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Amsteradio parodia o samba em seu disco “Fight For Your Right… to Samba” e renega comparações com Los Hermanos

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A Amsteradio veio do Rio de Janeiro, fez PUC, cria letras em português e cita Weezer entre suas experiências, mas não ouse compará-los ao Los Hermanos. “Dois terços da banda detesta eles”, disse o vocalista Gabriel Franco. Com letras divertidas e cutucadas certeiras na enxurrada de bandas que vieram surfando na onda dos barbudos cariocas, o Amsteradio apresenta seu rock cheio de influências de britpop, shoegaze e rock alternativo dos anos 90 em “Fight For Your Right… To Samba”, lançado em junho de 2014, e em seu recém-lançado novo single, “Pedante Bounce”.

A banda é formada por Gabriel Franco (guitarra e voz), Igor Duarte (baixo) e Antonio Cheskis (bateria) e está na ativa desde 2010. Conversei com Gabriel sobre a carreira da banda, Los Hermanos (só pra irritar) e rock em português:

– Como a banda começou?

A banda começou no final de 2010 quando estávamos na escola ainda. Eram 3 integrantes, Eu na guitarra (Gabriel), Antonio Cheskis na bateria e o Pedro Motta no baixo. Depois o Motta virou o segundo guitarrista e o Igor Duarte entrou no baixo. Lá pelo final de 2011 o Motta saiu e ficamos como um trio até então, e aí sim começamos a compor mais até que em 2012 gravamos e lançamos o primeiro EP (“Sino ou Pilotis”).

– Como surgiu o nome Amsteradio?

O nome surgiu de um grupo em que os nossos amigos usavam pra compartilhar música no Facebook. O nome que a gente usava antes era “POW!”, porque queríamos algo que remetesse a power pop, mas acabou que ninguém curtia o nome e alguém sugeriu Amsteradio. Não que Amsteradio seja um nome muito melhor (risos). Mas acabou ficando e é fácil de achar a gente no Google, se você souber como escreve o nome certo (esse é mais um problema).

– Quais são as principais influências musicais da banda?

Variaram um bocado ao longo do tempo de existência da banda. Mas algo que a gente ouvia desde o colégio e que todos os integrantes sempre gostaram é Libertines e Weezer. Acho que do que temos gravado até agora, essas duas as duas principais referências. Uma banda daqui do Rio, chamada Los Bife, também foi bem importante como inspiração, principalmente na parte do humor nas letras e aquela coisa toda. Depois começamos a diversificar mais nas influências, no disco acho que já entrou umas coisas mais surf rock, aquele reverb na guitarra e tal. Quanto às letras, eu sempre gostei daquele negócio cheio de referências e bem cotidiano, como essas músicas são antigas e muitas foram feitas entre 2011 e 2013, ainda têm muito daquela temática adolescente, e aí entram todos aqueles que serviram de inspiração, como o primeiro disco do Violent Femmes, o “Pinkerton” do Weezer e o primeiro dos Arctic Monkeys. Pras coisas novas eu acho que a gente tem assimilado algo dos anos 90, mais pro lado do Pavement ou sei lá, talvez um pouco de shoegaze também.

– As matérias que vi sobre a banda citam muito o Los Hermanos quando vão falar de vocês. Vocês foram influenciados por eles?

Poxa, sinceramente a gente não ouviu muito isso não. Inclusive, dois terços da banda detestam bastante Los Hermanos. Pessoalmente, acho que se a gente tirou algo deles foi do primeiro CD, que é bem diferente do resto. Acho que a gente ficou bem cansado da estética toda dos Los Hermanos e das bandas dos nossos conhecidos que vieram depois e resolveram adotar essa estética do brasileirismo e das melodias arrastadas. Inclusive as faixas que dão nome ao nosso disco, as “Samba Part.1” e “Samba Part.2” são paródias de uma banda dessas “pós-Los Hermanos”, a gente tá fingindo tocar e cantar como uma dessas bandas e dá uma zoada nelas na letra.

Talvez quem fale que lembra Los Hermanos é apenas pelo fato de sermos cariocas, estudarmos na PUC e aquela coisa, mas isso é meio preguiçoso de se comparar, porque sinceramente quem conhece bem Los Hermanos e conhece bem nossa banda, saca que não tem muito a ver não (risos).

– Como é o processo de composição de vocês?

Normalmente eu faço um esboço da música e letra em casa e no ensaio a gente termina, com todo mundo opinando e criando sua parte até chegar no resultado final e a gente ficar satisfeito.

– As letras bem-humoradas saem naturalmente ou vocês já compõem buscando que as músicas sejam dessa forma?

O tal do humor nas letras começou com a fato de que quando formamos a banda, queríamos fazer algo que nossos amigos próximos da escola pudessem curtir e achar divertido. Daí entram aquelas referências e os arquétipos da Menina Indie, do maconheiro que termina a noite no Fornalha, as saídas por Botafogo, o bairro que a gente frequenta, e por aí vai. As pessoas riem porque se identificam e já viveram algo parecido com aquilo, até porque as coisas que a gente relatou em sua maioria aconteceram de verdade. Acho que o humor sai naturalmente, até porque se a gente quiser compor uma coisa mais triste, vai sair tão natural quanto, porque eu escrevo sobre o que eu acho relevante no momento, a gente nunca se considerou uma banda de “rock comédia”, longe disso na verdade. Nos próximos lançamentos não vai ter tanto bom-humor assim, pode ser que haja ainda uma certa ironia nas letras, mas acho que está mais perto de um mau-humor do que de um bom-humor.

– O trocadilho com Beastie Boys no título “Fight For Your Right… to Samba” é incrível.

Então, existe essa música dos Beastie Boys chamada “Fight For Your Right (To Party)” que parodia os grupos de hair metal na época. Houve um grande mal entendido com ela e acabou que o próprio público que eles estavam zoando curtiu a música, transformou ela num hino, e não entendeu a paródia. A gente tentou fazer algo parecido, só que com o tal do “indie-sambinha”, esse negócio, muito frequente por aqui no Rio de que você tem que colocar brasileirismo em tudo pra ser relevante. Aí nossos conhecidos metem uma escaleta, e um pandeiro no meio de uma música que não tem nada a ver só pra soar mais brasileiro. A gente achou que essa parada tava saturada demais e tava começando a ficar muito farofa, e resolvemos dar uma gastada neles. Aí criamos a música “Samba Part.1” em que a gente simula tocar igual a uma banda desses conhecidos e brincamos com a atitude deles na letra. Em “Samba Part. 2” vem o verso que dá nome ao cd: “Fight For Your Right (TO SAMBA)”. É a mesma ideia que os Beastie Boys tiveram na época de zoar seus contemporâneos ou assim como o Blur fez em “Song 2” parodiando o grunge. Eu tava ciente de que muita gente poderia não pegar a piada, e muita gente não pegou, mas essa que é a graça, porque nego ouve a “Samba Part 1” sem prestar atenção, ou não ouve o álbum todo, o que é super normal, e não saca que a gente na verdade tá gastando quem curte indie-sambinha.

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– Se vocês pudessem fazer QUALQUER cover, qual seria?

Eu queria tocar qualquer coisa do Pavement (risos). Mas acho que se for pra pegar algo que a banda toda curta, a gente tocaria alguma menos óbvia no Norvanão ou do Sonic Youth, Weezer antigo, ou sei lá.

– Parece que hoje em dia poucas bandas de rock novas estão cantando em português. Porque isso ocorre?

O português soa meio estranho aos ouvidos às vezes. Nem todas as melodias ficam boas de verdade em português e muita coisa que você escreve pode soar meio ridícula. Tem que se tomar mais cuidado ao escrever em português e aí muita gente acaba cantando em Inglês porque realmente é mais confortável. Outro motivo é que hoje, com internet, se você cantar em inglês pode atingir um público mais amplo, e aí é com cada um, se a banda busca isso, tudo bem também. Eu tinha mais problema com banda brasileira que cantava em inglês há uns anos atrás, mas deixei isso de lado, tem muita coisa interessante por aí, é besteira ficar com preconceito por isso.

– O rock pode voltar ao topo das paradas no Brasil?

Hoje o mercado é dominado por sertanejo universitário e o funk. Acho que o Rock vai ficando cada vez mais de nicho. Não creio que vá atingir um público tão grande quanto o sertanejo e funk tão cedo, e sinceramente as bandas de “Rock” e estão assinando com as gravadoras maiores tipo Banda Malta, Suricato e essas coisas, a gente acha um saco.

Mas é por aí, é um público de nicho e é limitado. Mas mesmo que não volte a ser algo super relevante como nos anos 80, ainda tem muita coisa boa, tipo Apanhador Só e O Terno, eu consigo ver alguma dessas duas com algum single que possa atingir mais gente algum dia.

– Quais são as maiores dificuldades de ser uma banda independente?

Tem que gastar muito dinheiro, tudo é caro pra caramba. Acho que esse é o principal problema (risos).

– Vocês estão em turnê atualmente?

Atualmente não, mas depois que lançarmos nosso próximo material, queremos ir pra São Paulo inicialmente e aonde mais for possível. Tem uma boa galerinha de internet ouvindo a gente por aí e dá muita vontade de fazer show pra esse pessoal.

– Quais são os próximos passos da Amsteradio?

Terminar o nosso single duplo novo e fazer um clipe pra ele. Vai ser um clipe duplo, tipo um curta pra essas duas músicas que se ligam. Tá meio diferente e mais viagem. A primeira música inédita é uma versão mais dream pop e mais triste do Amsteradio antigo, e a segunda é um shoegaze bizarro.

Ouça mais do Amsteradio aqui:

Conheça os grandes casos de desinteligência, porradaria e tretas encarniçadas entre músicos e bandas

Não, o post não é um esquema Ratinho pra aumentar a audiência do blog. Não, não é um episódio musical de Casos de Família. Porém, há uma semelhança: brigas sem muito motivo, picuinhas e às vezes até voam uns sopapos. Hoje, uma pequena lista das inúmeras tretas que sempre rolam entre músicos e bandas.

Miley Cyrus vs. Sinéad O’Connor

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Quem começou foi a popular rasgadora de fotos do Papa e cantora do hit “Nothing Compares 2 U”. Ela postou uma carta aberta em sua página do Facebook descendo a lenha em Cyrus, dizendo que a ex-Hannah Montana devia tomar cuidado pra não ser explorada pela indústria da música: “A indústria não dá a mínima para você, ou para qualquer uma de nós. Eles vão prostitui-la por tudo que você vale e facilmente vão fazer você pensar que isso era o que VOCÊ queria… e quando você acabar em uma clínica de reabilitação por ter sido prostituída, ‘eles’ vão estar em seus iates em Antígua, que eles compraram com a venda de seu corpo, e você vai se sentir muito sozinha”. Cyrus então ironizou o transtorno bipolar de O’Connor em mensagens do Twitter, e Sinéad respondeu com a frase “Quando você acabar na ala psiquiátrica ou reabilitação, eu vou ficar feliz em visitá-la”. Ouch.

Mariah Carey vs. Nicki Minaj

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Em 2012, alguém teve a ideia de colocar Mariah Carey e Nicki Minaj como juradas do programa American Idol. No papel, parece inclusive uma boa ideia, certo? É, mas não deu. As duas se estranharam desde o começo, inclusive chegando a um momento em que Minaj saiu do estúdio puta da vida dizendo que não aguentava mais trabalhar com a “alteza”. Carey então contratou uma equipe de seguranças, pois se sentia “insegura” perto da rapper. Em 2013, a rapper continuou cutucando no Twitter: “Ela está triste porque eu conquistei o recorde dela no Hot 100 em apenas três anos de carreira. Sim, uma rapper feminina negra.  O que você precisa questionar é o motivo de uma mulher tão bem-sucedida na idade ela ainda é tão insegura e amarga”

Kurt Cobain vs. Axl Rose

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Tudo começou graças à encrenqueira grunge preferida pela garotada. No VMA de 1992, Courtney Love viu Rose passando enquanto ela segurava a filha dela e de Kurt, Frances Bean. Ela imediatamente começou a berrar para ele: “Ei, Axl! Axl! Olha aqui! Você é o padrinho!”. O frontman do Guns’n’Roses então parou e falou para Kurt Cobain: “Controle sua mulher, por favor”, o que Kurt respondeu repetindo a frase com ironia para Love. Após a apresentação do Nirvana tocando “Lithium” naquela noite, Dave Grohl foi ao microfone pra aumentar a cutucada. “Cadê o Axl? Axl, cadê você? Ah, ali! Oi Axl! Oi Axl! Oi Axl!”, repetia.

Justin Bieber vs. Patrick Carney

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Tudo começou quando o TMZ foi atrás do baterista do Black Keys durante o Grammy de 2013 perguntando o que ele achava da falta de indicações de Justin Bieber na premiação. Sim, eles cutucaram porque querem ver sangue, todo mundo sabe. Carney deu o que eles queriam: “Bom, ele é rico, certo? Os Grammys são para, tipo, música, não por dinheiro… e ele está ganhando muito dinheiro. Ele deveria estar feliz, acho”. Bieber ficou putinho e no dia seguinte falou que o baterista deveria “levar uns tapas”. E seus fãs caíram matando em cima de Carney, lógico.

Kid Rock vs. Tommy Lee

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Chegamos à primeira briga onde rolou porradaria, violência e vias de fato. Ambos já tiveram relacionamento com a ex-Baywatch Pamela Anderson, e pelo jeito a moça foi o motivo de toda a treta. Quando eles se trombaram no VMA de 2007, começaram a se xingar loucamente e Kid Rock desferiu o primeiro soco. Pelo que dizem, parecia briga de colégio e o negócio teve que ser separado pelos seguranças da Mtv. Tsc, tsc…

Gene Simmons vs. Carlos Santana

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E olha que quem começou dessa vez nem foi o encrenqueiro Simmons. Santana fez o comentário de que Gene “não é um músico, é um cara do entretenimento. Kiss é entretenimento de Las Vegas, então ele não sabe o que é música, de qualquer forma. É por isso que ele veste todas aquelas coisas lá”. No começo, o baixista do Kiss deixou quieto (“Nem todo mundo gosta da mesma refeição”), mas depois caiu de pau: “Estou cansado de bandas como a de Carlos Santana olhando para seus próprios sapatos e achando que aquilo é um show de rock”.

Blur vs. Oasis

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Uma briga clássica dessas não poderia ficar de fora. As duas grandes bandas do britpop nunca se bicaram e quando ambos lançaram singles no mesmo dia (“Country House” do Blur e “Roll With It” do Oasis) a coisa foi ficando mais feia. Noel Gallagher sempre cutucava o Blur, que ironicamente dedicava seu prêmio do Brit Awards de 1995 ao Oasis. Noel respondeu com a fineza que lhe é peculiar: “Espero que Damon Albarn e Alex James peguem AIDS e morram”. Hoje em dia, incrivelmente, a briga mais popular da Inglaterra parece ter acabado com Noel Gallagher tendo inclusive feito uma participação junto com Damon Albarn em “Tender”, do Blur, em um evento de caridade.

Dave Grohl vs. Courtney Love

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Desde que Kurt Cobain morreu, Courtney Love não deu uma colher de chá para o ex-baterista da banda de seu marido. O líder do Foo Fighters já teve que ouvir Love clamar para que todo o público do seu show gritasse “os Foo Fighters são gays” (senão ela ia embora do show), disse que Grohl deu em cima de Frances Bean, filha dela e Kurt (o que Frances e Grohl negaram), entre muitas outras coisas que só a líder do Hole é capaz. Recentemente eles “fizeram as pazes” durante a cerimônia de indicação do Nirvana ao Rock and Roll Hall Of Fame.

Michael Jackson vs. Paul McCartney

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Outra briguinha clássica. Sim, todo mundo concorda que o Jacko deu motivos pra Paul odiá-lo. Eles eram amigos, faziam parcerias e até clipes super-amiguinhos como “Say Say Say”. Pois aí McCartney deu a dica a Jackson: “compre direitos de músicas, é um puta negócio”, ele disse. Michael Jackson não é bobo nem nada e aproveitou para comprar os direitos de todas as músicas… dos Beatles. Dá pra entender porque Paul ficou chateado e as relações dos dois ficaram estremecidas desde então.

Vivian Campbell vs. Ronnie James Dio

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Sim, até com o Dio o povo consegue implicar. O ex-guitarrista da banda Vivian Campbell disse que Dio era uma das pessoas mais vis da indústria musical, e Dio respondeu que Campbell, que foi para o Def Leppard, é um “fucking asshole, a fucking piece of shit”. Campbell diz que as declarações contra Dio são devido ao fato de que ele foi excluído da banda. Após a morte de Dio, Campbell se reuniu com a banda para tocar com outro vocalista. “Esses riffs são meus e eu quero continuar a tocá-los”.

Sammy Hagar vs. Dave Lee Roth

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Uma briga digna de Celebrity Deathmatch. Os dois vocalistas do Van Halen (vamos fingir que a fase com Gary Cherone nunca existiu, assim como a banda faz) adoram trocar farpas desde que Sammy entrou em cena. Diamond Dave adorava falar que “Sammy é como o segundo Darrin de ‘A Feiticeira'” e que “Ao contrário dele, nunca preciso cantar músicas que não são minhas nos shows”. Já Hagar chamou Roth para a porrada. Seria interessante, já que Sammy é boxeador e Roth fã de artes marciais. Seria quase um MMA, vejam só.

Stephen Malkmus vs. Billy Corgan

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Stephen Malkmus fez a singela letra de “Range Life”, do clássico disco “Crooked Rain, Crooked Rain” do Pavement. “Out on tour with the Smashing Pumpkins / Nature’s kids, they don’t have no function / I don’t understand what they mean / And I really could really give a fuck”. Como Billy Corgan é irritadinho, não deixou quieto. “Acho que isso é inveja”, disse Corgan. “As pessoas não se apaixonam pelo Pavement. Elas gostam de Smashing Pumpkins, Hole ou Nirvana, porque essas bandas significam algo para eles”. Sim, Corgan ainda fica falando sobre o assunto até hoje.

Chorão vs. Marcelo Camelo

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Chorão sempre foi reconhecido por ser esquentadinho e adorar dar uma de machão pra cima dos outros. Entre suas brigas, estavam Marcelo Falcão d’O Rappa e até Badauí do CPM22, a quem o Marginal Alado dirigiu a frase “Quem esse CPM22 pensa que é? É um bando de playboys. Badauí, se você cruzar no meu caminho, tá ferrado”. Mas o caso que mais repercutiu foi com Marcelo Camelo. O líder do Los Hermanos deu uma entrevista dizendo que “esse negócio de fazer comercial para Coca-Cola é um desdobramento da indústria, a gente rejeita esse negócio de vender atitude”, sendo que o Charlie Brown Jr. havia feito uma propaganda para o refrigerante. As duas bandas participaram do festial Piauí Pop em 2004 e Chorão foi tirar satisfações com Camelo no aeroporto, acertando-lhe um soco no olho. Segundo as matérias da época, o caso ainda teve Rodrigo Amarante correndo atrás de Chorão no aeroporto, uma cena hilária de se imaginar.

LSJack vs. Art Popular

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Ah, as tretas no aeroporto. Em 2003, o LSJack e o Art Popular já tinham inaugurado essa modalidade em uma briga generalizada no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Nada melhor pra explicar toda a briga do que deixar os depoimentos do empresário Edgar Santos para a Folha de S. Paulo falarem por si. “Eles achavam que o Leandro Lehart [vocalista] tinha feito críticas ao novo CD do LS Jack, mas ele estava comentando o novo CD do Ed Motta, e não o do LS Jack. Eles não quiseram trocar uma idéia. O Márcio [Art] tomou um soco na cara do vocalista do LS Jack [Marcus Menna], que chegou a quebrar seus óculos”. Fica a dúvida: quando o Ed Motta vai cobrar satisfações da banda que criou “Pimpolho”?

Meninas Superpoderosas

Entrei numas de ficar quase diariamente fuçando em bandas underground. Sejam novas, velhas, sem gravadora, sem dinheiro, sem instrumentos, tanto faz: o importante é que sejam legais e façam um som foda. Existe muita música boa rolando por aí enquanto o Gene Simmons insiste que o rock morreu (mas continua fazendo turnê com o KISS, afinal, foda-se a coerência).

Já que eu não gosto de guardar essas coisas maravilhosas pra mim, vou compartilhar com vocês apenas as bandas que me surgiram nos fones no dia de hoje. Todas ótimas e merecem ser ouvidas! Hoje, por um acaso são só bandas com vocais femininos, uma BEM diferente da outra.

Mother Feather – Uma das bandas que ainda acha que o visual importa tanto quanto o som. A banda nova iorquina formada por Ann Courtney e Elizabeth Carena nos vocais, Matt Basile no baixo, Chris Foley na guitarra e Gunnar Olsen na bateria está na ativa desde 2010 e bebe muito na fonte do glam rock e do som de grandes mulheres como PJ Harvey.

 

Velta – O trio do Brooklyn é mais puxado para o alternativo dos anos 90, citando como influências Superchunk, Big Star, Pavement e Fountains of Wayne. Aliás, eles se descrevem como “se o Superchunk e as Ronettes tivessem um filho”. Formada por Emmy Wildwood na guitarra e vocais, Zach Jones na bateria e voz e Derek Blauser no baixo e na ativa desde 2011.

 

Butcher Babies – Com esse nome singelo e formado por ex-coelhinhas da Playboy, essa é de longe a mais pesada das três. E a porrada come solta sem dó. Formada pelas vocalistas Heidi Shepherd e Carla Harvey, o guitarrista Henry Flury, o baixista Jason Klein e o baterista Chris Warner, a banda de Los Angeles deixa qualquer música atual do Slipknot no chinelo. Na ativa desde 2010.

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