Crush em Hi-Fi

Música, trilha sonora, CDs, discos, DVDs, mp3, wmas, flac, clipes, ruídos, barulho, sonzera ou como quer que você queira chamar.

Arquivo para a tag “Legião Urbana”

T-Shirtaholic: “God Save The Queen”, “Faroeste Caboclo” e “Get It On”

Um Johnny Rotten já meio véio é a rainha Elisabeth desta bela estampa homenageando os Sex Pistols da Moshpit.450xN

Quanto? R$ 54,90
Onde? http://www.moshpit.com.br/pd-1f0a9d-sex-pistols.html?ct=&p=1&s=1
Onde acho mais disso? Moshpit


“Não tinha medo o tal João de Santo Cristo”, era o que todos diziam quando ele inspirou essa estampa.Camisetas_17.04.2013_88441

Quanto? A consultar
Onde? http://loja.universovaral.com.br/
Onde acho mais disso? UniversoVaral


O grande T.Rex e seu hit que acabou tendo o título mudado para “Bang a Gong”.
glam_rock_2 glam_rock_3

Quanto? R$ 29,90
Onde? https://www.amplycamisetas.com.br/masculino/estilos-musicais-masculino/rock/glam-rock.html
Onde acho mais disso? Amply


Ruca Souza deixa a MPB do Café Brasilis de lado e enfia o pé no rock em “Marte”

10551542_267644183425278_8550810935638721121_o

Líder de banda punk, frontwoman de trio focado na MPB e agora artista solo com influências de Nirvana, Ramones e Tequila Baby. Esta é Ruca Souza, que depois de anos à frente da banda Café Brasilis resolveu investir na carreira solo, buscando liberdade artística e deixar um pouco de lado a música popular brasileira pra enfiar o pé no rock. O disco “Marte”, primeira investida solo da artista, concorreu como Artista Revelação ao Prêmio da Música Catarinense, além de aparecer em algumas listas de Melhores de 2014 de Santa Catarina. O álbum será lançado em vinil e será acompanhado de uma turnê internacional.

Ruca entrou no mundo da música cedo: aos 17 anos já tocava na noite com a banda de punk Himen, um power trio só de garotas, onde tocava guitarra, cantava e compunha. Aos 20 anos, fundou a Café Brasilis, juntando com o Marcelo Maia na bateria e Camilo Garcia no baixo, que conheceu na faculdade e jornalismo. A banda gravou dois EPs e um disco (“Gibberish”) com esta formação e um EP na formação seguinte, com Lenon Cesar no baixo e Kika Deeke na bateria. Depois de 5 anos de banda, incluindo turnês e gravação de clipes, a catarinense resolveu investir na carreira solo.

Conversei com Ruca sobre sua carreira, a mudança de direção de seu som, cantar em português e os desafios de ser uma artista independente no Brasil:

– Como a banda começou?

A banda que está comigo na carreira solo começou mesmo no estúdio, nas gravações do disco “Marte”. O Lenon Cesar, que é baixista e faz os sinths, já tocava comigo na Café Brasilis. E o Jeff Otto foi apresentado para mim pelo produtor do disco, Alexandre Siquera.

– Quais são suas principais influências musicais?

Em relação às influencias de vida, que me levaram a fazer música, são Nirvana, Legião Urbana, Ramones, Tequila Baby, basicamente. Mas hoje em dia uma das bandas que mais me influencia é Band of Skulls. Principalmente os dois primeiros discos. George Harrison também me influencia bastante, gosto da forma como ele usa as últimas cordas da guitarra. Ouço várias outras coisas, mas poucas coisas realmente chegam ao ponto de influenciar, por eu já ter meio que um estilo próprio que quero seguir. Algo entre (ou uma mistura de) grunge e psicodelia.

10806271_322620691260960_8995636239644638629_n

– Como é o seu processo de composição?

O processo de composição é aleatório. Às vezes vejo algo, ou sinto, ou vivo algo e dá vontade de escrever uma letra, já pego a guitarra e faço a melodia e assim vai; a música “Sempre” foi assim. Às vezes faço só um riff que fico por muito tempo “chocando”, até que uma melodia casa com ele, e no fim a letra; foi o caso de ”Marte” Ou a letra vem, como poesia, e depois eu transformo alguns versos da poesia em música, e escrevo o resto; como na música “Guarda-chuva”, da Café Brasilis, que era uma poesia completamente diferente. Roubei os primeiros versos. Algumas músicas, como “A Pessoa Apaixonada”, vem inteira de uma vez só, como se baixasse um santo. Ou posso estar dirigindo e vir uma melodia na cabeça. Daí é o malabarismo de conseguir um sinal vermelho pra ligar o gravador do celular e cantar a melodia. Nessas horas são as horas que mais amo sinais vermelhos.

– Se você pudesse fazer QUALQUER cover, qual seria?

Tenho escutado bastante George Harrison, com o disco “All Things Must Pass”, e um dia desses bolei na cabeça uma cover de “My Sweet Lord”. Não ficaria tão “sweet” assim, seria um pouquinho mais pesada.

– O que te levou a transgredir a MPB que fazia com o Café Brasilis e cair no rock?

Eu tento sempre fazer um “rock nacional”, sabe. Mas acho que exagerei, colocando muitos ritmos regionais e começou a sair do rock que gosto de fazer: um pouco mais pesado, cru. Quando eu tinha 5 anos de idade, minha irmã era uma adolescente de 15 anos viciada em Legião Urbana. Ela tinha todos os discos em vinil e eu ouvia com ela. Acredito muito nesse tipo de rock nacional: com melodias interessantes e com poesia nas letras: tanto faz reflexiva, de amor, de protesto. O que vier. Mas que seja em português, e poético. Agora eu estou tentando voltar pra essa origem, um som mais power trio de rock.

– Parece que hoje em dia poucas bandas de rock novas estão cantando em português. Porque isso ocorre?

Eu, particularmente, acho que é muito mais fácil compor e cantar em inglês. Talvez porque o rock, apesar de ser um ritmo universal, teve sua origem na língua inglesa. Eu também tenho músicas em inglês (há uma no disco). Mas não acredito que o rock nacional vai conseguir mesmo se manter no mainstream com esse excesso de bandas cantando em inglês. Não sou contra, mas sei que pro publico massivo isso não rola. O fã brasileiro quer cantar com a música, quer que aquilo signifique profundamente pra ele, e por mais que muita gente saiba em inglês, esse significado profundo só acontece com a língua mãe. Isso em qualquer país.

– O rock pode voltar ao topo das paradas no Brasil?

Pode sim, e eu espero ser uma das pessoas responsáveis por isso. Pode parecer um pouco de presunção agora, porque sou minimamente conhecida. Em âmbito nacional, mesmo, muito pouco conhecida, quase nada. Mas não é isso que importa. Não é arrogância, nem desejo de fama. Pra mim isso é um tipo de missão. Desejo que muito mais pessoas por aí possam viver o que eu vivi por causa do rock 90: a partir do rock, conhecer a arte, a poesia, literatura, se interessar por coisas que vão além do entretenimento. Ou que são entretenimento e arte ao mesmo tempo. E sim, o rock consegue fazer isso, é um dos poucos ritmos musicais que consegue.

1618280_320574134798949_6806138986297445342_o

– Quais são as maiores dificuldades de ser uma artista independente?

Grana, com certeza. Leva muito tempo pra ti conseguir ter um trabalho de qualidade (CD gravado bom, clipe legal) e tu só consegue chegar em qualquer lugar se persistir, tendo outros trampos pra conseguir a grana necessária pra viver e sustentar a música. Hoje em dia os artistas independentes que circulam no Brasil não são 100% independentes. Ou tem ou tiveram pelo menos um selo, uma produtora que deu uma força pra conseguirem emplacar uma carreira. Acho que só os realmente viciados em música, que amam mesmo o que fazem, conseguem se manter por muitos anos de forma independente.

– “Marte” saiu no fim do ano passado. Você já está trabalhando em novas composições, estou certo?

Sim, sempre. Na verdade, o conceito do próximo disco já está pronto, o título, a ideia da capa, tudo mais. Mas me dei um prazo de 2 anos para gravar, porque não tive esse tempo na Café Brasilis, nem pro disco solo. Fizemos muitas coisas em seguida. Então quero, nesse tempo, trabalhar bem o disco Marte, até gastar! Hehehe. Fazer muitos shows, tvs, viajens, clipes. E daí, quando já não tiver mais o que fazer, gravamos o próximo disco. Até lá, as composições já estarão maduras o suficiente, bem arranjadas e pensadas.

– Vi um post seu que dava uma dica de que você está gravando algo em inglês. É isso?

Sim. Vou contar então: é a música “Marte” em versão inglês. Ano que vem vamos lançar o disco “Marte” em vinil numa turnê na Europa. Vamos tocar em um lugar especialmente famoso/histórico lá. Mas é segredo. Então resolvi fazer uma versão em inglês, que vai entrar como bônus track do disco, pra agradar o público de lá. A música “Marte” já está tocando por lá em português, eles já gostaram. Então em inglês, quem sabe, ela vá mais além.

1553245_302402453282784_7520669421305955544_o

– O que podemos esperar em 2015? :)

Muitos shows, produções audiovisuais, novos clipes. Nossa ideia é fazer uma pequena turnê de lançamento oficial do vinil “Marte” no Sudeste, mais do fim do ano. Já estamos negociando com um selo paulista, mas por enquanto é segredinho também. E pra turnê na Europa, a ideia é lançar um crowdfunding pra galera participar e nos ajudar com os custos, porque com o dólar na estratosfera mesmo, vai sair caro.

– Indique algumas bandas e artistas novos que você adora. Se possível, independentes! :)

Tem uma banda nova de Joinville/SC que traz bastante disso que falo sobre o rock nacional: letras interessantes em português e melodias ótimas. O nome da banda é Mosaico Adulto. Outra banda nacional que curto muito é a Fukai, de Natal/RN, que acabou de lançar o disco deles “Abaeté”. A Fukai antes compunha em inglês, e fizeram o EP deles em inglês. Agora, no primeiro disco, mudaram um pouco e fizeram a maioria das músicas em português. Achei isso sensacional e o disco está ótimo.

Os famigerados “complete os espaços” da música brasileira

Às vezes, o público se sente no direito de ajudar o compositor. Mesmo com a música pronta, rolando nas rádios, bombando, a galera faz questão de inventar um novo refrão, uma frase, uma palavra de ordem que “encaixe” na música.

Eu explico. Você deve conhecer algumas músicas que, ao vivo, ganham a indefectível participação da plateia. Como os “ô-ô-ô-ô” no começo de “Fear Of The Dark”, do Iron Maiden, ou os “ôôôôô” no refrão de “Pobre Paulista”, do Ira!. Tudo bem, Isso é bacana, promove interação entre músicos e plateia e ajuda a agitar o show. Porém, existe uma forma maligna de participação da plateia: a “frasezinha que completa”. Uma parte da letra que não está no CD, não foi escrita pela banda e que os músicos normalmente odeiam que sejam cantadas, mas que a multidão acha engraçadíssimo gritar nos shows. Entendeu? Não? Seguem alguns dos piores exemplos de músicas que ganham complementos. Entre parênteses, fica o que os renomados menestréis da plateia gritam a plenos pulmões.

– Kid Abelha – “Pintura Íntima
A canção pop açucarada dos anos 80 da trupe de Paula Toller foi sucesso em todo o Brasil. E todo mundo sabe: o que é sucesso ganha paródias e versões. Nesse caso, algum gênio do humor conseguiu deixar a musiquinha mais “divertida” para ser cantada no recreio da 3ª série.

“Fazer amor de madrugada
(Em cima da cama, embaixo da escada)
Amor com jeito de virada
(Primeiro a patroa, depois a empregada)”

i5dio

– Skank – “É Proibido Fumar
O Skank reinventou o clássico do rei perneta Roberto Carlos com uma levada meio Apache Indian, lembrando o sucesso “Boom-Shak-A-Lak”. O problema é que a versão chamou a atenção dos adolescentes, que resolveram deixar explícito o que ficava sutilmente subentendido na letra original. Afinal, duplo sentido é coisa de velho.

“É proibido fumar
(MACONHA!)
Diz o aviso que eu li”

giphy

– Tchakabum – “Olha a Onda (Tesouro de Marinheiro)
Baixei o nível aqui, mas foi necessário. Essa tem um dos exemplos mais clássicos de complemento feito por plateia. No caso, a massa enfurecida busca denegrir a imagem da garota citada nessa contagiante canção dos anos 90. Ah, e eu aposto que você sabe a coreografia desta música de cabo a rabo.

“Molhou o seu rostinho
(Cara feia!)
Molhou a barriguinha
(Barriguda!)
Molhou o seu pezinho
(Que chulé!)
Molhou todo o corpinho, deixe que eu vou te enxugar”

annoyed-gif-3246-19421-hd-wallpapers

– Legião Urbana – “Que País É Esse

A banda de Renato Russo também recebeu essa homenagem tão desnecessária. Provavelmente o vocalista ficava puto quando a plateia respondia após o refrão, já que ele aparentemente levava muito à sério suas canções. E, realmente, essa respostinha é das mais babacas da lista. Quem manda fazer um refrão interrogativo, doutor Renato?

Que país é esse?
(É a porra do Brasil!)

giphy (1)

– Ira! – “Dias de Luta

Este caso é especialíssimo, por isso vou encerrar com ele. Neste caso, a participação da plateia não responde ao refrão nem complemente a letra. Na verdade, os fãs criaram um refrão para “Dias de Luta”, seguindo o riff de Scandurra. Porém… o refrão que criaram é um lixo e não tem nada a ver com a música. A banda, inclusive, pediu à plateia que não cantasse o verso quando gravaram seu DVD.

“Porra, caralho
Cadê meu baseado”

S8sj4

 

P.S. – O Denis Romani me deu o toque de um “complete o espaço” regional. Quando o Skank toca “Garota Nacional” no Sul, o verso “eu quero te provar” é acompanhado de um “Mariana vagabunda!”. “Eu não entendi porra nenhuma quando fui no Planeta Atlântida“, disse ele. Parece que isso acontece em todos os shows do Skank por lá. Veja no vídeo que até Samuel Rosa comenta “a Mariana está processando o Skank, mas é a versão gaúcha, vamos fazer o quê?”.

Say-what

E você, conhece mais alguma música que ganha um “complemento” da plateia quando é apresentada ao vivo? Qual a que você mais odeia? Você curte? Responda nos comentários!

Pablo, “Porque Homem Não Chora” e outras sofrências

20141121173752149202u

No final de 2014, entrou em ação a famosa ~sofrência~ criada por Pablo do Arrocha com seu sucesso “Porque Homem Não Chora”. Depois de seu lançamento, surgiram diversos vídeos sobre o potencial que a canção citada tem em fazer qualquer um desabar em lágrimas acompanhando a voz do romântico Pablo pedindo para que sua companheira não implore, porque, afinal, homem não chora (CHORA SIM, SEU COVARDE!).

A dor de cotovelo, agora convertida em “sofrência”, faz com que qualquer um que se arrisque a ouvir a canção de Pablo não se aguente e chore, seja ele adulto, criança, cachorro ou até papagaio. Sim, o cantor de arrocha fez muitos deixarem as lágrimas rolarem, mas ele não é o primeiro. Vamos a alguns outros que também podem ser considerados hits da “sofrência”


 

Sofrência 1. Amado BatistaO Fruto do Nosso Amor

Esta aqui é um verdadeiro hino da sofrência. A história fala de um casal que é feliz e cheio de amor. A moça engravida, e Amado fica contente e ainda mais apaixonado. Porém, o destino é cruel, e pela vidraça da sala de cirurgia, ele assiste impotente enquanto sua amada esposa morre sem poder se despedir, sem ao menos deixar para ele o fruto de seu amor. É de cortar os pulsos. :(


 

Sofrência 2. Barros de AlencarPrometemos Não Chorar

“Prometemos Não Chorar” já começa com uma moça se esvaindo em lágrimas e soluçando loucamente. Afinal, Barros de Alencar a chamou para tomar um café e terminar o relacionamento. Porém, Barros é um cuzão de marca maior, e deixa tudo ainda mais doloroso para a garota, relembrando como eles se conheceram e falando pérolas como “cuidado, o garçom está vindo aí, os outros estão olhando” e “o seu café está esfriando”. Baita filho da puta.


 

Sofrência 3. Legião UrbanaVento No Litoral

Ah, a depressão. Não sei se Renato Russo tinha parado de ouvir Smiths e ido pro The Cure ou o que quer que tenha sido que o levou a escrever esta pérola da deprê. Já falaram que esta música é sobre um ex-namorado do cantor, que havia falecido, mas também existem diversas versões pra quem inspirou essa dor de cotovelo toda. Ah, e também tentam explicar o que diabos os cavalos marinhos fazem ali no final da letra.


 

Sofrência 4. Johnny CashHurt

A canção do Nine Inch Nails virou propriedade do homem de preto assim que ele a gravou, em 2002. “O que eu me tornei, meu querido amigo? Todos que conheço vão embora no final…” Se você levar em consideração que Cash gravou esta lá pro fim de sua vida, já debilitado (mas mantendo o incrível vozeirão) e ainda assistir o clipe, gravado depois da morte de sua amada June Carter e fazendo uma retrospectiva da vida do cantor… vai ser difícil segurar as lágrimas. Ô sofrência!


 

Sofrência 5 – R.E.M.Everybody Hurts

Esta aqui é difícil de ouvir sem chorar como um bebê. Eu mal consigo ouvir a introdução, inclusive (taí a dica, Pablo, dá uma ouvida!). Gravada em Automatic for the People, de 1992, a música te oferece um ombro amigo, dizendo que todo mundo sofre às vezes, todo mundo chora… Totalmente contradizendo Pablo. Homem chora sim, seu covarde. Todo mundo chora.

Navegação de Posts