Crush em Hi-Fi

Música, trilha sonora, CDs, discos, DVDs, mp3, wmas, flac, clipes, ruídos, barulho, sonzera ou como quer que você queira chamar.

Arquivo para a tag “Nicki Minaj”

Conheça os grandes casos de desinteligência, porradaria e tretas encarniçadas entre músicos e bandas

Não, o post não é um esquema Ratinho pra aumentar a audiência do blog. Não, não é um episódio musical de Casos de Família. Porém, há uma semelhança: brigas sem muito motivo, picuinhas e às vezes até voam uns sopapos. Hoje, uma pequena lista das inúmeras tretas que sempre rolam entre músicos e bandas.

Miley Cyrus vs. Sinéad O’Connor

sinead-miley-feud-650

Quem começou foi a popular rasgadora de fotos do Papa e cantora do hit “Nothing Compares 2 U”. Ela postou uma carta aberta em sua página do Facebook descendo a lenha em Cyrus, dizendo que a ex-Hannah Montana devia tomar cuidado pra não ser explorada pela indústria da música: “A indústria não dá a mínima para você, ou para qualquer uma de nós. Eles vão prostitui-la por tudo que você vale e facilmente vão fazer você pensar que isso era o que VOCÊ queria… e quando você acabar em uma clínica de reabilitação por ter sido prostituída, ‘eles’ vão estar em seus iates em Antígua, que eles compraram com a venda de seu corpo, e você vai se sentir muito sozinha”. Cyrus então ironizou o transtorno bipolar de O’Connor em mensagens do Twitter, e Sinéad respondeu com a frase “Quando você acabar na ala psiquiátrica ou reabilitação, eu vou ficar feliz em visitá-la”. Ouch.

Mariah Carey vs. Nicki Minaj

mariah-carey-nicki-minaj-music-feud-650-430

Em 2012, alguém teve a ideia de colocar Mariah Carey e Nicki Minaj como juradas do programa American Idol. No papel, parece inclusive uma boa ideia, certo? É, mas não deu. As duas se estranharam desde o começo, inclusive chegando a um momento em que Minaj saiu do estúdio puta da vida dizendo que não aguentava mais trabalhar com a “alteza”. Carey então contratou uma equipe de seguranças, pois se sentia “insegura” perto da rapper. Em 2013, a rapper continuou cutucando no Twitter: “Ela está triste porque eu conquistei o recorde dela no Hot 100 em apenas três anos de carreira. Sim, uma rapper feminina negra.  O que você precisa questionar é o motivo de uma mulher tão bem-sucedida na idade ela ainda é tão insegura e amarga”

Kurt Cobain vs. Axl Rose

kurtaxl

Tudo começou graças à encrenqueira grunge preferida pela garotada. No VMA de 1992, Courtney Love viu Rose passando enquanto ela segurava a filha dela e de Kurt, Frances Bean. Ela imediatamente começou a berrar para ele: “Ei, Axl! Axl! Olha aqui! Você é o padrinho!”. O frontman do Guns’n’Roses então parou e falou para Kurt Cobain: “Controle sua mulher, por favor”, o que Kurt respondeu repetindo a frase com ironia para Love. Após a apresentação do Nirvana tocando “Lithium” naquela noite, Dave Grohl foi ao microfone pra aumentar a cutucada. “Cadê o Axl? Axl, cadê você? Ah, ali! Oi Axl! Oi Axl! Oi Axl!”, repetia.

Justin Bieber vs. Patrick Carney

justin-bieber-patrick-carney-the-black-keys-beef-650-430

Tudo começou quando o TMZ foi atrás do baterista do Black Keys durante o Grammy de 2013 perguntando o que ele achava da falta de indicações de Justin Bieber na premiação. Sim, eles cutucaram porque querem ver sangue, todo mundo sabe. Carney deu o que eles queriam: “Bom, ele é rico, certo? Os Grammys são para, tipo, música, não por dinheiro… e ele está ganhando muito dinheiro. Ele deveria estar feliz, acho”. Bieber ficou putinho e no dia seguinte falou que o baterista deveria “levar uns tapas”. E seus fãs caíram matando em cima de Carney, lógico.

Kid Rock vs. Tommy Lee

2014209-tommy-lee-kid-rock-feud-617-409

Chegamos à primeira briga onde rolou porradaria, violência e vias de fato. Ambos já tiveram relacionamento com a ex-Baywatch Pamela Anderson, e pelo jeito a moça foi o motivo de toda a treta. Quando eles se trombaram no VMA de 2007, começaram a se xingar loucamente e Kid Rock desferiu o primeiro soco. Pelo que dizem, parecia briga de colégio e o negócio teve que ser separado pelos seguranças da Mtv. Tsc, tsc…

Gene Simmons vs. Carlos Santana

genesantana

E olha que quem começou dessa vez nem foi o encrenqueiro Simmons. Santana fez o comentário de que Gene “não é um músico, é um cara do entretenimento. Kiss é entretenimento de Las Vegas, então ele não sabe o que é música, de qualquer forma. É por isso que ele veste todas aquelas coisas lá”. No começo, o baixista do Kiss deixou quieto (“Nem todo mundo gosta da mesma refeição”), mas depois caiu de pau: “Estou cansado de bandas como a de Carlos Santana olhando para seus próprios sapatos e achando que aquilo é um show de rock”.

Blur vs. Oasis

2014179-oasis-blur-feud-617-409

Uma briga clássica dessas não poderia ficar de fora. As duas grandes bandas do britpop nunca se bicaram e quando ambos lançaram singles no mesmo dia (“Country House” do Blur e “Roll With It” do Oasis) a coisa foi ficando mais feia. Noel Gallagher sempre cutucava o Blur, que ironicamente dedicava seu prêmio do Brit Awards de 1995 ao Oasis. Noel respondeu com a fineza que lhe é peculiar: “Espero que Damon Albarn e Alex James peguem AIDS e morram”. Hoje em dia, incrivelmente, a briga mais popular da Inglaterra parece ter acabado com Noel Gallagher tendo inclusive feito uma participação junto com Damon Albarn em “Tender”, do Blur, em um evento de caridade.

Dave Grohl vs. Courtney Love

2014099-courtney-love-dave-grohl-feuds-617-409

Desde que Kurt Cobain morreu, Courtney Love não deu uma colher de chá para o ex-baterista da banda de seu marido. O líder do Foo Fighters já teve que ouvir Love clamar para que todo o público do seu show gritasse “os Foo Fighters são gays” (senão ela ia embora do show), disse que Grohl deu em cima de Frances Bean, filha dela e Kurt (o que Frances e Grohl negaram), entre muitas outras coisas que só a líder do Hole é capaz. Recentemente eles “fizeram as pazes” durante a cerimônia de indicação do Nirvana ao Rock and Roll Hall Of Fame.

Michael Jackson vs. Paul McCartney

MJPaul

Outra briguinha clássica. Sim, todo mundo concorda que o Jacko deu motivos pra Paul odiá-lo. Eles eram amigos, faziam parcerias e até clipes super-amiguinhos como “Say Say Say”. Pois aí McCartney deu a dica a Jackson: “compre direitos de músicas, é um puta negócio”, ele disse. Michael Jackson não é bobo nem nada e aproveitou para comprar os direitos de todas as músicas… dos Beatles. Dá pra entender porque Paul ficou chateado e as relações dos dois ficaram estremecidas desde então.

Vivian Campbell vs. Ronnie James Dio

VivianDio

Sim, até com o Dio o povo consegue implicar. O ex-guitarrista da banda Vivian Campbell disse que Dio era uma das pessoas mais vis da indústria musical, e Dio respondeu que Campbell, que foi para o Def Leppard, é um “fucking asshole, a fucking piece of shit”. Campbell diz que as declarações contra Dio são devido ao fato de que ele foi excluído da banda. Após a morte de Dio, Campbell se reuniu com a banda para tocar com outro vocalista. “Esses riffs são meus e eu quero continuar a tocá-los”.

Sammy Hagar vs. Dave Lee Roth

SammyDave

Uma briga digna de Celebrity Deathmatch. Os dois vocalistas do Van Halen (vamos fingir que a fase com Gary Cherone nunca existiu, assim como a banda faz) adoram trocar farpas desde que Sammy entrou em cena. Diamond Dave adorava falar que “Sammy é como o segundo Darrin de ‘A Feiticeira'” e que “Ao contrário dele, nunca preciso cantar músicas que não são minhas nos shows”. Já Hagar chamou Roth para a porrada. Seria interessante, já que Sammy é boxeador e Roth fã de artes marciais. Seria quase um MMA, vejam só.

Stephen Malkmus vs. Billy Corgan

StephenBilly

Stephen Malkmus fez a singela letra de “Range Life”, do clássico disco “Crooked Rain, Crooked Rain” do Pavement. “Out on tour with the Smashing Pumpkins / Nature’s kids, they don’t have no function / I don’t understand what they mean / And I really could really give a fuck”. Como Billy Corgan é irritadinho, não deixou quieto. “Acho que isso é inveja”, disse Corgan. “As pessoas não se apaixonam pelo Pavement. Elas gostam de Smashing Pumpkins, Hole ou Nirvana, porque essas bandas significam algo para eles”. Sim, Corgan ainda fica falando sobre o assunto até hoje.

Chorão vs. Marcelo Camelo

ChorãoCamelo

Chorão sempre foi reconhecido por ser esquentadinho e adorar dar uma de machão pra cima dos outros. Entre suas brigas, estavam Marcelo Falcão d’O Rappa e até Badauí do CPM22, a quem o Marginal Alado dirigiu a frase “Quem esse CPM22 pensa que é? É um bando de playboys. Badauí, se você cruzar no meu caminho, tá ferrado”. Mas o caso que mais repercutiu foi com Marcelo Camelo. O líder do Los Hermanos deu uma entrevista dizendo que “esse negócio de fazer comercial para Coca-Cola é um desdobramento da indústria, a gente rejeita esse negócio de vender atitude”, sendo que o Charlie Brown Jr. havia feito uma propaganda para o refrigerante. As duas bandas participaram do festial Piauí Pop em 2004 e Chorão foi tirar satisfações com Camelo no aeroporto, acertando-lhe um soco no olho. Segundo as matérias da época, o caso ainda teve Rodrigo Amarante correndo atrás de Chorão no aeroporto, uma cena hilária de se imaginar.

LSJack vs. Art Popular

LSArt

Ah, as tretas no aeroporto. Em 2003, o LSJack e o Art Popular já tinham inaugurado essa modalidade em uma briga generalizada no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Nada melhor pra explicar toda a briga do que deixar os depoimentos do empresário Edgar Santos para a Folha de S. Paulo falarem por si. “Eles achavam que o Leandro Lehart [vocalista] tinha feito críticas ao novo CD do LS Jack, mas ele estava comentando o novo CD do Ed Motta, e não o do LS Jack. Eles não quiseram trocar uma idéia. O Márcio [Art] tomou um soco na cara do vocalista do LS Jack [Marcus Menna], que chegou a quebrar seus óculos”. Fica a dúvida: quando o Ed Motta vai cobrar satisfações da banda que criou “Pimpolho”?

Thrills and The Chase lança seu novo clipe, “Jesus Is a Woman”, com apresentação em pub de SP

10687110_766712390034058_5869468404561213695_n

O Thrills & The Chase é um respiro de ar puro (ou sujo, se você preferir) no rock independente nacional. O quinteto apresenta um som cru e dançante, com riffs que grudam na memória e uma bateria especialmente hipnótica. Com dois EPs lançados (“Introducing Thrills (And The Chase)”“Women, Fire and Dangerous Things”), a banda é figurinha carimbada nas boas casas que ainda recebem bandas autorais de rock na noite paulistana.

Formada por Calvin Kilivitz, Louis Daher, Guilherme Di Lascio, Zé Menezes e Cláudio Guidugli, a banda existe desde 2010 e lança amanhã seu segundo clipe, “Jesus Is A Woman”, em apresentação no pub Gillian’s Inn, em São Paulo. Conversei um pouco com o vocalista Calvin Kilivitz e o batera Zé Menezes sobre a banda, sua trajetória, a apresentação de amanhã e a importância do videoclipe hoje em dia:

Quando a banda se formou?
Calvin: Eu e o Louis (guitarra) tocamos juntos desde 2001. Tivemos 3 ou 4 bandas diferentes e tocamos com vários músicos diferentes, inclusive o Zé, que está no Thrills desde o final de 2010, quando fundamos a banda. Nessa época nosso baixista era um cara que hoje atende por Lance Lynx. O Guilherme substituiu ele em 2011 e no ano passado, viramos um quinteto com a entrada do Claudio.

De onde veio o nome Thrills and The Chase?
Calvin: O nome é uma corruptela de uma expressão em inglês, “it’s the thrill of the chase”, cuja tradução literal seria “é a emoção da perseguição”. Soa meio besta, eu sei, mas tem a ver com a sabedoria popular de que às vezes perseguir um objetivo é mais excitante do que atingi-lo.

Dito isso, o nome não tem nenhum significado em especial. Escolhemos esse porque soa legal e invoca aquele cliché de bandas que nomeiam um integrante principal e sua gangue (Paul McCartney & The Wings, Bruce Springsteen & The E Street Band, Josie & The Pussycats, Ronaldo & Os Impedidos, etc.), sem precisar eleger um de nós como membro principal.

Como vocês definem o som da banda?
Calvin: Essa é sempre uma pergunta difícil, mas a julgar pelo que andamos compondo, eu diria que somos “21st Century Motown Rock”. Não tenho certeza que essa definição pode ser levada a sério.

Quais são as maiores influências musicais de vocês?
Calvin: Além de várias bandas de rock (que é nosso estilo por definição), buscamos inspiração em blues, jazz, motown, pop, folk, eletrônico… soa meio vago, mas acreditamos que ser eclético é essencial para qualquer músico. Em qualquer faculdade, um especialista precisa de uma base de conhecimentos gerais daquela área, não teria porque ser diferente com música. Uma banda que só ouve ou só bebe de um gênero ou subgênero está condenada a ser pastiche de seja lá qual for sua influência, não acha? Então eu poderia fazer uma lista exaustiva que vai ter de Adele até The Zutons, passando por Helloween.

1004825_582025051836127_1479453604_n
Quais os maiores desafios de ser uma banda nova de rock no Brasil?
Calvin: Lidar com o fato de que já faz tempo que o rock não está no topo da cadeia alimentar da música popular. Das 100 músicas mais tocadas nas rádios brasileiras em 2014, de rock só tinha o Skank. E o som deles (que eu acho sensacional, diga-se de passagem) é muito mais maleável, muito menos caricato que o da maioria das bandas. O público daqui não tem uma cultura de descobrir bandas novas, acho que ainda faz-se necessária uma certa curadoria, mas mesmo esses canais já não tem a força de antigamente. O rock aqui não é música popular, a não ser que você considere as bandas que estão no mainstream, que vem de outra época, outro paradigma de indústria.

Existe espaço para uma cena rock no Brasil? O estilo pode voltar a dominar as paradas?
Calvin: A cena rock existe, ela só não tem o alcance (ou a presença) que nós gostaríamos. Os motivos disso são uma discussão longa que daria um outro artigo, até. Quanto à segunda pergunta, duvido muito. Não sei nem se isso é necessário.

O que vocês acham da ascenção do chamado “indie rock”?
Calvin: Quanto ao indie, bem… entendo por indie rock as bandas que surgiram na virada do século e que não se encaixavam automaticamente em um dos subgêneros que já existiam. Nunca entendi muito bem a necessidade de separar essas bandas do resto do gênero, a não ser um certo conservadorismo por parte dos fãs mais antigos. A real é que bandas como The Strokes, The Killers, Kings of Leon, Franz Ferdinand e etc. não só trouxeram um pouco de ar fresco mantiveram um estilo musical meio caducante presente na vida de muita gente que era nova demais pra ouvir Guns N’ Roses e Nirvana na época em que eles eram novidade. Ou no mínimo, impediram que as pistas de dança das festas rock atuais não soassem como uma coletânea da Som Livre. Algumas dessas bandas são sensacionais (Franz Ferdinand é a minha predileta), e outras são chatas que dói, mesmo. Mas isso é verdade em qualquer gênero, né?

10849918_809039975801299_4874931469533138500_n
O pop domina as paradas internacionais, o sertanejo as nacionais. Onde está o rock?
Calvin: O rock está por aí, onde sempre esteve. Mas como eu disse antes, já não é o estilo que domina o mainstream. E isso é natural, tem a ver com a passagem do tempo, com a evolução tecnológica… há 40 anos atrás não era possível fazer música eletrônica, por exemplo.

Também pesa o fato de que todo movimento cultural que é de certa maneira rebelde (ou anti estabilishment) cedo ou tarde se dilui, ou perde relevância, ou é cooptado mesmo. Há 60 anos atrás o Elvis dançando era considerado obsceno. Hoje você tem a Nicki Minaj.

Isso não é necessariamente ruim. O mundo muda, a cultura muda, e o rock ainda tem espaço. O quão limitado (ou segmentado) é o alcance de uma banda nova depende de vários fatores – com quem a sua música ressoa, ou então o quão criativo você é. Hoje vejo muita gente, bem nova até, inconformada com o fato de que o rock já não tem mais a relevância de 20, 30, 40 anos atrás e repudiando o que se faz de novo por aí – como falei agora a pouco, ironia das ironias, o rock virou um estilo conservador.

Quais bandas dividiram palco com vocês e merecem ser ouvidas?
Calvin: Não posso responder pela banda toda, mas que eu ouço direto e recomendaria sem pensar duas vezes são o Martiataka, o Psicotropicais e o Pousatigres. Nunca toquei junto do Star 61, mas também adoro o trabalho deles.

10687135_768092553229375_3380695490575507949_n
Se vocês pudessem fazer QUALQUER cover, qual seria?
Calvin: De novo, não posso responder pela banda toda, mas eu adoraria fechar um show com “That’s Life”, do Frank Sinatra.

Quais são os próximos passos do Thrills and The Chase?
Calvin: Estamos compondo um álbum que será lançado (a princípio, de forma independente) até o final de 2015. Nesse meio tempo, além do videoclipe novo, temos mais algumas faixas do projeto The Naked Sessions pra lançar. Talvez lancemos um EP com todas essas faixas.

Vocês estão prestes a lançar o clipe para “Jesus Is A Woman”.
Calvin: Esse é o primeiro clipe da banda em 3 anos. Foi dirigido pela Roberta Fabruzzi e assim como o primeiro (“Damsel In Distress”), o vídeo é menos focado na banda e mais numa estrela convidada. No caso de “Jesus”, temos uma pole dancer (Deborah Rizzo). O resultado final ficou muito bonito e estamos orgulhosos de participarmos de um clipe diferente do básico (colocar a banda tocando e fazendo pose), considerando os recursos um tanto limitados. Pole dancing ainda é uma arte/esporte um tanto estigmatizado em meios mais conservadores. Eu diria até que hoje em dia uma pole dancer é mais rock & roll do que muita banda de rock, se é que você me entende.

Vai rolar um evento de lançamento, certo?
Calvin: Dia 13 de fevereiro nós faremos um show aqui em São Paulo/SP, no Gillan’s Inn. O projeto se chama Ponto Pro Rock e é capitaneado pelo nosso amigo Ricardo Lopes. Dividiremos o palco com as bandas Chains e Slot e no meio do nosso show, o clipe será exibido, antes até de ir pro YouTube. Prometemos um show divertido pra quem quiser aparecer por lá.

Qual a importância da gravação de um clipe agora que a Mtv Brasil perdeu as forças?
Calvin: Maior do que nunca, graças ao YouTube. A MTV, brasileira ou internacional, nunca foi um lugar pra revelar novos talentos que já não tivessem sido descobertos por selos que possuam capital pra tentar forçar a entrada de alguém no mainstream. Sim, pelo menos a MTV Brasil na era Abril passava algumas bandas independentes (e o Midnight Sisters, banda minha e do Louis antes do Thrills, conseguiu até colocar um clipe por lá), mas isso não serviu de trampolim para nós e duvido muito que tenha servido para outras bandas.

A real é que não existe aparição em canal de TV, reality show ou programa de auditório que cause uma ascenção meteórica na carreira de um artista se isso não for parte de um esforço coordenado de marketing que envolve diversos canais de mídia que só são acessíveis com muita grana. Isso é outra realidade, uma que bandas como a nossa não vivem e na maioria absoluta dos casos, nunca vão viver. Não que eu esteja repudiando o mainstream – adoraria fazer parte do mesmo.

Hoje felizmente existe vida fora do mainstream. É possível ter uma carreira sem depender dos meios de comunicação de massa. A internet (e o YouTube em especial) estão aí pra isso. A competição ainda é acirrada (maior, até) porque com essa democratização (qualquer um pode gravar um vídeo e mostrar pro mundo, não há curadoria ou barreira entre você e o público) a oferta aumentou exponencialmente enquanto a demanda, nem tanto. Há um excesso de opções, excesso de bandas, pra não dizer uma cacofonia.

Mas isso não deve impedir ninguém de tentar. O negócio é manter uma perspectiva realista das coisas – do jeito que a indústria vai provavelmente não haverá outra banda que lote estádios durante décadas a fio. Mas o público está lá – jogar o jogo e merecer a atenção desse pessoal é parte disso.

Quais bandas novas que só vocês conhecem acham que todo mundo deveria estar ouvindo?
Zé: As últimas “safras” de bandas independentes têm me chamado atenção, coisa que não acontecia há alguns anos. Três em especial me chamam mais a atenção: Grindhouse Hotel, Faca Preta e Mundo Alto.

10436277_844709958900967_5017600568842333629_n

Thrills & The Chase, Slot e Chains
Gillans ‘ Inn English Rock Bar – 23h
Rua Marquês de Itu, 284 Vila Buarque, São Paulo

Ouça os EPs do Thrills and The Chase completos aqui:

Bota a mão no joelho, dá uma abaixadinha

maxresdefault

Aqui no Brasil, músicas sobre o traseiro feminino foram uma explosão nos anos 90 e continuam em alta até hoje, principalmente com o funk carioca. E nos EUA, a bunda também está em alta hoje em dia, com Nicki Minaj e Jennifer Lopez fazendo canções mostrando todo seu amor pelos glúteos.

O canal do Youtube WatchMojo.com fez uma lista com as 10 melhores músicas sobre a bunda criadas lá nos States, o que mostra que a bundinha não é um fenômeno tão atual lá fora, já que desde a disco music já estavam sacudindo a mesma na pista de dança. Ah, e só rolam músicas internacionais na lista, ou seja: deixa de fora clássicos made in Brazil como “Dança da Bundinha”. Se bem que essa é hours concours, certo?

Navegação de Posts