Crush em Hi-Fi

Música, trilha sonora, CDs, discos, DVDs, mp3, wmas, flac, clipes, ruídos, barulho, sonzera ou como quer que você queira chamar.

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20 das piores versões em português já feitas para músicas internacionais

PsyLatinoNovamente, voltamos à pauta das covers e versões. No garimpo que fiz para preparar os posts sobre o tema, me deparei com algumas que são covers “traduzidas” e outras que transformam completamente o sentido da canção original. Lógico que não somos só nós, brasileiros, que fazemos isso (temos o exemplo de “Ai, Se Eu Te Pego” que foi coverizada em diversas línguas). Mas quando conseguimos fazer uma versão horrenda… ah, é de doer os ouvidos.

Separei 20 das piores versões em português para músicas internacionais. Levei em consideração a adequação ao tema original, métricas e como a versão conseguiu transformar o que a original dizia. Algumas são dignas de enfiar uma agulha de tricô ouvido adentro sem dó. Prepare-se.

Original: “Surfin USA”, dos Beach Boys
Versão brasileira: “Surf É O Que Eu Sei”, de Juba e Lula

Dá pra dar um desconto pra esta primeira, já que é uma versão de Juba e Lula, a dupla protagonista de Armação Ilimitada. E não dá pra esperar grandes arroubos de genialidade do duo apaixonado por Zelda Scott, certo? A versão em português para o hit do Beach Boys chupado de “Sweet Little Sixteen” do Chuck Berry tem de tudo: rimas pobres, transformação da letra original e gírias malandrovskis que não se usa mais. Um clássico.

Original: “If everybody had an ocean / Across the USA / Then everybody’d be surfin’ / Like California / You’d seem ‘em wearing their baggies / Huarachi sandals too / A bushy bushy blonde hairdo / Surfin’ USA”
Versão: “Eu não fugi da escola / Uma zero nunca tirei / Meu professor ta de prova / Que eu sempre me esforcei / Até entendo de história / E saco português / Mas quando chego na praia / Surf é o que eu sei”


Original: “Wind of Change”, dos Scorpions
Versão brasileira: “Como o Vento”, do Yahoo

No começo, a versão do Yahoo parece um xerox perfeito dos Scorpions, dando inclusive para confundir as duas. Até que entra a voz em português e pronto: você está prestes a ouvir a música sobre a queda do Muro de Berlim ser transformada em uma baba romântica de deixar Julio Iglesias encabulado. Aliás, o Yahoo era especialista nessas coisas.

Original: “Take me to the magic of the moment / On a glory night / Where the children of tomorrow dream away /
In the wind of change”
Versão: “Vento, diz pra ela: “Eu te amo / Só agora eu sei / Eu te amo como nunca eu te amei / Eu também mudei”


Original: “Gangnam Style”, de Psy
Versão brasileira: “Laçar Puxar Beijar (Despedida de Solteiro)”, de Latino

Latino havia feito uma divertida versão para “Dragostea Din Tei” que tomou o Brasil: “Festa No Apê” trouxe o cantor de volta à mídia e às paradas de sucesso. Aí ele resolveu apostar no filão “versões em português para músicas”. Tentou com “Simarik”, do Tarkan e “Chacarron”, mas o fundo do poço foi quando o ex-funkeiro de bigodinho resolveu transformar o hit sul-coreano “Gangnam Style” em uma história de péssimo gosto sobre uma despedida de solteiro. Não funcionou e o vídeo foi um dos mais odiados na época.

Original: “Eh sexy lady / Op, op, op, op oppan Gangnam style / Ehh sexy lady, oh, oh”
Versão: “Hey, eu quero sexo / Vou te pegar / Hey, eu quero sexo / Pra galopar”


Original: “Linger”, dos Cranberries
Versão brasileira: “Se a Gente Se Entender”, da Angélica

O disco de 2001 de Angélica foi também seu último. O quanto disso se deve à versão assombrosa para “Linger”, dos Cranberries, eu não sei, mas acho que foi bom parar. A intenção era agradar o público adulto e deixar o visual “infantil” pra trás, mas só conseguiu irritar bastante os fãs dos Cranberries. Ah, e cantar no Caldeirão do Huck.

Original: “You know I’m such a fool for you / You got me wrapped around your finger / Do you have to let it linger? /
Do you have to, do you have to, do you have to let it linger?”
Versão: “Será que você / Também não soube resolver / Quem sabe se a gente se falasse / Fosse mais fácil entender / Bem mais fácil, é mais fácil / Se a gente se entender”


Original: “Eye In The Sky”, do Alan Parson’s Project
Versão brasileira: “Um Mundo Só Pra Nós”, do Gáz

Essa aqui doeu só de ouvir. Sério, ouça a original e a versão na sequência e tente não rir da versão do Gáz. Aliás, quem é Gáz? Bom, o mais importante é que sumiu do mapa.

Original: “I am the eye in the sky / Looking at you / I can read your mind / I am the maker of rules / Dealing with fools / I can cheat you blind”
Versão: “Eu sou a chama que vai / Buscar o futuro de tempos atrás / Um oceano de luz com barcos escuros / Distante do cais”


Original: “Jealous Guy”, de John Lennon
Versão brasileira: “Ciúmes de Rapaz”, de Markinhos Moura

É, Lennon, você não tem sossego mesmo. A versão de Markinhos Moura pra “Jealous Guy” até tenta pegar a letra e deixar fiel à original, mas não consegue. Só o título já mostra o que vem por aí.

Original: “I didn’t mean to hurt you / I’m sorry that I made you cry / Oh, no, I didn’t want to hurt you / I’m just a jealous guy”
Versão: “Eu construí mil muros, eu destruí um coração / Foi sem querer, coisas de rapaz / Ciúme, e nada mais”


Original: “Ben”, de Michael Jackson
Versão brasileira: “Meu Bem”, de Jairzinho & SImony

Poxa, gente. Acho que essa aqui merecia uma salva de palmas apenas por transformar o nome “Ben” em “bem”, uma manobra tão sem-vergonha que não dá pra não rir. Ah, a musiquinha de amizade que Michael fez (pra um rato, mas vamos relevar isso) virou uma canção de amor do casalzinho do Balão Mágico e ganhou um arranjo cheio de tecladinhos desnecessários oitentistas.

Original: “Ben, most people would turn you away / I don’t listen to a word they say / They don’t see you as I do / I wish they would try to / I’m sure they’d think again / If they had a friend like Ben”
Versão: “Bem tem tanta coisa pra fazer / Bem tem tanto tempo pra passar / Bem agora é so brincar / Brincar de namorar / Gostar de te dizer / E de te chamar meu bem”


Original: “Vicious”, de Lou Reed
Versão brasileira: “Vi Shows”, do Hanoi Hanoi

Essa aqui é um sacrilégio tão grande que não dá nem pra descrever. Transformaram o clássico de Lou Reed em poesia barata e mesmo o arranjo original perdeu todo seu ritmo. Precisando de um indutor de vômito? “Vi Shows” foi feita pra isso. Prepare o estômago.

Original: “Vicious, you hit me with a flower / You do it every hour / Oh, baby you’re so vicious”
Versão: “Vi shows / De gente tão drogada / Virando a madrugada / Atrás de pó e de amor”


Original: “Stumblin’ In”, de Chris Norman e Suzi Quatro
Versão brasileira: “Seguindo Você”, de Rodrigo Otarola

A parceria de Suzi Quatro e Chris Norman virou uma letra cheia de clichês em “Seguindo Você”, de Rodrigo Otarola. Aliás, “Otarola” é um anagrama de “A lorota”. Sei lá, achei legal citar isso. Ah, a rima de “você” com “você” no começo é um primor de criatividade.

Original: “Our love is alive, and so we begin / Foolishly laying our hearts on the table / Stumblin’ in”
Versão: “Te amo demais / Me amarro em você / Fico tão triste andando sozinho / Lembrando você”


Original: “Hey Jude”, dos Beatles
Versão brasileira: “Hey Jude”, de Kiko Zambianchi

Lembra dessa? Chegou a tocar nas rádios e foi trilha da novela “Top Model”. Já que John ganhou a versão horrenda de Markinhos Moura, como Paul ficaria de fora? Sabe a vida? Ainda é bela.

Original: “Hey, Jude, don’t make it bad / Take a sad song and make it better”
Versão: “Hey, Jude / pra que chorar? / Sabe a vida? / Ainda é bela”


Original: “YMCA”, do Village People
Versão brasileira: “Eu Sou Mais Eu”, do The Fevers

Em 1979, o The Fevers teve a péssima ideia de adaptar “YMCA”, a música do quinteto de fetiches Village People que estourou nas pistas de dança e até hoje toca em festas e casamentos. Não preciso dizer que a versão é desastrosa, né?

Original: “Young man, there’s no need to feel down / I said, young man, pick yourself off the ground / I said, young man, ‘cause you’re in a new town / there’s no need to be unhappy”
Versão: “Diga, que eu não sirvo mais pra você  / Diga, que eu só quero é meu prazer / Diga, egoista eu sou, eu só penso em mim somente”


Original: “Amada Mia Amore Mio”, de El Passador
Versão brasileira: “A Magra e a Gorda”, de Alberto Kelly

Tenho quase certeza que você não conhece nem a original, nem a versão, neste caso. Mas faça o seguinte: ouça as duas e veja como Alberto Kelly transformou uma letra dançante sobre amor em uma música anti-gordinhas de péssimo gosto.

Original: “Amada mia, amore mio”
Versão: “A magra é minha, a gorda é tua”


Original: “Killing Me Softly”, de Roberta Flack
Versão brasileira: “Faz Eu Perder o Juízo”, de Zezé di Camargo

Essa aqui devia ser crime inafiançável. Pegar uma música linda como “Killing Me Softly” e transformar em um pastiche pálido e cheio de afetação com letra brega e clichê? Não pode fazer uma coisa dessas, Zezé…

Original: “Strumming my pain with his fingers / Singing my life with his words / Killing me softly with his songs”
Versão: “Faz eu perder o juízo / Mexe com o meu coração / Faz eu perder o sentidos”


Original: “Take My Breath Away”, do Berlin
Versão brasileira: “Se É Amor Não Sei”, de Cleiton & Camargo

Não é só Zezé di Camargo que canta versões horríveis: seus irmãos também curtem dar uma estragadinha em músicas estrangeiras. Essa aqui eu descobri sem querer, em uma festa junina da Portuguesa em que a dupla cantou, lá por 1998.

Original: “Watching every motion / In my foolish lover’s game / On this endless ocean / Finally lovers know no shame / Turning and returning / To some secret place inside / Watching in slow motion / As you turn around and say”
Versão: “Uma luz azul tocou meu peito outra vez / Mas meu coração lembrou do que você me fez / Sinto medo da paixão de novo me tocar / E molhar de solidão o sol do meu olhar”


Original: “Grease”, de Frankie Valli
Versão brasileira: “Assim Que Eu Sou”, do Polegar

Não confundir com o hit “Sou Como Sou”, também do Polegar. A boy band fez uma versão da música de abertura do filme Grease começando com a frase “Eu mato a cobra e ainda mostro o pau”. Supimpa.

Original: “I solve my problems and I see the light / We got a lovin’ thing / We gotta feed it right”
Versão: “Eu mato a cobra e ainda mostro o pau / a minha geração / não dá resfresco, não”


Original: “I Should Be So Lucky”, de Kylie Minogue
Versão brasileira: “Acho Que Sou Louca”, de Simony

Outra que merece palmas por manter a fonética e mudar completamente o sentido original da letra. Só sendo louco mesmo pra aguentar Simony cantando essa em sua tentativa de transição de estrela infantil para cantora adulta.

Original: “I should be so lucky / Lucky, lucky lucky”
Versão: “Acho que sou louca/ Louca, louca louca”


Original: “So Lonely”, do Police
Versão brasileira: “Solange”, de Léo Jaime

Uma das melhores músicas do início do Police foi transformada por Léo Jaime. A transformação fonética de “So Lonely” em “Solange” chega a ser engraçadinha, mas é realmente uma das piores coisas que já foram feitas em território nacional em matéria de versão em português. É de ranger os dentes.

Original: “But I just can’t convince myself / I couldn’t live with no one else / And I can only play that part / And sit and nurse my broken heart / So lonely / So lonely”
Versão: “Eu tento me esparramar / E você quer me esconder / Eu já não posso nem cantar / Meus dentes rangem por você / Solange, Solange”


Original: “Unbreak My Heart”, de Toni Braxton
Versão brasileira: “Um Sonho a Mais”, de Jayne

Quem é a cantora Jayne? Eu realmente não sei. Mas ela é responsável pela horripilante “Um Sonho a Mais”, uma versão de “Unbreak My Heart” cheia de verbos no infinitivo pra rimar. De deixar Badauí com inveja. Tem um combo de “sonhar”, “amar” e “tocar” que realmente só com muita alma poética pra aguentar.

Original: “Unbreak my heart / Say you’ll love me again / Un-do this hurt you caused / When you walked out the door / And walked outta my life / Uncry these tears / I cried so many nights”
Versão: “Um sonho a mais / Diz que ainda me quer / Me faz pensar que estou com você / E que vou nesse sonho te amar / Me faz sentir / Só quero te tocar / Me faz sonhar”


Original: “Please Mr. Postman”, das Marvelettes
Versão brasileira: “Carona”, de Sula Miranda

A música que ganhou versões de sucesso com os Beatles e os Carpenters também ganhou versões medonhas como a de Sula Miranda, onde o carteiro é transformado em caminhoneiro e o sentido original da música vai pro saco, junto com qualquer resquício de bom gosto. Eu também poderia citar a versão horrenda de Supla para a mesma música, que virou “Carolina” no disco “Menina Mulher”, mas preferi falar sobre o Papito no próximo tópico.

Original: “Oh yes, wait just a minute mister postman / Wait, wait mister postman / (Mister postman look and see) oh yeah /
(If there’s a letter in the bag for me) / Please mister postman / (I’ve been waiting a long long time) oh, yeah / (Since I heard from that girl of mine)”
Versão: “Stop oh! yeh! pare aí caminhoneiro / oh! oh! oh! caminhoneiro / Quando te vi quase enlouqueci (oh! yeh!) / Naquela curva esperando por mim (oh! meu caminhoneiro) / Gata agora vou te conquistar (oh! yeh!) / Minha boléia é feita pra amar”


Original: Várias
Versão brasileira: O disco “Menina Mulher”, do Supla

A vigésima posição não poderia ser diferente. Supla, depois de se reerguer graças ao “Piores Clipes do Mundo” e a “Casa dos Artistas”, resolveu lançar seu próprio “disco de covers”. Mas ele não parou nas covers: seu disco “Menina Mulher”, de 2004, é todinho de versões em português (exceto “Aquela Sexta-Feira”, autoral). Então, temos pérolas como “Cenas de Ciúme”, uma versão de “I Ran” do Flock Of Seagulls e a já citada “Carolina”, de “Please Mr. Postman”, além de “Verão de Dezembro”, versão estranha de “Return To Sender” do Elvis Presley. Esse aqui é uma aula de como fazer versões que transformam completamente a música. Vale a pena ouvir inteiro.

1. “Menina Mulher (I’m the Leader of this Gang)” (lançada originalmente por Gary Glitter) 2:17
2. “Cenas de Ciúmes (I Ran)” (lançada originalmente por A Flock of Seagulls) 3:08
3. “Eu Já Não Quero Mais (I Won’t Let You Down)” (lançada originalmente por Ph.D.) 3:00
4. “Aquela Sexta-feira” 1:55
5. “Baby Doll (Baby Talk)” (lançada originalmente por Billy Idol) 3:01
6. “Coração em Chamas (Wicked Game)” (lançada originalmente por Chris Isaak) 4:44
7. “Verão de Dezembro (Return to Sender)” (lançada originalmente por Elvis Presley) 1:56
8. “Virginia (Heartbreaker)” (lançada originalmente por Pat Benatar) 2:20
9. “Tina (I Want You to Want Me)” (lançada originalmente por Cheap Trick) 2:34
10. “Carolina (Please Mr. Postman)” (lançada originalmente por The Marvelettes) 1:57
11. “Tititi (Shake It Up)” (lançada originalmente por The Cars) 2:49
12. “Paixão pra Esquecer (Flowers by the Door)” (lançada originalmente por TSOL) 3:11
13. “Telefone (Hanging on the Telephone)” (lançada originalmente por Blondie) 2:04

T-Shirtaholic: “I Bet That You Look Good On The Dancefloor”, “Chimbinha Van Halen” e “I Am The Walrus”

A primeira camiseta de hoje faz referência ao primeiro grande hit dos Arctic Monkeys, da época em que eles só queriam tocar suas músicas bem rápido e ainda não eram apadrinhados pelo Josh Homme. Hoje em dia tem muito frequentador de festas de rock da noite paulistana que nem conhece “I Bet That You Look On The Dancefloor”… é triste.1004075Quanto? R$ 39,90
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O guitar hero brasileiro que já foi até escolhido como o guitarrista dos sonhos em um VMB (de quando a Mtv tinha uma premiação anual centrada na música, vejam só) com o logo da banda e do sobrenome de um dos guitarristas mais criativos do rock mundial. Chimbinha meets Van Halen. Casamento perfeito.

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Conheça os grandes casos de desinteligência, porradaria e tretas encarniçadas entre músicos e bandas

Não, o post não é um esquema Ratinho pra aumentar a audiência do blog. Não, não é um episódio musical de Casos de Família. Porém, há uma semelhança: brigas sem muito motivo, picuinhas e às vezes até voam uns sopapos. Hoje, uma pequena lista das inúmeras tretas que sempre rolam entre músicos e bandas.

Miley Cyrus vs. Sinéad O’Connor

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Quem começou foi a popular rasgadora de fotos do Papa e cantora do hit “Nothing Compares 2 U”. Ela postou uma carta aberta em sua página do Facebook descendo a lenha em Cyrus, dizendo que a ex-Hannah Montana devia tomar cuidado pra não ser explorada pela indústria da música: “A indústria não dá a mínima para você, ou para qualquer uma de nós. Eles vão prostitui-la por tudo que você vale e facilmente vão fazer você pensar que isso era o que VOCÊ queria… e quando você acabar em uma clínica de reabilitação por ter sido prostituída, ‘eles’ vão estar em seus iates em Antígua, que eles compraram com a venda de seu corpo, e você vai se sentir muito sozinha”. Cyrus então ironizou o transtorno bipolar de O’Connor em mensagens do Twitter, e Sinéad respondeu com a frase “Quando você acabar na ala psiquiátrica ou reabilitação, eu vou ficar feliz em visitá-la”. Ouch.

Mariah Carey vs. Nicki Minaj

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Em 2012, alguém teve a ideia de colocar Mariah Carey e Nicki Minaj como juradas do programa American Idol. No papel, parece inclusive uma boa ideia, certo? É, mas não deu. As duas se estranharam desde o começo, inclusive chegando a um momento em que Minaj saiu do estúdio puta da vida dizendo que não aguentava mais trabalhar com a “alteza”. Carey então contratou uma equipe de seguranças, pois se sentia “insegura” perto da rapper. Em 2013, a rapper continuou cutucando no Twitter: “Ela está triste porque eu conquistei o recorde dela no Hot 100 em apenas três anos de carreira. Sim, uma rapper feminina negra.  O que você precisa questionar é o motivo de uma mulher tão bem-sucedida na idade ela ainda é tão insegura e amarga”

Kurt Cobain vs. Axl Rose

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Tudo começou graças à encrenqueira grunge preferida pela garotada. No VMA de 1992, Courtney Love viu Rose passando enquanto ela segurava a filha dela e de Kurt, Frances Bean. Ela imediatamente começou a berrar para ele: “Ei, Axl! Axl! Olha aqui! Você é o padrinho!”. O frontman do Guns’n’Roses então parou e falou para Kurt Cobain: “Controle sua mulher, por favor”, o que Kurt respondeu repetindo a frase com ironia para Love. Após a apresentação do Nirvana tocando “Lithium” naquela noite, Dave Grohl foi ao microfone pra aumentar a cutucada. “Cadê o Axl? Axl, cadê você? Ah, ali! Oi Axl! Oi Axl! Oi Axl!”, repetia.

Justin Bieber vs. Patrick Carney

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Tudo começou quando o TMZ foi atrás do baterista do Black Keys durante o Grammy de 2013 perguntando o que ele achava da falta de indicações de Justin Bieber na premiação. Sim, eles cutucaram porque querem ver sangue, todo mundo sabe. Carney deu o que eles queriam: “Bom, ele é rico, certo? Os Grammys são para, tipo, música, não por dinheiro… e ele está ganhando muito dinheiro. Ele deveria estar feliz, acho”. Bieber ficou putinho e no dia seguinte falou que o baterista deveria “levar uns tapas”. E seus fãs caíram matando em cima de Carney, lógico.

Kid Rock vs. Tommy Lee

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Chegamos à primeira briga onde rolou porradaria, violência e vias de fato. Ambos já tiveram relacionamento com a ex-Baywatch Pamela Anderson, e pelo jeito a moça foi o motivo de toda a treta. Quando eles se trombaram no VMA de 2007, começaram a se xingar loucamente e Kid Rock desferiu o primeiro soco. Pelo que dizem, parecia briga de colégio e o negócio teve que ser separado pelos seguranças da Mtv. Tsc, tsc…

Gene Simmons vs. Carlos Santana

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E olha que quem começou dessa vez nem foi o encrenqueiro Simmons. Santana fez o comentário de que Gene “não é um músico, é um cara do entretenimento. Kiss é entretenimento de Las Vegas, então ele não sabe o que é música, de qualquer forma. É por isso que ele veste todas aquelas coisas lá”. No começo, o baixista do Kiss deixou quieto (“Nem todo mundo gosta da mesma refeição”), mas depois caiu de pau: “Estou cansado de bandas como a de Carlos Santana olhando para seus próprios sapatos e achando que aquilo é um show de rock”.

Blur vs. Oasis

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Uma briga clássica dessas não poderia ficar de fora. As duas grandes bandas do britpop nunca se bicaram e quando ambos lançaram singles no mesmo dia (“Country House” do Blur e “Roll With It” do Oasis) a coisa foi ficando mais feia. Noel Gallagher sempre cutucava o Blur, que ironicamente dedicava seu prêmio do Brit Awards de 1995 ao Oasis. Noel respondeu com a fineza que lhe é peculiar: “Espero que Damon Albarn e Alex James peguem AIDS e morram”. Hoje em dia, incrivelmente, a briga mais popular da Inglaterra parece ter acabado com Noel Gallagher tendo inclusive feito uma participação junto com Damon Albarn em “Tender”, do Blur, em um evento de caridade.

Dave Grohl vs. Courtney Love

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Desde que Kurt Cobain morreu, Courtney Love não deu uma colher de chá para o ex-baterista da banda de seu marido. O líder do Foo Fighters já teve que ouvir Love clamar para que todo o público do seu show gritasse “os Foo Fighters são gays” (senão ela ia embora do show), disse que Grohl deu em cima de Frances Bean, filha dela e Kurt (o que Frances e Grohl negaram), entre muitas outras coisas que só a líder do Hole é capaz. Recentemente eles “fizeram as pazes” durante a cerimônia de indicação do Nirvana ao Rock and Roll Hall Of Fame.

Michael Jackson vs. Paul McCartney

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Outra briguinha clássica. Sim, todo mundo concorda que o Jacko deu motivos pra Paul odiá-lo. Eles eram amigos, faziam parcerias e até clipes super-amiguinhos como “Say Say Say”. Pois aí McCartney deu a dica a Jackson: “compre direitos de músicas, é um puta negócio”, ele disse. Michael Jackson não é bobo nem nada e aproveitou para comprar os direitos de todas as músicas… dos Beatles. Dá pra entender porque Paul ficou chateado e as relações dos dois ficaram estremecidas desde então.

Vivian Campbell vs. Ronnie James Dio

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Sim, até com o Dio o povo consegue implicar. O ex-guitarrista da banda Vivian Campbell disse que Dio era uma das pessoas mais vis da indústria musical, e Dio respondeu que Campbell, que foi para o Def Leppard, é um “fucking asshole, a fucking piece of shit”. Campbell diz que as declarações contra Dio são devido ao fato de que ele foi excluído da banda. Após a morte de Dio, Campbell se reuniu com a banda para tocar com outro vocalista. “Esses riffs são meus e eu quero continuar a tocá-los”.

Sammy Hagar vs. Dave Lee Roth

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Uma briga digna de Celebrity Deathmatch. Os dois vocalistas do Van Halen (vamos fingir que a fase com Gary Cherone nunca existiu, assim como a banda faz) adoram trocar farpas desde que Sammy entrou em cena. Diamond Dave adorava falar que “Sammy é como o segundo Darrin de ‘A Feiticeira'” e que “Ao contrário dele, nunca preciso cantar músicas que não são minhas nos shows”. Já Hagar chamou Roth para a porrada. Seria interessante, já que Sammy é boxeador e Roth fã de artes marciais. Seria quase um MMA, vejam só.

Stephen Malkmus vs. Billy Corgan

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Stephen Malkmus fez a singela letra de “Range Life”, do clássico disco “Crooked Rain, Crooked Rain” do Pavement. “Out on tour with the Smashing Pumpkins / Nature’s kids, they don’t have no function / I don’t understand what they mean / And I really could really give a fuck”. Como Billy Corgan é irritadinho, não deixou quieto. “Acho que isso é inveja”, disse Corgan. “As pessoas não se apaixonam pelo Pavement. Elas gostam de Smashing Pumpkins, Hole ou Nirvana, porque essas bandas significam algo para eles”. Sim, Corgan ainda fica falando sobre o assunto até hoje.

Chorão vs. Marcelo Camelo

ChorãoCamelo

Chorão sempre foi reconhecido por ser esquentadinho e adorar dar uma de machão pra cima dos outros. Entre suas brigas, estavam Marcelo Falcão d’O Rappa e até Badauí do CPM22, a quem o Marginal Alado dirigiu a frase “Quem esse CPM22 pensa que é? É um bando de playboys. Badauí, se você cruzar no meu caminho, tá ferrado”. Mas o caso que mais repercutiu foi com Marcelo Camelo. O líder do Los Hermanos deu uma entrevista dizendo que “esse negócio de fazer comercial para Coca-Cola é um desdobramento da indústria, a gente rejeita esse negócio de vender atitude”, sendo que o Charlie Brown Jr. havia feito uma propaganda para o refrigerante. As duas bandas participaram do festial Piauí Pop em 2004 e Chorão foi tirar satisfações com Camelo no aeroporto, acertando-lhe um soco no olho. Segundo as matérias da época, o caso ainda teve Rodrigo Amarante correndo atrás de Chorão no aeroporto, uma cena hilária de se imaginar.

LSJack vs. Art Popular

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Ah, as tretas no aeroporto. Em 2003, o LSJack e o Art Popular já tinham inaugurado essa modalidade em uma briga generalizada no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Nada melhor pra explicar toda a briga do que deixar os depoimentos do empresário Edgar Santos para a Folha de S. Paulo falarem por si. “Eles achavam que o Leandro Lehart [vocalista] tinha feito críticas ao novo CD do LS Jack, mas ele estava comentando o novo CD do Ed Motta, e não o do LS Jack. Eles não quiseram trocar uma idéia. O Márcio [Art] tomou um soco na cara do vocalista do LS Jack [Marcus Menna], que chegou a quebrar seus óculos”. Fica a dúvida: quando o Ed Motta vai cobrar satisfações da banda que criou “Pimpolho”?

Músicas animadas que na real são bem deprê ou violentas e você dançou sem saber

Às vezes a gente se deixa levar pelo ritmo da música e deixa passar batido o que ela está dizendo. Às vezes uma música que parece romântica na verdade é assustadora. Às vezes uma música dançante tem uma letra tão sinistra quanto um filme de terror. E você nem repara: tá lá, dançando que nem doido, balançando a cabeça, enquando o vocalista tá se abrindo falando sobre suicídio ou coisa assim.

Sim, você já passou por isso, pode ter certeza. Duvida?

The Police – Every Breath You Take

O próprio Sting disse que acha estranho as pessoas acharem este hit romântico, já que ele descreve um comportamento obsessivo de assustar qualquer um. De um stalker clássico, que segue seus passos e te vê mesmo quando você não está olhando. “Oh, can’t you see / You belong to me?” Yikes!

Third Eye Blind – Semi Charmed Life

Não se deixe levar pelos “doo doo doo doop doo”: essa música fala da queda no fundo do poço do mundo das drogas, especificamente crystal meth (antes de Walter White e Breaking Bad colocarem a droga na boca do povo). “The sky was gold, it was rose / I was taking sips of it through my nose / And I wish I could get back there, someplace back there  / Smiling in the pictures you would take / Doing crystal myth will lift you up until you break.

Foster The People – Pumped Up Kicks

Parece um indiezinho dançável que faz a galera gritar “uuuuuh, minha música” na balada. Mas as letras de Mark Foster vão um pouquinho mais pro lado escuro: “Pumped Up Kicks” fala de um adolescente armado que sai atirando em todo mundo, com a ideia de levar para discussão do público este assunto tão comum e assustador, especialmente nos Estados Unidos. O baixista Cubbie Fink tem um primo que sobreviveu ao massacre da Columbine High School em 1999, então a banda tem uma proximidade com esse assunto obscuro. “All the other kids with the pumped up kicks / You’d better run, better run, outrun my gun / All the other kids with the pumped up kicks / You’d better run, better run, faster than my bullet”

Ira! – Flores Em Você

Uma música do Ira! que aparece constantemente em casamentos e declarações de amor e foi até tema romântico de novela… bem, pois não deveria. Se você pensar um pouco, quando você vê a pessoa coberta de flores? Vai, usa um pouquinho a cabeça. Isso mesmo: no velório!

Sublime – Date Rape

Um skazinho agradável pra dançar com os amigos que fala de estupro. Conta a história de um rapaz que leva uma garota para um encontro e no fim estupra a moça. Ele acaba indo preso e sendo sodomizado pelos colegas de cela na cadeia. “She didnt want to, he had his way / she said ‘Let’s go’, He said ‘No way’ / ‘Come on babe, it’s your lucky day / Shut your mouth, we’re gonna do it my way / Come on baby dont be afraid / if it wasn’t for date rape, I’d never get laid'”

Lily Allen – LDN

Ah, uma música bonitinha da Lily Allen, falando sobre Londres, que fofo. NOT. A moça fala das partes pobres de Londres e como quase ninguém vê ou liga pra esse pessoal que passa por poucas e boas pra sobreviver por lá. “Everything seems to look as it should / But I wonder what goes on behind doors / A fella looking dapper, but he’s sittin with a slapper / Then I see it’s a pimp and his crack whore”

Kiss – Detroit Rock City

Você já deve ter reparado que um dos grandes clássicos do Kiss termina com o narrador morrendo horrivelmente em um terrível acidente de carro, né? Pois é. Mas pelo menos ele morre sorrindo. “There’s a truck ahead, lights starin’ at my eyes / Oh, my God, no time to turn / I got to laugh, ‘cause I know I’m gonna’ die! / Why?”

Van Halen – Jump

Lembra quando o Van Halen usou um tecladinho oitentista e fez a música mais feliz deles até o momento? Então… bom, a inspiração não foi nada feliz. Segundo David Lee Roth, a letra da música foi inspirada em uma notícia que passava na TV mostrando um homem prestes a pular de um prédio para cometer suicídio. Pois é.

The Beatles – Maxwell’s Silver Hammer

A música é dos Beatles, aqueles bons moços de Liverpool. Quem canta é o Paul McCartney, o mais bom moço dos bons moços. A música é super felizinha e até infantil. E a letra fala sobre… um rapaz que mata pessoas com marteladas de aço na cabeça, esmagando seus crânios, algo digno de um Cannibal Corpse.

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