita. Cheguei na palavra “Finger”, que eu sempre gostei e que a maioria das pessoas conhece a tradução. Falei pro Cifas e rapidamente a gente chegou ao FingerFingerrr. É tão legal que tem que ser escrito duas vezes. O nome não é pra ter um significado claro e concreto mas é incrível como a palavra “dedo” sugere um monte de coisa para as pessoas.

– Quais são as principais influências musicais da banda?

FLAVIO: Qualquer música, de qualquer banda ou artista, ou fração de som pode ser uma influência. Mas em termos de sonoridade, dá pra dizer que um ponto de partida pra entender nosso som é baseado em tudo que eu ouvia quando comecei a entender música, de Chili Peppers e Guns N’ Roses, até Blur e Radiohead; e algumas características do rap/punk do Beastie Boys e aquela pressão e atitude do Hip Hop e Rap dos anos 90, e como ele evoluiu até agora.

– Vocês acabaram de lançar o single “Buck You”. Podem falar um pouco mais sobre esta música?

FLAVIO: A primeira versão dela foi feita em 2012 no meu lap. Os timbres eram muito mais puxados para o hip hop do que qualquer coisa. Quando chegou a hora de realmente gravar em estúdio, não estava soando bem. O Gianni Dias, que formou o FingerFingerrr com a gente, produziu a faixa e chegamos num novo arranjo – mais banda, menos computador. O Gianni mixou e masterizamos em Nova York. A história da composição mesmo aconteceu baseada num encontro inesperado que tive com uma ex-namorada numa época que morei em Paris. Eu estava amargo, crítico e tentando entender o coração quebrado – então fui pra Paris ficar mais ‘perto‘ da cultura e cidade dela, mas sem encontrá-la pois a gente não estava se falando. Então, totalmente sem querer, a gente trombou um no outro num protesto em Paris. Conversamos rápida e cordialmente, e pronto… não a vi mais. Alguns meses depois veio a música… o instrumental primeiro, logo em seguida a melodia e boa parte da letra juntos.

– Como é o processo de composição de vocês?

CIFAS: A gente usa várias formas de compor tanto a letra quanto a música e elas sempre se misturam durante o processo. Tem vezes que eu chego com uma ideia, ou o Flavio muitas vezes chega com ideias ou a gente faz jams e começamos uma ideia juntos. A partir dai a gente pega esse material e tenta desenvolver ele ao máximo criando outras partes e caminhos para aquela ideia inicial que pode ser um refrão, um verso, uma melodia ou riff. Nesse processo a gente grava tudo, desde a primeira vez que aquela ideia foi executada até como ela se transformou após um mês tocando e gravando. A gente ouve tudo e bate o martelo de como a musica soou melhor no processo e pronto!

– Se vocês pudessem fazer QUALQUER cover, qual seria?

CIFAS: Tem várias musicas que a gente gosta, “Tender” do Blur é demais, a gente já tocou “National Anthem” do Radiohead, que é muito boa, “AA UU”, do Titãs é muito foda também. Acho que o que não falta nesse mundo é música boa pra se tocar. Mas quanto a isso, acho que o público e as bandas tem que valorizar a música autoral. O “culto” ao cover e principalmente as bandas cover é uma das coisas mais nocivas ao mercado independente e autoral. Primeiro porque essas bandas acrescentam muito pouco pra cena musical da sua cidade, elas apenas reverberam o que já é sucesso e dão subemprego para alguns músicos. Muitas vezes as casas/bares/bandas fazem isso afirmando que o cover atinge mais público e lota a casa. Isso é subestimar o público, é chama-lo de burro. E não somente isso, é querer se eximir de produzir cultura e ganhar dinheiro com isso. Ainda bem que existem diversas casas de sucesso que são voltadas para a música autoral e é cada vez mais crescente a vontade do público de ver coisas novas.

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– O rock pode voltar ao topo das paradas no Brasil?

CIFAS: Isso é uma questão de mercado, não sei se necessariamente isso seria bom pro rock. Prefiro fazer parte do processo que está consolidando o circuito independente de música no Brasil para que as bandas e compositores consigam viver de seus trabalhos em todas as esferas de sucesso, desde o cara que produz um grande hit até o artista independente que tem uma inserção de mercado bem pequena. Não adianta o rock bombar e um artista ganhar milhões e todos os outros não ganharem nada, ou muito pouco. Essa equação está mudando e isso só faz com que as pessoas produzam mais e vivam da sua arte.

FLAVIO: E se o rock voltar ao topo, a banda ícone que bombar tem que fazer muita questão de trazer o gênero inteiro consigo – apoiando, criando um selo, vendendo etc.

– Quais são as maiores dificuldades de ser uma banda independente?

CIFAS: Existem muitas dificuldades para se ter uma banda. Acho que antes de mais nada você deve ter a plena convicção do que quer, da sua ideia, e pensar que música é a sua expressão, é a forma que vai traduzir essa ideia. Sinceridade e honestidade com o que você faz e com o seu público sempre. Ah, e trabalhar quase 24 horas por dia, todos os dias… (risos)

– Quais são os próximos passos da FingerFingerrr?

FLAVIO: Esse ano vamos fazer a turnê de divulgação do nosso novo single “Buck You” pelo Brasil e América do Sul. Também já temos datas marcadas em junho nos EUA. Em setembro entramos em estúdio para gravar nosso primeiro disco mas ainda não sabemos se vamos lançar ainda esse ano ou no começo de 2016.

– No dia 02 vocês se apresentam no Neu Club abrindo a festa Rock Lobster. A casa sempre conta com “esquentas” com bandas autorais. Vocês acham que este tipo de apoio a bandas autorais está em falta em São Paulo?

CIFAS: Eu acho que é crescente a demanda de casas autorais em SP, o público tem ouvido cada vez mais as bandas independente e as bandas estão se propondo a serem cada vez mais profissionais. Essa é uma receita de sucesso. A iniciativa da Neu é super legal, tem tudo pra dar certo e somar com todas as alternativas independentes que estão acontecendo na cidade de São Paulo.

– Quais bandas novas e independentes vocês recomendariam para que todo mundo ouvisse?

CIFAS: Tem muitas: Mel Azul, Pure, Garotas Suecas, VRUUMM, Eduardo Barretto, Inky, Far From Alaska, Vitreaux, Boom Project, Bixiga 70, Bárbara Eugênia, Carne Doce, André Whoong, Nana Rizinni, Holger, Leo Cavalcanti, Moxine, Karina Buhr, Tatá Aeroplano, Wolfgang, DaVala e o Núcleo Sujo, Single Parents, Sheila Cretina, Apanhador Só, Vivendo do Ócio… Isso é que dá pra lembrar de agora…

Ouça “The Lick It EP” aqui:

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Serviço:

Rock Lobster @ Neu Club
Quando: 02/05/2015 (sábado)
Esquenta: FingerFingerrr (22h, grátis – quem chegar para o esquenta não paga para ficar na festa)
Preços:
*Com lista: R$15 (entrada) ou R$40 (consumação)
Sem Lista: R$25 (entrada) ou R$60 (consumação)
Lista: Mande seu nome para FestaRockLobster@gmail.com
*Confirmação no evento do Facebook já garante seu nome na lista https://www.facebook.com/events/1709576705936445/
Endereço: Rua Dona Germaine Burchard, 421, Barra Funda

Vermelho, vermelhaço, vermelhusco, vermelhante: 5 bandas vermelhas que vão ferver seu sangue

O vermelho tem sofrido um grande preconceito hoje em dia. Tem gente (e até cachorro!) apanhando na rua só por estar vestindo vermelho, o que é uma coisa horrível. Vermelho é uma cor tão importante pra música, poxa! Lembrem-se do Red Hot Chili Peppers. O disco “Red” do King Crimson. O Simply Red. O disco “Red” da Taylor Swift. Os “red albums” do Weezer e do The Game. As roupinhas de Jack e Meg White no White Stripes.

Tá, não foram todos grandes exemplos, mas enfim: vamos a cinco bandas que conheci recentemente e fazem jus à força que a cor vermelha sempre representou. Ou você acha que o líder dos Power Rangers, Changeman, Maskman e todos tokusatsus era vermelho por acaso?

Red Boots
Gênero: Vermelho-sangue

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O duo de Rio Grande do Norte é formado por Luan Rodrigues (guitarra, voz) e Gil Holanda (Bateria) e em 2014 lançou o disco “Touch The Void”, que não deve nada pras bandas de stoner internacionais. O primeiro disco, “Aracnophilia”, de 2011, também vale a ouvida.

Blood Red Shoes
Gênero: Vermelho-diabo (vestindo Prada)

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Outra dupla, desta vez vinda de Brighton, na Inglaterra. Formada por Laura-Mary Carter (vocal, guitarra) e Steven Ansell (bateria, vocal), a banda já lançou quatro discos: “Box of Secrets” (2008), “Fire Like This” (2010), “In Time to Voices”(2012), e “Blood Red Shoes” (2014), além de vários EPs e vinis 7″. O nome foi tirado de um musical de Ginger Rogers e Fred Astaire e o som é o velho rock alternativo com pitadas de grunge, garage e punk.

Red Fang
Gênero: Vermelho-Bloody Mary

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O quarteto de Portland, Oregon, passeia entre o heavy metal e o stoner rock sem abaixar o volume em nenhum momento. Formada por Bryan Giles, Aaron Beam, David Sullivan e John Sherman, a banda existe desde 2005 e lançou três discos: “Red Fang” (2009), “Murder the Mountains” (2011) e “Whales and Leeches” (2013). Os clipes da banda são em sua maioria divertidíssimos, o que ajudou a popularizar ainda mais o som dos americanos.

Russian Red
Gênero: Vermelho-União Soviética

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Apesar do nome, a cantora Lourdes Hernández, codinome Russian Red, veio da Espanha. Chamada de “a Feist da Espanha”, Russian Red escreve sempre em inglês e está na ativa desde 2007. Já lançou três discos: “I Love Your Glasses” (2008), “Fuerteventura” (2011) e “Agent Cooper” (2014), disco que a trouxe ao Brasil, onde se apresentou no festival No Ar Coquetel Molotov, no Recife, e no Sesc Vila Mariana, em São Paulo.

A Tribe Called Red
Gênero: Vermelho-urucum

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O trio canadense A Tribe Called Red faz música eletrônica que mistura elementos de hip hop, reggae, moombahton e dubstep, sempre com muita percussão na mistura. Formada pelos DJs Ian “DJ NDN” Campeau, Tim “2oolman” Hill e Bear Witness, a banda define seu som como “powwow-step” e já lançou dois discos: “A Tribe Called Red” (2012) e “Nation II Nation” (2013).

O que andei ouvindo – 10 a 16/02/2015

Manic Street Preachers – Ouvi uma coletânea da banda que eu nem sabia que existia. Aliás, uma coletânea dupla, chamada “National Treasures”, que contém músicas de todas as fases da banda, apesar de não ter todos os singles lançados. O disco foi premiado pela NME como o melhor relançamento de 2011.

Thelonius Monster – Essa sempre aparecia nas sugestões pra ouvir, já que sempre tô ouvindo os primeiros discos do Red Hot Chili Peppers. Aliás, John Frusciante foi membro desta banda por apenas três horas, pois foi chamado pra substituir Hillel Slovak nos Peppers na sequência e largou tudo. Vale a pena ouvir o som do Thelonius, bem na linha do que o RHCP fazia lá nos primórdios.

Kula Shaker – Voltei a 1996 e fui ouvir o “K”, disco de estreia do Kula Shaker. O disco mostra tudo que a banda tinha a oferecer: rock psicodélico, com influência da Índia tanto na música quanto nas letras, vide “Govida” e “Sleeping Jiva”. Se você nunca ouviu esse disco, agora é a hora.

Abre alas, que o Carnaval pede passagem. As águas vão rolar?

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Amanhã começamos os quatro dias que todo brasileiro espera o ano inteiro. Chegou o Carnaval, e quer você ame ou odeie o feriado mais popular do Brasil, ele é uma verdadeira entidade que varre o país até a quarta-feira de cinzas, quando tudo volta ao normal e o ano começa de verdade.

Não, você não precisa adorar samba pra aproveitar o Carnaval (mas que fique bem claro que quem não gosta de samba, bom sujeito não é). Bom, de qualquer forma, acho que um blog que se diz musical não fazer pelo menos um postzinho remetendo à folia não estaria correto, né. Vamos a alguns momentos carnavalescos para acompanharem você, folião, no feriado que bate à porta.

Red Hot Chili Peppers com a Escola de Samba Mocidade Independente no Hollywood Rock de 1993

Ainda com um Anthony Kiedis cabeludo e Arik Marshall na guitarra, o show foi um dos últimos da turnê de “BloodSugarSexMagik”. Lógico que o quarteto que é fã de funk (até o atual, já que Flea ama o MC Guimê) e percussão não ia deixar passar a oportunidade de se misturar com uma bateria de escola de samba, né?

João Gordo e Clemente e o show Pagode Nuclear

Aqui em São Paulo temos um bloco de Carnaval especialmente dedicado ao punk, o Bloco 77 – Os Originais do Punk. Mas João Gordo e Clemente (Inocentes e Plebe Rude), junto com Mingau (ex-Ratos de Porão, atual Ultraje a Rigor) já haviam mostrado que punk também samba no projeto Pagode Nuclear, onde cantavam clássicos do punk em versão samba. Como “Pânico em SP”, que também está no repertório do bloquinho.

Carnaval é Legal, da finada Mtv Brasil

Sim, são muitos vídeos, e eu nem coloquei todos que encontrei. A Mtv Brasil sempre teve boas ideias para as datas comemorativas, e nos anos 90, o rock dominava a programação. Então, porque não misturá-lo às populares marchinhas de Carnaval? Tem de tudo: Raimundos, Skank, Virna Lisi, Chico Science, Garage Fuzz… todos caindo no samba e mandando as marchinhas mais populares de todos Carnavais.

Carnaval Metaleza de Bruno Sutter

Em 2013 a Mtv Brasil como a conhecíamos morreu, foi pro saco, tombou na vala. Isso foi péssimo, mas rendeu momentos incríveis de nostalgia e o último Carnaval da emissora, que chutou o balde e chamou Bruno Sutter (vulgo Detonator, ex-Massacration e ex-Hermes e Renato) pra fazer o Carnaval Metaleza. Não foi só a vinheta: rolaram escolas de samba (como a Kiss 9, Van Van Halen e Unidos da Vila Metallica) apuração e notas e tudo mais que o Carnaval possui!

Sepultura – Chaos BC

A mistura de metal com bateria de escola de samba vinda do Sepultura saiu no disco Chaos A.D. é meio que um remix com bateria de escola de samba e música eletrônica. Um samba do crioulo doido, na verdade, mas já era um prenúncio do que viria em “Roots”.

Então, bom Carnaval a todos. Divirtam-se e na quarta-feira de cinzas estamos de volta!

O que andei ouvindo – 26/01 a 02/02/2015

– Red Hot Chili Peppers – Peguei esta semana para ouvir o resto das “I’m With You Sessions”, os Lados B do último disco da minha banda preferida. Algumas músicas são bem bacanas, mas no geral é tudo bem experimental, talvez pela presença do recém-guitarrista Josh Klinghoffer. Pouco material que mereceria virar single, porém muita coisa interessante no que parece um pouco do que foram as jams para a criação do disco de 2011.

– Love and Rockets – Fui na Feira de Discos da Locomotiva Discos e comprei o “Earth, Sun, Moon” do Love and Rockets por R$ 10 sem fazer ideia do que o disco continha. (Aliás, sempre tô fazendo isso, comprar discos pela capa, quando estão baratos). Foi minha melhor escolha: o disco é incrível e eu ouvi umas 3 ou 4 vezes esta semana.

– Titãs – Ouvi bastante o “Jesus Não Tem Dentes No País dos Banguelas” e “Õ Blésq Blóm”, dois ótimos discos da banda ainda completa, com 8 integrantes e muita criatividade.

O momento bunda-mole que toda banda atinge

Acho que é melhor eu começar explicando o que eu quero dizer com o título, e depois dissertar sobre o que eu quero dizer com “bunda-mole”. Bom, muitas bandas de rock começam sua carreira com discos crus, pesados, rápidos e mostrando tudo que é a essência musical daquele grupo de pessoas. Todas suas influências, sua pegada e espontaneidade estão ali, impressas. Porém, conforme a carreira vai se desenrolando, o som acaba mudando. Em alguns casos, para direções interessantes, inclusive, mas algo quase sempre acontece: cedo ou tarde eles acabam colocando canções bunda-mole que nunca estariam presentes nos primeiros discos, que carregavam o DNA da banda em seu estado puro.

Explicando um pouco a expressão “bunda-mole” que utilizei: me refiro a músicas mais lentas, baladas, coisas mais “acessíveis” ao público e flertes com estilos “da moda”, deixando o peso de lado e às vezes abandonando completamente tudo que a banda significava. Pressão da gravadora? Vontade de fazer sucesso e aparecer para um público ainda maior? Uma verdadeira mudança de direção criativa? Na minha opinião, as duas primeiras opções me parecem mais críveis, embora o otimismo às vezes me leva a acreditar na terceira.

Se você nunca notou essa guinada bunda-mole que as bandas costumam ter, vamos a alguns exemplos para você comparar. Veja se concorda comigo:

Raimundos
“Nega Jurema” (1º disco – Raimundos – 1994)
“A Mais Pedida” (5º disco – Só No Forévis – 1999)

 

Slipknot
“Surfacing” – (1º disco – Slipknot – 1999)
“Vermillion” – (3º disco – Vol 3 – The Subliminal Verses – 2004)

 

 

The Offspring
“Beheaded” – (1º disco – Offspring – 1989)
“Crusing California” – (9º disco – Days Go By – 2012)

 

Titãs
“Bichos Escrotos” (3º disco – Cabeça Dinossauro – 1987)
“Antes de Você” (13º disco – Sacos Plásticos – 2009)

 

Red Hot Chili Peppers
“No Chump Love Sucker” (3º disco – The Uplift Mofo Party Plan – 1986)
“Californication” – (7º disco – Californication – 1999)

 

Green Day
“2000 Light Years Away” – (2º disco – Kerplunk – 1992)
“Oh Love”  – (9º disco – Uno! – 2012)

 

Goo Goo Dolls
“Up Yours” – (2º disco – Jed – 1989)
“Iris” – (6º disco – Dizzy Up The Girl – 1998)

 

E na sua opinião, porque isso ocorre?
Pressão da gravadora?
Vontade de fazer sucesso a qualquer custo?
Mudança de direcionamento musical?
A famigerada parceria com Rick Bonadio?

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