Crush em Hi-Fi

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Jittery Jack, de Boston, conta sobre sua trajetória e luta para manter o rockabilly vivo e no volume máximo

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Vindo de Boston, Jittery Jack é um cara que continua lutando pelo Rock ‘n’ Roll e Rockabilly puros com um quê de selvageria sessentista. Começando tocando em diversas bandas de country e música de raiz nos anos 80 e passando pela banda Raging Teens nos 90’s, Jack resolveu se aventurar pela carreira solo e logo ficou conhecido no circuito rockabilly mundial, tocando em grandes festivais como o Viva Las Vegas e The Rockabilly Rave, no Reino Unido.

Com dois discos e um EP na bagagem, Jack não pensa em acrescentar elementos atuais em seu som. “Nunca gostei do que tocava no rádio, e isso não deve ter mudado hoje em dia”, diz. “Nada faz eu me mover da forma que o rock faz”.

Bati um papo com Jittery Jack sobre sua carreira, o rockabilly, o pop dos dias de hoje e as dificuldades do circuito independente:

– Como começou sua carreira?
Eu estive em bandas de country e música de raiz desde o final dos anos 80. Nos anos 90, comecei uma banda com a Miss Amy chamada Raging Teens. Fizemos turê pelos Estados Unidos, Europa e fizemos alguns grandes festivais. A banda meio que parou no meio dos 2000, então eu arranjei meu som próprio como Jittery Jack. Tenho a sorte de poder tocar sempre com a Miss Amy até hoje.

– Como é tocar rockabilly nos dias de hoje? Porque escolheu esse estilo?
Primeiro, porque adoro a música. Nada faz eu me mover da forma que o rock faz. Eu também sou muito grato por poder viajar o mundo compartilhando minha música. Espero visitar o Brasil um dia!

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– Quais são suas maiores influências musicais?
Benny Joy, Warren Smith, Gene Maltais. Quanto aos artistas contemporêneos: Wildfire Willie, The Racketeers, Dave & Deke Combo, High Noon.

– Conte um pouco sobre sua discografia.
Lancei um EP que eu mesmo produzi em 2010 e depois lancei um CD completo pela Wild Records chamado “Gone Plum Crazy”. Em 2014, lancei “Gonna Have a Time with Jittery Jack” pela Rhythm Bomb Records e também um 7″ 45rpm “Something Wicked This Way Comes/Gonna Have a Time on Rhythm Bomb”.

– Como é seu processo criativo?
Normalmente eu fico inspirado por alguma coisa. Talvez uma história, talvez uma garota. Às vezes é por outra música, tenho a ideia do groove e sigo em frente. Eu normalmente tenho muitas ideias passeando e tento juntá-las com ideias de história que tenho na cabeça.

– Quais são as maiores dificuldades de um artista independente?
Dinheiro! Sem nenhuma grande gravadora para sustentar tudo, fica a nosso cargo fazer tudo dar certo. Eu não tenho uma banda fixa, então ter a certeza de que todos os músicos vão ser pagos às vezes me deixa sem nada! Porém, é muito importante pagar os músicos, não consigo fazer de outro jeito!

– Qual a sua opinião sobre as músicas que estão nas paradas hoje em dia?
Eu não ouço muito rádio, na verdade, então não posso fazer esse julgamento. Dito isso, eu na verdade não gosto das músicas que são tocadas no rádio até onde consigo me lembrar, então tenho certeza que não mudou muita coisa.

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– Onde você gostaria de ver sua carreira em 10 anos?
Filmes, programas de TV, ter minhas músicas tocadas em todo o mundo. Espero chegar ao Japão, voltar para a Austrália e Europa… Contanto que exista um público, estarei feliz apenas por poder tocar para as pessoas.

– Recomende artistas que chamaram sua atenção recentemente.
Jake Calypso da França, me deixou maluco no Viva Las Vegas. Kay Marie, de São Francisco, é incrível. The Rip Em’ Up’s, de Los Angeles, sempre um ótimo show. Miss Lily Moe Rhythm Bomb, do mesmo selo que eu, também é muito bacana! Ouça todos eles!

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